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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 04 de Dezembro de 2024 às 20:55

Por que o preço do abacate está tão alto e quando vai baixar?

Preço do quilo do abacate em supermercados de Porto Alegre chega a quase R$ 30,00

Preço do quilo do abacate em supermercados de Porto Alegre chega a quase R$ 30,00

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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O abacate, que ganhou adeptos principalmente nas academias e pelas propriedades nutricionais, virou o "inferno da vez"para o bolso dos consumidores. Quem não fica sem o alimento deve estar indignado e com razão. A coluna Minuto Varejo encontrou o quilo a quase R$ 30,00 em supermercados em Porto Alegre.
O abacate, que ganhou adeptos principalmente nas academias e pelas propriedades nutricionais, virou o "inferno da vez"para o bolso dos consumidores. Quem não fica sem o alimento deve estar indignado e com razão. A coluna Minuto Varejo encontrou o quilo a quase R$ 30,00 em supermercados em Porto Alegre.
O Minuto Varejo já tinha detectado valores acima de R$ 20,00 semanas atrás e achado literalmente um "absurdo". O alimento era vendido a menos de R$ 10,00 até começo de novembro
Atrás de explicação, o Minuto Varejo falou com a Ceasa, principal central que recebe hortigranjeiros para abastecer mercado e fruteiras.
No começo de novembro, a fruta era vendida a R$ 24,90 na região do bairro Santana, na Capital | PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
No começo de novembro, a fruta era vendida a R$ 24,90 na região do bairro Santana, na Capital PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
"O abacate em geral nunca teve este preço tão elevado", atesta o gerente técnico da Ceasa, Adiel Bitencourt, ligado à Emater. Ou seja, a surpresa de quem foi ao "super" também atingiu os especialistas no mercado de frutas e verduras.
A razão principal é a entressafra do cultivo no Rio Grande do Sul e a menor oferta de produção que vem neste período do Sudeste do Brasil, explica Bitencourt. "Também está ocorrendo a diminuição de sua cultura em varias regiões", observa ele, como mais um agravante tanto agora como para a oferta futura. 
"Nas próximas semanas, deve diminuir muito o preço", adianta o gerente técnico, citando que já começa a chegar carga do alimento mais "em conta", mas ainda em patamar alto. Ainda em dezembro, Bitencourt espera maior queda para a venda final. 
A Ceasa chegou a receber a caixa com 18 quilos a R$ 450,00 (R$ 25,00 por quilo). Nesta quarta-feira (4), a cotação recuou a R$ 350,00 (R$ 19,44 o quilo), queda de 22,2%. O valor é para o comércio, que depois coloca o preço final para os clientes.
A variedade da fruta chamada de avocado, de tamanho menor e valor nutricional mais alto, é sempre mais cara e continua nesta pegada. Sobe o abacate comum, e o avocado também. 
"O avocato é o mais caro e tem pequena produção no Brasil. Grande parte do que chega é importada. O México é o maior produtor mundial", explica o técnico.
"A comercialização ao consumidor está muito baixa. Então, os preços deverão voltar a valores acessíveis", projeta Bitencourt, ligado à Emater. É a lei da oferta e da procura.
Em redes de varejo onde a coluna registrou os níveis elevados de preço, funcionários confirmaram que os clientes reduziram a compra, mas tem os que ainda levam, pois não conseguem ficar sem, comentou um dos atendentes.

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