Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora
Minuto Varejo

Alguns dos nossos patrocinadores

Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 11 de Setembro de 2025 às 17:21

Vendas ficam estáveis em julho e reforçam ritmo fraco do varejo gaúcho

Ante o mesmo mês de 2024, houve queda de 0,4% do segmento no RS

Ante o mesmo mês de 2024, houve queda de 0,4% do segmento no RS

PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Compartilhe:
Patrícia Comunello
Patrícia Comunello
As vendas do comércio gaúcho em julho ficaram estáveis. A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta quinta-feira (11), mostrou que a variação do volume comercializado ficou em 0%, considerando a maior parte dos setores. Em relação ao mesmo mês de 2024, houve queda de 0,4%.
As vendas do comércio gaúcho em julho ficaram estáveis. A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta quinta-feira (11), mostrou que a variação do volume comercializado ficou em 0%, considerando a maior parte dos setores. Em relação ao mesmo mês de 2024, houve queda de 0,4%.
No varejo ampliado, que inclui materiais de construção, veículos e atacarejos, o volume mensal teve alta de 0,6%. Mas, no confronto com julho de 2024, o ampliado caiu 4,2%.
O volume médio do varejo geral no Brasil ficou no negativo de 0,3% em julho, e, frente ao mesmo mês do ano passado, houve alta de 1%. No ampliado, a média brasileira teve alta de 1,3% no confronto mensal e de 0,9% no ampliado.
Para o economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank, os números mostram um "processo de acomodação", principalmente pela evolução recente.
Frank cita que não houve quedas nas duas frentes que compõem o indicador, mas pondera o que pode ser o mais relevante na sequência da PMC desde o começo do ano.
"A expansão (varejo ampliado) ocorreu em cima de uma base de comparação que encolheu de forma significativa ao longo de 2025. Entre fevereiro e junho, tivemos perdas acumuladas de 5,8%", calcula o economista-chefe da CDL-POA.
Os dados mostrando um varejo entre recuos e busca de equilíbrio esboçam, para Frank, impactos residuais de um ciclo que começa em 2024, com medidas governamentais para contrapor os danos das enchentes que abateram o Rio Grande do Sul.
O período, que vem até o começo deste ano com mais força, é marcado pela injeção de receita extra por meio de benefícios lastreados pelo caixa público ou como FGTS (recolhido pelas empresas para empregados formalizados) e mesmo financiamentos para empreendedores afetados. Muitos recursos desaguaram na compra de vestuário e eletromóveis. Esse foi um fator positivo.  
Mas passado o ciclo de dinheiro ou crédito extra, o varejo encara as variáveis conjunturais que abrangem, lista Frank: "Pressão existente sobre a inflação, juros altos, incertezas do ponto de vista externo e início dos efeitos do aumento do IOF".
Pelos dados da PMC, sete dos 11 segmentos monitorados tiveram redução no volume vendido, comparado com julho de 2024 - o instituto não gera dados setoriais para o exame mensal (julho x junho). Apenas outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,7%), atacarejos (4,6%), medicamentos e itens médicos (1,7%) e supermercados e hipermercados (1,1%) ficaram no positivo.
veículos (-21,2%), equipamentos e materiais para escritório (-19,6%), móveis e eletrodomésticos (-18,9%), livros, jornais, revistas e papelarias (-12,2%), materiais de construção (-11,2%), vestuário (-8%) e combustíveis (-0,1%) formaram a ala com dificuldades.
O segmento de vestuário vinha com dois meses seguidos de alta, efeito da temporada de frio que foi mais rigorosa este ano. Já veículos e materiais sentem mais o efeito do custo mais alto de financiamentos. Lembrando que o IBGE utiliza na formação do percentual apenas dados de empresas com mais de 200 empregados.

Notícias relacionadas