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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 06 de Setembro de 2024 às 16:29

Grupo do PR abre megaloja de carros em Porto Alegre e planeja expansão

Loja de duas marcas do Servopa estreou em Porto Alegre com investimento de R$ 40 milhões

Loja de duas marcas do Servopa estreou em Porto Alegre com investimento de R$ 40 milhões

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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"Estamos de olho", avisa o CEO do grupo paranaense Servopa, Cristian Letti, sobre planos de ter mais lojas no Rio Grande do Sul, entre Porto Alegre e a Região Metropolitana. O reforço de posições no mercado local já começou. O grupo acaba de inaugurar megaloja de duas das marcas de veículos que tem no portfólio. 
"Estamos de olho", avisa o CEO do grupo paranaense Servopa, Cristian Letti, sobre planos de ter mais lojas no Rio Grande do Sul, entre Porto Alegre e a Região Metropolitana. O reforço de posições no mercado local já começou. O grupo acaba de inaugurar megaloja de duas das marcas de veículos que tem no portfólio. 
"Temos planos de ter mais unidades. Vimos terrenos, estamos namorando marcas", disse Letti, em conversa com a coluna Minuto Varejo. Na terça-feira (6), o Servopa abriu a nova operação de novos de Peugeot e Citroën na avenida Ipiranga, na Zona Leste. O investimento foi de cerca de R$ 40 milhões, entre aquisição do ativo da Porto Seguro, em 2021, e reforma do imóvel, detalha ele. São mil metros quadrados de showroom e mais 500 metros quadrados de pós-venda.
Para a nova instalação, em um dos principais polos de comércio de automóveis da Capital, o grupo espera efeito da boa safra de vendas de modelos das duas marcas europeias. "Estamos vendendo o dobro de Peugeot", comenta Letti, sobre o desempenho geral da marca no negócio. O antigo ponto de novos das duas marcas se mantém com seminovos na mesma avenida. Do lado da antiga loja, fica a revenda da Hyundai, também do grupo do Paraná. O prédio deve ter melhorias.
O mercado de híbridos da marca é aposta para elevar vendas. O grupo também tem revendas no Paraná da chinesa de linhas eletrificadas, BYD, desde 2023, mas tem ainda Volkswagen, Audi, Volvo e Honda e Trimph e Harley-Davidson, de motos.        
O plano de mais lojas no Estado mira os próximos dois anos, adianta Letti. "Mas, se as notícias boas vierem, pode ser antes", avisa. A antecipação está ligada a movimentos desde encontrar pontos físicos, fechar com outros operadores e também a previsão de ter mais marcas no portfólio.
"Tenho namorado algumas marcas, olhado outras em Porto Alegre", detalha o CEO | PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
"Tenho namorado algumas marcas, olhado outras em Porto Alegre", detalha o CEO PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
"Temos planos de aumentar lojas aqui. Tenho namorado algumas marcas, olhado outras em Porto Alegre", detalha o CEO: "Temos vontade de crescer, de, pelo menos, dobrar o número de lojas aqui nos próximos dois anos. Além da Capital, Canoas e Novo Hamburgo".
O Servopa teve também impactos com as cheias. Lojas das marcas que estão na carteira foram atingidas no polo de concessionárias na Zona Norte. "Voltamos rápido (reabertura). Fomos uma das primeiras, mas perdemos40 a 50 carros, um prejuízo de quase R$ 2 milhões", detalha o executivo.
O avanço também é facilitado pela consolidação de mercado.
"Tem operadores querendo sair. A gente está vendo uma mexida em marcas mais tradicionais. Um negócio de concessionário, para ser minimamente rentável, precisa ter escala para diluir o custo fixo das estruturas. Grupos pequenos acabam não conseguindo", analisa Letti. "Acredito que vão ocorrer cada vez mais fusões de pequenos grupos, pequenas lojas e aquisições."
O CEO diz que o grupo está de olho também na entrada de mais marcas no Brasil, entre chinesas e coreanas e até fabricante norte-americano. 
O faturamento do Servopa deve bater em R$ 5 bilhões "ou até mais" este ano, projeta Letti, o que configurará 25% de alta ante 2023. "Tem efeito da marca chinesa que não representava quase nada em 2023, mas isso afeta outras operações. O mercado vai crescer 15%. A BYD representa muito, mas temos outras marcas puxando e novas lojas, como a de Porto Alegre e produtos novos chegando", assinala ele.
O grupo, com origem em Curitiba e que completará 70 anos em 2025, tem uma origem curiosa. O fundador Hans Voswinckel, alemão que imigrou do pós-Segunda Guerra Mundial e tinha mecânica que prestava assistência a carros da Volkswagen. A sigla vem daí: Serviços Volkswagen do Paraná. Em 1955, após proposta da montadora, Voswinckel, que morreu em 2022, abriu a primeira loja para vender o fusca, recém lançado no Brasil. Décadas depois, o grupo passou a vender outras marcas. Hoje sucessores tocam o Servopa.  
No Rio Grande do Sul, a empresa entrou no fim dos anos 2000 e por enxergar potencial e proximidade de culturas, como a alemã. Hoje 10 das 47 unidades do grupo estão no Estado, entre Porto Alegre (quatro), Canoas (duas), Novo Hamburgo (duas), Bento Gonçalves (uma) e Gravataí (uma).
A meta é chegar a 50 lojas até dezembro. As três que faltam serão no Paraná e da BYD, que mais cresce. "Vamos chegar a 10 ou mais unidades da chinesa", programa Letti. No Rio Grande do Sul, está descartado entrar com a BYD. Aqui, tem a Iesa. 

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