As perdas do Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho associadas ao impacto das chuvas e às cheias que paralisaram atividades e afetaram a vida de moradores do Estado deram uma amenizada, segundo a CDL Porto Alegre.
No monitoramento sobre o efeito geral na economia, a assessoria econômica da entidade revisou a redução para R$ 11,3 bilhões em maio e junho, ante R$ 13,5 bilhões, que compreendia período menor, entre 1º de maio e 18 de junho.
O economista-chefe da entidade, Oscar Frank, confronta dados de fluxo de arrecadação de ICMS e variações do PIB anteriores, como no mesmo período de 2023.
"É um sinal de que a economia gaúcha apresentou uma retomada nas duas últimas semanas de junho. Oprejuízo encolheu dentro do fluxo financeiro. Não é computada a perda patrimonial. Junho teve grande parte das medidas de apoio acionadas pelos governos, o que elevou a liquidez das famílias. O período final do mês passado também teve a intensificação das ações voltadas às empresas", analisou Frank.
A estimativa sobre perdas do PIB é apurada na combinação de diferentes bases de dados "capazes de exprimir os canais de transmissão dos alagamentos para o PIB do RS", explica o economista. São considerados o Índice do Banco Central (IBC), a arrecadação de ICMS e os resultados de trabalhos acadêmicos.
O número mais recente que consegue captar a atividade está no 5º Boletim Econômico-Tributário: Unidos pelo Rio Grande, divulgado pela Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz).
A receita nominal em maio e junho deste ano somou R$ 3,28 bilhões e 3,59 bilhões, respectivamente, em cada mês. Em maio, a retração, atualizada pelo IPCA foi de 15,6% frente ao mesmo mês de 2023, e de 6,4% no mês passado, também no confronto com o mesmo período do ano passado.
O ritmo de queda perdeu um pouco de força, já refletindo a retomada de atividades. Mas pesquisa do Sebrae-RS, do começo de julho, mostrou que mais de 30% das empresas dos empreendimentos afetados pelas inundações ainda não havia retomado as operações.