Indicadores da reta final do ano geram ânimo de entidades do setor do comércio sobre desempenho de vendas. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) ficou em 112,2 pontos em outubro, "mantendo-se estável em relação a setembro e interrompendo uma sequência de cinco quedas", diz a entidade em nota.
Mesmo com esta condição, o dado recuou 0,5% frente a outubro de 2023. Já a confiança dos comerciantes nas condições econômicas atuais caiu 2,2%. O índice ficou em 69,8 pontos, redução anual de 8,3%.
A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou volume de vendas no comércio restrito (maior parte de stores) com queda de 0,3% e no ampliado (veículos, materiais de construção e atacarejos), alta de 0,8% em agosto sobre julho no Brasil. O desempenho captou aumentos dos preços e altas taxas de juros, citou a confederação.
"A expectativa de melhora sazonal nas vendas de final de ano traz certo alívio”, comenta, em nota, o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros. A continuidade do ciclo de aumento da taxa Selic é fator que pode limitar maior crescimento do consumo e potencial de investimento, segundo Tadros.
Item que marca o fim de ano, a intenção de fazer contratação temporária subiu 1,1%, alcançando 127 pontos. O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, valida otimismo para vendas de fim de ano. “Essa melhora das expectativas reflete confiança no setor, apesar de um cenário econômico complexo e indefinido”, comenta Tavares, na nota.
No índice de expectativas, o segmento do vestuário cresceu 0,7%, mas caiu 6% no ano, enquanto o de supermercados e farmácias subiu 0,4% no mês e caiu 2,7% no ano. O de eletrônicos e veículos teve um aumento de 1,2% no mês e 0,7% no ano.
O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, aponta que, embora haja cautela, os empresários estão otimistas para as vendas de fim de ano. “Essa melhora das expectativas reflete confiança no setor, apesar de um cenário econômico complexo e indefinido”, avalia.