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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 19 de Fevereiro de 2025 às 01:25

Lugano prepara mega novidade em Gramado, mira shoppings e avança nos EUA

'Não sei se tem turista que vai a Gramado e sai sem chocolate', desafia Luz

'Não sei se tem turista que vai a Gramado e sai sem chocolate', desafia Luz

/ANDRESSA PUFAL/JC
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Patrícia Comunello
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A chocolataria Lugano é quase uma cinquentona. Em 2025, a empresa de perfil familiar combina três frentes baseadas no chocolate artesanal. O CEO da marca de Gramado, Augusto Schwingel Luz, detalhou as novidades no nono episódio do videocast do Minuto Varejo, que já está no ar nos canais do Jornal do Comércio no YouTube e no Spotify. 
A chocolataria Lugano é quase uma cinquentona. Em 2025, a empresa de perfil familiar combina três frentes baseadas no chocolate artesanal. O CEO da marca de Gramado, Augusto Schwingel Luz, detalhou as novidades no nono episódio do videocast do Minuto Varejo, que já está no ar nos canais do Jornal do Comércio no YouTube e no Spotify

VIDEOCAST: Assista à íntegra do episódio com CEO da Lugano

Um dos focos é entrar com mais força na disputa com concorrentes em shopping centers, diz Luz. Para isso, houve revisão de tamanho de lojas, para equilibrar custo e fluxo. Hoje a operação tem cerca de 120 franquias e menos de 10 lojas próprias e licenciadas, a maioria em Gramado. Entre as que vão abrir, está a do Iguatemi Porto Alegre, que foi reposicionada e virá já remodelada para o novo conceito.
Na lista de aberturas desde dezembro, estão Paranaíba (Mato Grosso do Sul), Diamantina (Minas Gerais), Goiânia (Goiás), São Paulo (Shopping Morumbi) e Presidente Prudente (São Paulo), Urubici (Santa Catarina). Vai abrir em Querência (Mato Grosso). A chocolataria já está nos 26 estados e no Distrito Federal (DF).
A marca aposta forte também no cardápio das cafeterias que garantem faturamento no ano todo, não só nas datas festivas. Em Gramado, está sendo montada a Casa Lugano, com aporte de R$ 25 milhões e sócios, que combina gastronomia e ambiente de padrão internacional, garante o empresário.
O front externo também segue aquecido nos Estados Unidos, que devem dobrar os pedidos este ano, e Canadá, depois de gerarem 35% da receita da operação em 2024, diz o CEO.    

Principal souvenir de Gramado: "Tem turista que vai a Gramado e sai sem levar chocolate?" | andressa pufal/jc
Principal souvenir de Gramado: "Tem turista que vai a Gramado e sai sem levar chocolate?" andressa pufal/jc
Minuto Varejo -  O chocolate artesanal é o principal souvenir de Gramado?
Augusto Schwingel Luz - Tenho certeza que sim. Não sei se tem turista que vai a Gramado e sai sem levar chocolate. A cidade realmente é uma coisa inexplicável. Uma cidade de 40 mil habitantes vender o que vende de chocolate não acredito que exista em outro no mundo. Não tem explicação os valores e a quantidade de chocolate que se vende na cidade. Para a Lugano, representa 35% do faturamento. O artesanal é muito mais voltado à questão de qualidade, que infelizmente se perdeu muito nos últimos anos. Hoje são quase 30 pequenas empresas. Temos de tudo, coisas muito boas e muito ruins que usam o nome. Mas apenas seis a cinco indústrias têm o selo de denominação de origem, que exige mínimo de percentual de cacau. As grandes indústrias trabalham com 18% a 22% de cacau no chocolate ao leite. A Lugano tem 36%. O selo prevê 30%.
MV - A Lugano vai brigar com Cacau Show, Kopenhagen, que agora é da Nestlé?
Luz - Digo sempre que no nosso setor brigamos com qualquer presente, o que inclui floricultura, roupa. Pegamos uma fatia importante na classe C e D, mas massivamente é mais B para A. Mas nos diferenciamos da Cacau Show e Kopenhagen no modelo de negócio. Todas as nossas lojas têm cafeteria e completa. A venda de doces, salgados e café e bebidas representa 58% do faturamento da rede, menos em Gramado. A cafeteria é a forma que encontramos de ter um fluxo constante ao longo do ano.

