O principal organismo de apoio ao empreendedorismo no Rio Grande do Sul vai ter casa nova em breve, possivelmente em 2026. Foi aprovada e está nos detalhes finais a compra de um prédio no bairro Moinhos de Vento, zona nobre de Porto Alegre, para a futura sede do Sebrae-RS.
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A informação foi antecipada pelo presidente do Conselho Deliberativo do organismo, Luiz Carlos Bohn, também presidente do sistema Fecomércio-RS. "A mudança está consolidada", avisa Bohn, à coluna.
Falta apenas assinar a aquisição, negociada desde o primeiro semestre de 2024, quando surgiu a disponibilidade do imóvel na rua 24 de Outubro. O pré-contrato segue ritual para ser formalizado no começo de janeiro. A negociação foi intermediada pelo setor Corporate da Foxter, uma das maiores empresas do segmento imobiliário com atuação no Rio Grande do Sul.
O dirigente explica que a compra se deve à condição da atual sede, que foi muito afetada pela enchente no Centro da Capital. "Não oferece mais condições de funcionamento e não acomoda 50% das pessoas que atuam no Sebrae", explica Bohn.
O Sebrae Nacional autorizou a compra e vai financiar 75% do valor, que ficou em R$ 30 milhões. O dirigente estima que a instalação deve ser feita em 2026, após a reforma, avaliada em R$ 15 milhões.
Para fechar o negócio, antes foi necessário que a empresa de telecomunicação Claro, que ocupa o local, manifestasse que não tinha interesse na compra. "Só falta assinar o documento (compra)", esclarece o dirigente, o que deve ser nas próximas semanas.
O imóvel tem 14 andares. As antenas da Claro ficam no topo do edifício e devem continuar, gerando receita de aluguel ao futuro dono. "O prédio tem área três vezes maior do que o do Centro", compara ele. "No futuro, o Sebrae-RS estará no local e atendendo bem seu público", projeta Bohn.
O presidente do conselho cita outro importante braço de atuação ligada ao apoio para empresas afetadas pelas cheias, o programa Supera, que já repassou R$ 175 milhões às pequenas empresas. São valores de R$ 3 mil, R$ 10 mil e R$ 15 mil, dependendo do porte e d demanda em função dos impactos do evento climático de maio.