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A coluna foca novidades sobre operações, tendência e desempenho do consumo e traz olhar de quem empreende no varejo do Rio Grande do Sul, com conteúdo multimídia.
Publicada em 15 de Maio de 2025 às 19:01
Inflação contribui para queda de vendas do comércio gaúcho
Supermercados tiveram queda que mais afetou vendas no Estado, mas ataracejos (foto) subiram
COMERCIAL ZAFFARI/DIVULGAÇÃO/JC
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Patrícia Comunello
A conta mais alta principalmente no supermercado está afetando o varejo gaúcho. Os dados mais recentes da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam queda de 0,7% no volume de vendas do varejo geral em março frente a fevereiro no Estado. O segmento de supermercados e hipermercados teve queda de 3% na comparação anual, com março de 2024.
A conta mais alta principalmente no supermercado está afetando o varejo gaúcho. Os dados mais recentes da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam queda de 0,7% no volume de vendas do varejo geral em março frente a fevereiro no Estado. O segmento de supermercados e hipermercados teve queda de 3% na comparação anual, com março de 2024.
Vídeo: Minuto Varejo analisa indicadores e os alertas para o setor
No conceito ampliado, com veículos, materiais de construção e atacarejos, a PMC teve alta de 0,5% no confronto mensal. O Brasil teve alta de 0,9% no geral e de 1,9% no ampliado em março frente a fevereiro,, vindo melhor.
"Foi a primeira queda de supermercados desde abril de 2023", observa o economista-chefe da da CDL Porto Alegre, Oscar Frank. Na análise que Frank faz dos números, o fator correção de preços pesou. "A inflação do grupo de alimentos e bebidas (A&B), do IPCA (índice oficial), disparou na passagem de fevereiro pra março na Região Metropolitana (RMPA), assinala o economista. O indicador passou de 0,31% para 1,72%. O IBGE, que calcula a inflação, não apura para a dimensão estadual, por isso se adota o dado metropolitano.
O IBGE não fornece dados dos setores para comparar com o mês anterior. Mas o fator inflacionário, que afeta mais o consumo do dia a dia, como o do super, serve para identificar fatores que afetam o consumo. Frank informa que o IPCA em 12 meses na RMPA (abril de 2024 a março de 2025) do grupo de A&B passou de 3,36% para 5%.
O formato de atacarejo teve alta de 6,4% no volume, reforçando que as lojas com perfil de volume de atacado atraem mais clientes, também pelo foco em preço mais baixo. Mas Frank, que admite a migração, ressalta que o supermercado de vizinhança e o hiper ainda são preponderantes no volume consumido.
Em fevereiro, o varejo restrito tinha subido 0,5%, e em janeiro, 1%. No desfecho de 2024, que o setor tno Estado teve uma queda, de 2,1%. O ampliado, caiu em fevereiro, 1,4%, subiu 2,6% em janeiro e também recuou em dezembro, com -3,2%.
Nos demais segmentos, o desempenho positivo ficou por conta de vestuário, vendas 5,5% maiores, combustíveis (3,8%), farmácia (1,6%), móveis (1,4%) no recorte geral, e com materiais de construção, com alta de 11,9%, no ampliado. A fatia negativa de março foi puxada por itens para escritório, informática e comunicação, com recuo de 15,3%, livros, jornais, revistas e papelaria, (-14,3%), itens para casa (3,4%), no geral, e veículos (-1,7%) no ampliado.
Para o futuro, Frank projeta arrefecimentos do desempenho, com impacto de correção de preços e ainda de juros em alta. A evolução da inadimplência, que segue batendo recordes no Estado entre pessoas físicas, segundo indicador da CDL-POA, também coloca mais preocupação no cenário.
O economista cita que programas do governo e eventual recomposição de rendimentos, via mercado de trabalho mais positivo, podem neutralizar parte do efeito mais danoso que se avizinha no ponto de venda.