Atualizada em 24/05/2025 - A Feira Brasileira do Varejo (FBV) mudou de patamar. A edição que se encerrou nesta sexta-feira (23), no Centro de Eventos da Fiergs, na Zona Norte de Porto Alegre, pavimentou nova perspectiva. O público ficou bem acima dos 10 mil visitantes estimados, segundo o presidente do SindilojasPOA, Arcione Piva. O negócios somaram R$ 53 milhões, segundo dados divulgados neste sábado (24) pela organização.
"Sucesso total", resumiu o dirigente. Além disso, foi renovado o contrato com o Sebrae-RS para copromoção. "Já fechamos a parceria para 2026."
Piva (esq.) e Berti acertaram a renovação da parceria para realizar a FBV e projetam avanços
PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
"As pessoas ficaram satisfeitas com o que viram, palcos lotaram e teve muita conexão. Já é uma feira de negócios. Essa é a mensagem", destaca Ariel Berti, superintendente da entidade de apoio a micro e pequenas empresas. "Nossa responsabilidade era entregar uma grande feira em 2025. O sucesso de uma feira não se consegue em um ano. A parceria veio para durar bastante tempo", avisou.
Lee Peterson, atração da NRF, validou face internacional
PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Desembarcaram na FBV 11 delegações de outros estados e mais de 90 do Rio Grande do Sul, organizadas pelo Sebrae.
A dupla de dirigentes começa a olhar para o ano que vem, com evento definido para 20 a 22 de maio. Um dos desafios vai ser atrair mais expositores, como grifes da área de tecnologia, entre elas SAP, Google, Amazon e seu braço de soluções AWS, Oracle, Microsoft e outras do Brasil.
O Rio Grande do Sul é sede, por exemplo, da área de Desenvovlimento da SAP no Brasil. A companhia é uma das grandes players da NRF Retail's Big Show, em Nova York, como fornecedora de soluções para pequenos a grandes varejistas. Piva lembrou desse detalhe e reforçou que espera que as companhias olhem para o mercado do Sul.
"Já estamos fazendo contatos", adiantou ele. Uma frente que teve avanços na feira foi aproximação maior com o Instituto Caldeira, hub de inovação que é sustentado por grupos de diferentes setores, muitos de varejo, entre produtos e serviços.
Rodadas de negócios tiveram filas e abriram espaços a mercas gaúchas
PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
A entrada do Sebrae trouxe o know how que segue muito o que já se vê na Mercopar, em Caxias do Sul, que movimentou mais de R$ 110 milhões em 2024. As rodadas de negócios reunindo compradores e vendedores tiveram fila para participar e devem ter mais espaço físico na próxima edição, projeta Berti.
Para Piva, ter nomes como o do norte-americano Lee Peterson, da WD Partners, conferencista que lota conferências na NRF, fez a diferença. "Ele me disse que ficou orgulhoso de ter vindo e gostou muito da receptividade dos gaúchos", relatou o lojista. Peterson visitou operações de marcas, como Panvel, Elevato (a Wellness Shop) e Cris Boaretto, de moda.
"Muita gente do varejo em São Paulo ficou surpresa com a vinda do Lee para cá. Estamos chamando a atenção", comenta Fabiano Zortéa, coordenador de varejo do Sebrae, que faz a curadoria das visitas técnicas da missão gaúcha na feira em Nova York.
Cauduro ficou atento ao exemplo do Mercado Brasco
PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Nessa sexta-feira (23), último dia, os palcos temáticos mantiveram as lotações. "Queria muito ver o case do Mercado Brasco como exemplo de como é mais barato vender para quem já é cliente do que conseguir novos", cita Gabriel Cauduro, lojista de materiais esportivos, que elogia: "A feira foi sensacional. O conteúdo foi muito bom".
"Isso nos dá responsabilidade de fazer melhor em 2026", associa Piva. "O primeiro desafio é gerar desejo para quem veio querer voltar", comenta o presidente do SindilojasPOA.