Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora
Minuto Varejo

Alguns dos nossos patrocinadores

Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 02 de Junho de 2025 às 00:50

Florense vai além do mobiliário em nova loja

Torres, que concebeu o projeto, da construção à ambientação, em frente à cascata da entrada

Torres, que concebeu o projeto, da construção à ambientação, em frente à cascata da entrada

/PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Compartilhe:
Patrícia Comunello
Patrícia Comunello
Grifes de mobiliário de luxo, entre elas muitas gaúchas, mostram cada vez mais que uma loja física não é apenas um ponto de acesso a produtos- e isso não tem nada a ver com rivalizar com o mundo digital. A mais recente operação inaugurada pela Florense, com parque industrial em Flores da Cunha, na Serra Gaúcha, em Porto Alegre e a mais disruptiva das mais de 60 unidades da marca, tanto do Brasil como do Exterior, coloca no centro a experiência puxada pela arquitetura e pelos sentidos, entremeada por muita tecnologia.
Grifes de mobiliário de luxo, entre elas muitas gaúchas, mostram cada vez mais que uma loja física não é apenas um ponto de acesso a produtos- e isso não tem nada a ver com rivalizar com o mundo digital. A mais recente operação inaugurada pela Florense, com parque industrial em Flores da Cunha, na Serra Gaúcha, em Porto Alegre e a mais disruptiva das mais de 60 unidades da marca, tanto do Brasil como do Exterior, coloca no centro a experiência puxada pela arquitetura e pelos sentidos, entremeada por muita tecnologia.

É o que profissionais, entre arquitetos, designers e decoradores, vão conhecer na flagship na rua Quintino Bocaiúva, no bairro Moinhos de Vento. São 1,5 mil metros quadrados de construção do zero, o que fez toda a diferença, valoriza o arquiteto que concebeu o prédio e ambiente, Guilherme Torres. Da fachada enigmática e sem vitrine, à cascata na entrada ao
showroom com bistrô, no andar superior, a operação busca ambientar o tempo todo nas soluções.

"A gente teve a oportunidade de construir do zero. A vitrine não é uma coisa muito produtiva. Não acho que vende produto. Propusemos fazer uma coisa diferente. Em primeiro lugar, a loja gera uma atenção não ao cliente, mas para a cidade", conceitua Torres, citando as paredes e entradas de luz, formato e como as paredes se juntam e projeto inspirado na arquitetura do Oriente. "A arquitetura se abre inteira para dentro", descreve. "Trabalhamos de forma atípica em relação às demais lojas. Tratamos com a importância que ela merece."
"É um trabalho de cheios e vazios em toda loja. Na arquitetura, é muito comum tratar o espaço com luz como algo vazio, espaço mais denso, mais sóbrio, como o espaço cheio. O trabalho de luz e sombra que a gente está fazendo, de cheios e vazios, é justamente esse contraste que traz o protagonismo para essa área do projeto. Aqui, o cheio é a madeira ecológica, que ela está revestida com os blocos principais", comenta o coordenador do Studio Florense, Gregory Lorencet. "Mais importante é trabalhar a experiência dos clientes. Ele vai estar dentro da loja, mas não vai estar trancado. São todas as experiências interiores, desde ruído, aroma, água, a luz adentrando. É bem completo no sentido sensorial", arremata Lorencet. A cascata, na entrada, foi desenvolvida pelo paisagista Alex Hanazaki.
Os mobiliários apresentam soluções com os materiais e tecnologias mais inovadoras da marca. A cozinha se funde com a sala de estar, onde estão livros garimpados em sebos. Aberturas do móvel 'escondem' a função de cozinhar e eletrodomésticos, mas mostram versatilidade. Um dos modelos foi desenvolvido pelo estúdio italiano Pininfarina, mesmo que projeta para Ferrari e Porsche, e o atrativo é o bar que flutua, ao toque da mão. O quarto também não têm fronteira com banheiro e closet. Tudo é uma continuidade. Um bistrô foi montado para ser espaço de atendimento e relaxamento da loja.
"Única tradução é que não é uma loja. Temos produtos icônicos que só estão ali. Pesquisamos muito os mercados e Porto Alegre e do Rio Grande do Sul para conceber a nova flagship", resume o CEO da marca, Mateus Corradi. O investimento na nova unidade, entre mais de 50 no País e 15 no exterior, não foi divulgado. A marca vem atualizando lojas, incorporando o novo negócio, a Inside, de portas, o que entrega o mix completo. Na largada do ano, teve estreia também de loja com pegada de flagship em Miami.
Segundo Corradi, o futuro é menos expansão orgânica e mais reforço das operações existentes. "Em vez de aumentar a quantidade de lojas, vamos estruturar melhor as existentes. Porto Alegre foi pensada para atender o interior também", cita Corradi. Vai ter expansão de unidades no mercado internacional. O México, onde já tem três franquias, terá uma quarta, em Guadalajara. As outras ficam na Cidade do México, Monterey e Querétaro. A oportunidade de crescer no mercado mexicano, em parte, tem relação com a política norte-americana, com taxações que incidem em importados. A Florense fabrica todo mobiliário em Flores da Cunha e envia ao exterior.

Notícias relacionadas