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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 16 de Janeiro de 2025 às 20:53

Lojas minimalistas despontam em Nova York e mudam ponto físico

Dayson, que vende de aspirador de pó a secador, revitalizou prédio e usa muitas telas em seu espaço

Dayson, que vende de aspirador de pó a secador, revitalizou prédio e usa muitas telas em seu espaço

/PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Patrícia Comunello
Menos é mais? É o que muitas marcam vêm buscando na meca do varejo mundial. Em Nova York, uma nova leva de pontos físicos abertos desde 2024 segue o conceito de "loja minimalista", explica Fabiano Zortéa, do Sebrae-RS, que fez a curadoria da imersão da comitiva gaúcha, concluída na última quarta-feira, com passagem também pela NRF Retail's Big Show, maior evento de inovação do setor no mundo.
Menos é mais? É o que muitas marcam vêm buscando na meca do varejo mundial. Em Nova York, uma nova leva de pontos físicos abertos desde 2024 segue o conceito de "loja minimalista", explica Fabiano Zortéa, do Sebrae-RS, que fez a curadoria da imersão da comitiva gaúcha, concluída na última quarta-feira, com passagem também pela NRF Retail's Big Show, maior evento de inovação do setor no mundo.
O conceito abrange desde os locais escolhidos para montar as operações, como prédios antigos e abandonados, ao um design interno com menos mobiliário, muitos móveis (para facilitar mudanças) e foco no produto e meio ambiente. 
"Conferi mais de 80 operações (antes de fechar as visitas) e vi um varejo com menos mobiliário, com menos poluição visual e estímulos pela decoração e mais protagonismo de produto", lista Zortéa.

Flagship da Balenciaga foi montada em antigo prédio, conserva características rústicas e evidencia produtos | PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Flagship da Balenciaga foi montada em antigo prédio, conserva características rústicas e evidencia produtos PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Foram 12 pontos visitados pelos 55 integrantes da comitiva e oito deles preencheram o conceito. Marcas como Balenciaga, de moda de luxo, APL (Athletic Propulsion Labs), de tênis com inovação, Dayson, equipamentos como secadores e aspiradores de pó, Crate & Barrel, de móveis e decoração, Ray-Ban Meta, óculos com IA, e Tesla, de carros elétricos, atenderam a características de ambientes mais sensoriais e envolventes.
"O mobiliário usado e os materiais mostram economia e sustentabilidade, itens valorizados pelos jovens", diz o especialista do Sebrae-RS. A Crate & Barrel ocupa prédio onde foi a primeira loja da cidade, no século 19, e conservou as estruturas de colunas e referências do ocupante do passado.

Comitiva viu na APL soluções em mobiliário móvel e iluminação que foca os tênis | PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Comitiva viu na APL soluções em mobiliário móvel e iluminação que foca os tênis PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
A Dayson montou a loja conceito em prédio que foi de bombeiros e focou em telas, para apresentar as tecnologias. "Mas os produtos são, de fato, os protagonistas."
A APL usa prateleira móvel, estratégia de luzes e arquitetura como galeria de arte. Os cinco provadores têm revestimento de pedra ônix, com diferentes cores, cada um representando um dos distritos de Nova York: Manhattan, Brooklyn, Bronx, Queens e State Island.
Detalhe: a loja não informa qual é qual. Vendedores garantem que só quem sabe são os fundadores da marca.   
"São ideias que pequenos varejos podem se adaptar e aplicar", sugere Débora Lunardi, presidente da CDL de Erechim.
"O varejo brasileiro precisa olhar mais economia, sustentabilidade e aderência do consumidor", recomenda Zortéa.

Cybertruck é única atração da Tesla

Modelo é única atração no showroom da marca de carros elétricos

Modelo é única atração no showroom da marca de carros elétricos

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
O Cybertruck, modelo mais irreverente da carteira de carros elétricos da Tesla, do bilionário polêmico e apoiador de Donald Trump, Elon Musk, é atração e desperta desejos e curiosidade em loja da marca em Nova York.
O veículo não é vendido no ponto físico devido a restrições de mercado para proteger outras revendas de marcas. Além disso, é o único exposto no espaço, que é definido como exemplo de varejo minimalista, diz o coordenador de varejo do Sebrae-RS, Fabiano Zortéa, que incluiu a loja no roteiro de visitas técnicas da comitiva gaúcha em imersão em Nova York.
Apenas pelo site é possível comprar. Aliás, a marca está vendendo com desconto para modelos de entrada, que chamou a atenção do mercado. No lançamento, no começo de 2024, a lista de espera tinha mais de 2 milhões de pretendentes, segundo a companhia. Até hoje, 80 mil unidades foram vendidas. O preço é de cerca de US$ 100 mil (mais de R$ 600 mil). O modelo foi envolvido no começo de janeiro em explosão em Las Vegas, em aparente caso de suicídio do motorista, que lançou o carro contra um hotel de Trump.
No showroom da marca, no bairro do Meatpacking, perto do icônico Chelsea Market, em Manhattan, a comitiva gaúcha conferiu o ambiente e pôde entrar no carro e até fazer test-drive, que é uma das investidas para seduzir o público. "Dá uma sensação de futuro", disse um dos integrantes da missão, ao tocar no Cybertruck.
O modelo original tem cor cinza, de aço, mas pode ser envelopado com outras cores, como a preta, mais vista na cidade. "A Tesla é uma marca entrega coerência entre posicionamento e ambiente na loja", associa Zortéa. "Ao optar por um único produto na loja, o valor da marca, ligado à inovação disruptiva, é aumentado", conclui.
A loja expõe ainda uma réplica de um robô (apenas estrutura externa), com articulações de corpo humano, promessa de Musk para ser substituir pessoas em trabalho em fábricas e atividades em escritório e em casa. 

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