Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora
Minuto Varejo

Alguns dos nossos patrocinadores

Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 04 de Junho de 2025 às 16:32

Contra etarismo, especialista diz que diversidade de gerações melhora times e preenche vagas

Ester apontou complementação de experiências e conhecimento entre mais velhos e jovens

Ester apontou complementação de experiências e conhecimento entre mais velhos e jovens

JOÃO ALVES/DIVULGAÇÃO/JC
Compartilhe:
Patrícia Comunello
Patrícia Comunello
Falta de mão de obra é barreira hoje para mais eficiência no varejo. Dez entre dez lojistas admitem o problema. Para piorar, a resistência em ter pessoas mais velhas nas equipes é outra realidade quase incompreensível, advertiu a especialista em recursos humanos Ester Morgan, que foi uma das palestrantes no Moda pelo Rio Grande do Sul, evento organizado pela CDL Porto Alegre e idealizado por Joy Alano, que lotou o teatro do Bourbon Country nesta quarta-feira (4), em Porto Alegre.
Falta de mão de obra é barreira hoje para mais eficiência no varejo. Dez entre dez lojistas admitem o problema. Para piorar, a resistência em ter pessoas mais velhas nas equipes é outra realidade quase incompreensível, advertiu a especialista em recursos humanos Ester Morgan, que foi uma das palestrantes no Moda pelo Rio Grande do Sul, evento organizado pela CDL Porto Alegre e idealizado por Joy Alano, que lotou o teatro do Bourbon Country nesta quarta-feira (4), em Porto Alegre.
Ester defendeu a combinação de gerações como melhor caminho e ergueu uma bandeira contra o etarismo, que é o preconceito por idade.
"Uma das grandes soluções para ter uma equipe mais comprometida é investir na diversidade geracional. Não é que você vai contratar só gente acima de 50 anos, mas se você investir nessa diversidade, tem uma troca de experiências que é muito mais produtiva", defendeu a especialista.
"Você vai ter um engajamento maior e um resultado melhor e resolver o problema da equipe que não consegue fechar", acrescentou Ester, ante a dificuldade que vem limitando vendas e até mesmo abertura de pontos físicos, devido à carência de mão de obra.

Ester citou que a fonte do preconceito costuma estar ligada a uma suposta "falta de energia atribuída a pessoas mais velhas ou incompreensão sobre uso de tecnologias". "Só que não. Minha mãe tem 89 anos e tem WhatsApp, tem rede social", exemplifica a palestrante. "É o preconceito. Tem de contratar as pessoas pelas suas habilidades e seus pontos fortes, independentemente da idade", defende Ester. 

Sobre lidar com as diferentes gerações, a especialista orientou que o empreendedor monte uma equipe com integrantes de cada geração, da Z ao baby-boomer. "Se você entende as características de cada uma, você consegue gerenciar isso e aproveitar o melhor de cada geração", aposta Ester, que considera a "troca de experiências" a fonte de aprendizado e impacto para o negócio.
"Os jovens aprendem muito com a experiência, a maturidade e os erros cometidos pelos mais velhos, que  precisam da energia e do conhecimento de questões como tecnologia que os jovens dominam". 

Outro tema que pontuou o painel foi o papel das lideranças, que conversou muito com a plateia, formada basicamente por micro e pequenos lojistas. "No mundo totalmente tecnológico, a liderança é fundamental e precisa ser muito mais preparada e muito mais humana", listou Ester.
"Para tirar o melhor proveito dessas gerações, precisa ter alguém gerenciando. Senão, vai ter discriminação das duas partes. O varejo de moda é muito dinâmico. O líder precisa estar o tempo todo para coordenar". 

Notícias relacionadas