Patrícia Comunello
A coluna foca novidades sobre operações, tendência e desempenho do consumo e traz olhar de quem empreende no varejo do Rio Grande do Sul, com conteúdo multimídia.
Porto Alegre,
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Publicada em 06 de Julho de 2025 às 13:57
Grani: pizzaria de Porto Alegre que começou em garagem e vai faturar R$ 5 milhões em 2025
Rodrigues montou a operação com Aline em busca de renda mínima e foi surpreendido pelo rápido crescimento
GRANI PIZZERIA NAPOLETANA/DIVULGAÇÃO/JC
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Patrícia Comunello
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Do zero aos R$ 5 milhões em três anos. Este poderia ser um bom título de um livro sobre a história de sucesso de empreendedorismo do casal de Porto Alegre que descobriu em uma porção de fermento natural (levian) o ingrediente para multiplicar pizzas e uma operação que começou na garagem da residência da família, como tantos negócios que começam em casa, em uma vila na Zona Sul da Capital e não para de crescer.
LEIA MAIS: Pizzaria napoletana aposta em operação enxuta no Moinhos de Vento
A Grani Pizzeria Napoletana, que virou a queridinha da revista de gastronomia Sabores do Sul, escolhida dois anos seguidos (2023 e 2024) como melhor no seu estilo, tem ponto em bairro nobre e se prepara para ter nova unidade, com foco em delivery de pizza em Porto Alegre.
"Há três anos meio morava na vila sem dinheiro para nada", recorda Igor Henrique Rodrigues, que abriu, em 2022, com a então namorada e hoje noiva, Aline Pinto Kropidlofscky, fonoaudióloga e mestre em autismo, a pizzaria artesanal.
Unidade na rua Cabral, no bairro Rio Branco, passou de 17 para 250 metros quadrados
GRANI PIZZERIA NAPOLETANA/DIVULGAÇÃO/JC
Para começar a empresa, o casal investiu R$ 21 mil, cobertos com economias próprias e a maior parte com cartão de crédito. Depois da largada na casa da família, Rodrigues e Aline montaram a unidade na rua Cabral, 384, no bairro Rio Branco, em 17 metros quadrados.
Começo como pequeno negócio
"No nosso plano, o ponto de equilíbrio (despesa e receita) era vender 10 pizzas por dia para receber um salário", lembra o empreendedor.
Antes de encarar a pizzaria, ele teve passagem por varejos, desde os 18 anos, chegou a ter lojas em shopping, que foram fechadas, e depois trabalhou como pizzaiolo, quando aprendeu mais a fundo como atuar no ramo.
Não foram 10 unidades ao dia, foram muito mais, e a Grani teve de, rapidamente, ser ampliada para 250 metros quadrados. Hoje são quase 20 funcionários. O fluxo de clientes também só aumenta.
"Nossa projeção hoje está acima de R$ 5 milhões (receita) em 2025, com venda reprimida. Ou seja, não conseguimos atender todos os pedidos", revela Rodrigues.
Um dos investimentos foi o forno a lenha, para manter a tradição e sabor das pizzas
GRANI PIZZERIA NAPOLETANA/DIVULGAÇÃO/JC
A decisão de montar uma segunda operação, dedicada à entrega e produção ampliada, veio para escalar mais. "O céu é o limite", resume Rodrigues, citando que o desafio do casal - Aline cuida das áreas financeira, de marketing e atendimento ao cliente e ele da operação -, será ter processos adequados e bem coordenados para sustentar a nova fase.
A tele-entrega vai ocupar sobrado de 110 metros quadrados na rua Miguel Tostes, a 200 metros da loja principal. Vai ficar ao lado do bar Fervo. O novo braço terá, além do atendimento da demanda da tele, produção de congelados e a cozinha central.
A Grani tem mais de 20 sabores no cardápio, entre versões mais tradicionais a veganas. As pizzas são assadas em forno a lenha, uma tradição que explica a fama entre os clientes.
São mais de 20 sabores no cardápio, entre versões mais tradicionais a veganas
GRANI PIZZERIA NAPOLETANA/DIVULGAÇÃO/JC
Sobre a trajetória, algumas atualizações: o casal comprou um apartamento em prédio em construção no bairro, onde moram ainda de aluguel em frente à pizzaria.
"Adoramos viver aqui", compartilha Rodrigues, que também conseguiu adquirir um imóvel para a mãe, que saiu da vila e reside agora no bairro Bom Fim. Tudo com os ganhos financeiros da Grani.
"Estamos super felizes", garante o empreendedor. "Mas, às vezes, é difícil absorver tantas coisas", confessa, de forma descontraída.