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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 06 de Junho de 2024 às 23:37

Centrais defendem ampliação do auxílio ao emprego a mais afetados pelas cheias

CUT e CTB defendem ampliação de ajuda para empregados de segmentos mais afetados

CUT e CTB defendem ampliação de ajuda para empregados de segmentos mais afetados

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Patrícia Comunello
O programa do governo federal para manter empregos e evitar demissões no Rio Grande do Sul, que já são ventiladas por setores como varejo devido a impactos das inundações, não era tudo que as centrais sindicais próximas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva queriam. Duas delas veem os dois meses de salário-mínimo como "alívio", mas acreditam que será preciso prorrogação para segmentos mais afetados ou empresas com mais danos e demora em retornar à atividade. 
O programa do governo federal para manter empregos e evitar demissões no Rio Grande do Sul, que já são ventiladas por setores como varejo devido a impactos das inundações, não era tudo que as centrais sindicais próximas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva queriam. Duas delas veem os dois meses de salário-mínimo como "alívio", mas acreditam que será preciso prorrogação para segmentos mais afetados ou empresas com mais danos e demora em retornar à atividade. 
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), uma das bases de apoio ao governo Lula, Amarildo Cenci, reagiu sem surpresa a críticas de que as medidas são insuficientes. Entidades como SindilojasPOA e Federação das Associações Gaúchas do Varejo (FAGV), do lado patronal, e Sindicato dos Comerciários da Capital (Sindec-POA)  querem mias prazo e limite de valor. Cenci lembrou ainda que as centrais pediram três meses, mas vieram dois:
"Vai ter reclamação de que é pouco. Defendo que o terceiro mês seja pago pelo Estado. Temos de avançar, sim, e o programa não vai resolver a vida de quem sofreu impactos. Todos perdem um pouco".
Cenci lembrou que a MP foi efeito da mobilização de trabalhadores e setores empresariais. "É suficiente? Com certeza, não, mas assegura dois meses a 480 mil empregados", pondera o sindicalista, que antevê a necessidade de prorrogar benefício para segmentos com mais dificuldades.
"Terá de ter prorrogação à frente. Mas os dois meses dá segurança em problemas principais para parte das empresas e serviços. É um tempo razoável para ver as necessidades para frente", acredita o dirigente. Cenci opina que os casos de perda total ou com maiores dificuldades precisarão de mais ações. "Os setores gravemente atingidos, não só diretamente, mas por sofrer as consequências, podemos avançar depois", defende o presidente da CUT-RS.
Guiomar Vidor, presidente da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), avalia que o programa é um avanço importante, mas ainda “é insuficiente para enfrentar a gravidade da crise”. “Não resolve o problema no médio e longo prazo para quem teve danos maiores e que vai demorar quatro a cinco meses para retomar”, pondera Vidor, indicando que o valor do Auxílio Emergencial é “muito baixo frente à média salarial gaúcha”. A entidade, seguindo o que a CUT-RS propõe, quer que o Estado complemente R$ 600,00, para atingir mínimo de R$ 2 mil.

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