Luz explica que lojas em shopping estão menores e ganham mesas externas | andressa pufal/jc
Luz explica que lojas em shopping estão menores e ganham mesas externas andressa pufal/jc
MV - O que está mudando em lojas em shopping?
Luz - Precisávamos expandir muito em shopping e vimos que, para crescer nesses empreendimentos, precisávamos criar um modelo financeiro para fechar a conta. O metro quadrado do shopping é muito mais caro. Nesse retrofit, o modelo de ponto ficou um pouco menor, de 80 e 100 metros quadrados para 50 metros quadrados. Homologamos fornecedores para entregar a parte de cozinha já mais pré-pronta e incluímos área externa, com mesas fora. Muito na vibe de humanização dos complexos.
MV - Qual é o impacto das vendas externas?
Luz - Em 2024, quadruplicamos o faturamento com exportação, que é 100% voltada aos Estados Unidos e ao Canadá (parcela). Em 2025, vamos crescer também no mercado canadense, e mais que dobrar nos EUA. Hoje os produtos são muito focados em feriados, Natal e Valentine's Day. Páscoa é a terceira data, mas cresce também. Fazemos 50% para outras marcas. Em uma das parcerias mais antigas, especializado em cesta de presentes, sugerimos vender alfajores, eles aceitaram e entrou como biscoito recheado. Em 2024, foram 1,2 milhão de unidades (60 toneladas) e deve dobrar em 2025. Trufas foram 9 milhões, somando 132 toneladas. Vai crescer muito. Vamos ter uma linha a mais na fábrica em Gramado para atender os pedidos. Estamos tentando abrir portas na América Latina, além de Oriente Médio. Mas leva tempo. Nos EUA, começamos a falar em 2018 e embarcamos a primeira carga em 2021. Também conseguimos contrato com fabricante de balas, com produto deles, formato e aroma de chocolate. A primeira carga foi em janeiro. 
MV - Com tantas frentes, vai ter expansão de capacidade de fabricação?
Luz - Tínhamos plano de montar uma fábrica no Sudeste, temos imóvel e terreno. Mas demos uma segurada para focar mais em novos maquinários e renovar o parque atual. Também fizemos ajustes, retirando a expedição, quase mil metros quadrados, para aumentar a fábrica. 
 

Casa Lugano: 'Virada de página', diz CEO da marca

Serão três andares de operações de restaurante à confeitaria (projeto)

Serão três andares de operações de restaurante à confeitaria (projeto)

/LUGANO/DIVULGAÇÃO/JC
Com um olho no exterior e outro dentro de casa. A Lugano estreia em fim de março ou começo de abril sua nova aposta para atrair turistas em Gramado. É a Casa Lugano, com investimento de R$ 25 milhões, desta vez com parceiros da GAV Resorts.
O complexo, que combina gastronomia de alto padrão, entre restaurantes e confeitaria francesa, ocupa a antiga loja da Paquetá, na Rua Coberta, ponto icônico da cidade. São 1,4 mil metros quadrados, com arquitetura interna diferenciada e 320 lugares.
Serão abertos cerca de 120 empregos diretos e mais de 500 indiretos, segundo Augusto Luz. São três andares: o primeiro com uma osteria italiana, o segundo com pâtisserie e ateliê de chocolate, com criações exclusivas do chef confeiteiro Diego Lozano, e o terceiro andar com restaurante contemporâneo.
"É uma homenagem à nossa cidade, num ponto que já teve o metro quadrado do varejo mais caro do Brasil. Vai ter muitas referências da Itália. Será uma virada de página para o mercado gramadense. Algo extremamente contemporâneo e sintonizado com o que está acontecendo na Europa e nos Estados Unidos", descreve o CEO da chocolataria. 

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