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Patrícia Comunello

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Publicada em 19 de Maio de 2025 às 00:25

Inflação contribui para queda de vendas do comércio gaúcho e aciona alerta

Minuto Varejo - vídeo - dados de vendas IBGE - inadimplência - dia das mães -

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/ARTE SOBRE FOTO EVANDRO ANDRADE/JC
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Três dados da semana passada emitem alertas para os varejistas gaúchos. Vendas de março com queda, inadimplência em alta e um perfil de compra no Dia das Mães, em Porto Alegre, que mostrou 70% dos gastos com cartão parcelado, o que exige aplicação do consumidor na hora de pagar a conta em dia. A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou recuo de 0,7% no volume de vendas do varejo geral em março ante fevereiro. A comercialização de supermercados e hipermercados caiu 3% frente a março de 2024. "Foi a primeira queda do segmento desde abril de 2023", observa o economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank, associando à alta de preços. "A inflação do grupo de alimentos e bebidas (A&B), no IPCA, disparou em março na Região Metropolitana (RMPA)", assinala, passando de 0,31% para 1,72%, quatro vezes maior. Em 12 meses, o IPCA da RMPA (abril de 2024 a março de 2025) para A&B saltou de 3,36% para 5%. No conceito ampliado, com veículos, materiais de construção e atacarejos, a PMC teve alta de 0,5% no confronto mensal.
Três dados da semana passada emitem alertas para os varejistas gaúchos. Vendas de março com queda, inadimplência em alta e um perfil de compra no Dia das Mães, em Porto Alegre, que mostrou 70% dos gastos com cartão parcelado, o que exige aplicação do consumidor na hora de pagar a conta em dia. A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou recuo de 0,7% no volume de vendas do varejo geral em março ante fevereiro. A comercialização de supermercados e hipermercados caiu 3% frente a março de 2024. "Foi a primeira queda do segmento desde abril de 2023", observa o economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank, associando à alta de preços. "A inflação do grupo de alimentos e bebidas (A&B), no IPCA, disparou em março na Região Metropolitana (RMPA)", assinala, passando de 0,31% para 1,72%, quatro vezes maior. Em 12 meses, o IPCA da RMPA (abril de 2024 a março de 2025) para A&B saltou de 3,36% para 5%. No conceito ampliado, com veículos, materiais de construção e atacarejos, a PMC teve alta de 0,5% no confronto mensal.
O formato de atacarejo teve alta de 6,4% reforçando o tipo de loja atrai mais clientes. O foco em preço mais baixo e quantidade influencia. Frank admite a migração, mas ressalta que o supermercado tradicional ainda atrai mais consumo. Entre os segmentos com elevação em vendas, vestuário teve alta de 5,5%, combustíveis (3,8%), farmácia (1,6%), móveis (1,4%) e materiais de construção (11,9%). Também tiveram queda itens para escritório, informática e comunicação (-15,3%), livros e papelaria (-14,3%), itens para casa (-3,4%) e veículos (-1,7%). Para o futuro, Frank projeta ma o arrefecimento do quadro para os varejistas, com impacto ainda da correção de preços e dos juros em alta, como da taxa Selic, em 14,75% ao ano. A evolução da inadimplência, que segue batendo recordes no Estado e na Capital entre pessoas físicas, segundo o indicador da CDL-POA, com dados da Equifax/Boa Vista, também coloca mais preocupação no cenário até o fim de 2025. A coluna faz um resumo no vídeo que pode ser assistido pelo QR Code.

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