A loja física tem potencial para elevar a eficiência se conjugar três estratégias, alertou o coordenador de varejo do Sebrae-RS, Fabiano Zortéa, nesta quarta-feira (21), no primeiro dia da Feira Brasileira do Varejo (FBV), em Porto Alegre. Na lista, estão conexão afetiva, lidando menos com gerações e mais com emoção, uso de inteligência artificial (IA), à frente inclusive de aplicativos como WhatsApp, e aceitar falhas para aprender e avançar.
"Tá falhado não se falha mais nisso", resume Zortéa, que apresentou a frase no desfecho da palestra, numa adaptação de um ditado mais popular: "Falhei, tá falhado e não se fala mais nisso".
O primeiro ponto é observar os novos sinais de consumo, que vão além da faixa etária. "Tem de ficar mais atento a aspectos emocionais dos clientes", resume. O segundo item é ser mais eficiente operacionalmente usando IA, que já ajuda no comportamento de consumo e no atendimento mais personalizado.
A terceira estratégia é associar criatividade e inovação à tolerância ao erro. "Precisa errar um pouco mais para elevar a curva de crescimento. Isso vai fazer com que o varejo seja mais surpreendente, dando motivos para o consumidor váraté a loja", vincula o coordenador de varejo do Sebrae-RS.
O especialista lembrou que pela primeira vez os varejistas estão lidando com seis gerações ao mesmo tempo, desde os baby-boomer, acima de 60 anos, à alpha, com menos de 10 anos. "Não tem que tentar entender cada uma, mas ver onde está a inovação para atuar com estes grupos", orienta o especialista, criticando quem diz que a geração Alpha, até 10 anos, não são alvo de negócios por não ganharem ainda o próprio dinheiro.
"Quem mais influencia a compra da família hoje são os Alpha. Vocês não querem vender para eles?", provocou Zortéa, que também repassou características dos Gen (generation), abreviação mais usada, Z. "Autenticidade, transparência e sustentabilidade estão entre principais valores dos Z, elencou.
Tema líder da FBV 2025, a loja física, Zortéa listou razões para que o setor dê mais atenção e encontre caminhos para tornar o ponto mais atrativo. "A loja segue e continuará sendo o coração de uma marca. No ponto físico, ocorrem mais de 80% das vendas", lembra o especialista. "Bem trabalhada, ela atrai mais que o digital."
Além disso, Zortéa aposta em potenciais, como testar mais produtos com o consumidor, que tem mais aderência no ambiente físico.