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Patrícia Comunello

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Publicada em 05 de Outubro de 2025 às 20:21

Nuvemshop usa IA para chegar a 1 milhão de marcas na plataforma de e-commerce

Vázquez mostrou que a empresa vai além da estrutura de comércio digital e amplia serviços para lojistas

Vázquez mostrou que a empresa vai além da estrutura de comércio digital e amplia serviços para lojistas

/NUVEMSHOP/DIVULGAÇÃO/JC
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A Nuvemshop é literalmente uma nuvem pairando em um território dominado por marketplaces gigantes, a maioria estrangeiros. Só que a empresa, nativa da Argentina, a exemplo da líder no Brasil, Mercado Livre, atende diretamente os lojistas, sem atravessadores, que têm seus sites e fazem a gestão de vendas.
A Nuvemshop é literalmente uma nuvem pairando em um território dominado por marketplaces gigantes, a maioria estrangeiros. Só que a empresa, nativa da Argentina, a exemplo da líder no Brasil, Mercado Livre, atende diretamente os lojistas, sem atravessadores, que têm seus sites e fazem a gestão de vendas.

VIDEOCAST: Bate-papo com Alejandro Vázquez, presidente da Nuvemshop

"A Nuvemshop é a maior plataforma de e-commerce do Brasil e da América Latina, com mais de 170 mil marcas do mundo do varejo", avisa o presidente e um dos fundadores da plataforma, Alejandro Vázquez, que participou do videocast da coluna Minuto Varejo, em meio ao D2C Summit, convenção que reuniu 5 mil varejistas no Distrito Anhembi, na capital paulista.
No palco, o comando da Nuvemshop apresentou novidades que usam de forma inédita para a empresa, recursos de inteligência artificial (IA). Uma delas é oferecer pela primeira vez no mercado a venda completa pelo WhatsApp, em acordo com a Meta. Vázquez, que montou o negócio com mais quatro amigos há 15 anos, afirma que a meta é chegar a 1 milhão de marcas na plataforma até 2030. 
Minuto Varejo - Por que empresas argentinas de e-commerce se dão tão bem no Brasil?
Alejandro Vázquez - Montamos o negócio para potencializar histórias de sucesso de marcas e seus empreendedores. Começamos na Argentina há 15 anos, mas passamos a olhar a América Latina e, em particular, o Brasil, e vimos que o mercado estava bastante amadurecido, mas existia a mesma dificuldade para as marcas: conseguir ter um e-commerce de maneira descomplicada, sem necessidade de conhecimentos técnicos e com autonomia para conseguir vender de maneira direta ao consumidor, mas tudo de maneira financeiramente acessível. Por isso, viemos ao Brasil. Hoje nos consideramos uma companhia brasileira, com operação na América Latina. Somos um time com mais de 1,4 mil pessoas, cerca de 900 no Brasil.
MV - O que representa a receita brasileira?
Vázquez - A maior parte do nosso negócio é no Brasil (mais de 50%, e a empresa não informa valores). Algumas companhias que nasceram na Argentina, que têm um mercado super interessante, têm uma tecnologia que dá para levar a outros países, como é o nosso caso. No início, atendíamos apenas pequenos negócios, mas hoje temos grandes marcas de varejo em nossa plataforma. Operamos na Argentina, no México, na Colômbia e no Chile também. 
MV - Qual é a diferença, como negócios, entre Mercado Livre e Nuvemshop?
Vázquez - Os dois permitem, para quem tem uma marca, vender pela internet. Só que no marketplace, que é o Mercado Livre, o lojista não tem, como dono ou dona de uma marca, um relacionamento direto com o consumidor. Tem um intermediário. Ele ou ela podem gerar vendas, têm um custo maior também, mas não criam o relacionamento direto do cliente com a marca. A nossa proposta é de uma plataforma de e-commerce onde a empresa cria o próprio site, próprio e-commerce e vende de maneira direta. A diferença é que na Nuvemshop tem esse relacionamento direto com o consumidor, a marca tem mais controle e independência nessa relação. No longo prazo, é muito mais saudável. Começamos com plataforma de e-commerce, mas hoje entregamos tudo o que qualquer marca precisa para operar online.
MV - Onde está a grande vantagem de operar com vocês? 
Vázquez - O varejo começou com lojas físicas e shopping centers. As primeiras duas décadas deste novo milênio foram impulsionadas pelos marketplaces, que alavancaram o e-commerce. Mas nos últimos cinco anos, no pós-pandemia de Covid-19, vemos que, com o online ganhando mais importância, depender de um terceiro cria um risco para uma marca. Como vender direto para o consumidor? O importante é diversificar e que a maior parte do seu negócio seja venda direta. O marketplace também cobra um custo por venda muito maior porque também gera venda, ou seja, garante a venda de alguma maneira, embora você não seja dono desse relacionamento com o cliente. Numa plataforma, como a nossa, a marca tem o seu e-commerce próprio, paga uma mensalidade e tem o custo de mídia paga. A empresa tem de gerar visitas para que as pessoas conheçam o e-commerce. 
MV - Como é o crescimento da Nuvemshop? 
Vázquez - O primeiro investimento que a gente recebeu foi em 2011, de investidor-anjo. Conforme a gente fazia crescer o negócio, ajudávamos mais marcas, evoluíamos o produto, o serviço, lançávamos em outras geografias (países). Em 2021, recebemos aporte de US$ 600 milhões em duas rodadas. Hoje somos a maior plataforma de e-commerce do Brasil e da América Latina e também a que mais cresce. Mas ainda é apenas o começo, porque literalmente tem milhões de empreendedores no Brasil e na América Latina. O online representa apenas 13% das vendas. Nossa missão é potencializar um milhão de marcas nos próximos cinco anos.
MV - Quando é melhor ter e-commerce próprio do que estar em marketplace?
Vázquez - Ter uma presença forte em mídia social ou lojas físicas alavanca o online, mas tudo depende de cada negócio. Para lojistas de moda, beleza e saúde e casa e decoração, que não são setores commoditizados como os eletrônicos e têm uma história e qualidade diferente por trás, faz sentido que queiram vender direto para o consumidor. Os potenciais clientes querem saber de quem compram, e as marcas querem mostrar sua história, produto e ter relacionamento direto. 
MV - O e-commerce ganha mais players globais no Brasil. Como garantir espaço?
Vázquez - O que a gente está trazendo é toda a tecnologia e economia de escala para que as marcas possam ser mais competitivas, oferecendo melhores opções de compra, de pagamento, de frete e venda no WhatsApp. A gente quer mais marcas brasileiras vencendo no ecossistema de varejo do Brasil e vendendo também no exterior. Esse é o nosso jogo. O mercado é dinâmico e está cada vez mais competitivo. Estamos aqui para impulsionar todas essas marcas.
MV - Qual é o impacto da inteligência artificial no e-commerce?
Vázquez - Vai mudar tudo. Temos a IA por trás do atendimento e das vendas via WhatsApp de maneira humanizada mesmo, o que é bom para o consumidor e para as marcas. Mas em todos os produtos a Nuvemshop tem inteligência artificial por trás para que as marcas tenham melhor experiência para ter mais vendas e mais lucro. Às vezes, o problema não é vender, mas ter um negócio financeiramente saudável. Somos uma empresa de tecnologia. A IA é um meio para um fim.
MV - Até o ChatGPT vai ter venda. Quem tiver a melhor ganha ou o humano pode fazer a diferença? 
Vázquez - O mercado é dinâmico. Vai ter muitos players para diferentes funções. A gente simplifica toda essa tecnologia para que as marcas sejam mais vencedoras no Brasil.

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