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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 21 de Março de 2024 às 18:05

'Loja física continua, mas com outra roupagem', alerta Luiza Trajano

"Pessoas nunca foram tão importantes. Na Covid, evoluímos muito digitalmente", preveniu Luiza

"Pessoas nunca foram tão importantes. Na Covid, evoluímos muito digitalmente", preveniu Luiza

TÂNIA MEINERZ/JC
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Loja física com "outra roupagem" e pessoas. As das frentes resumem o que a maior personalidade do varejo brasileiro na atualidade, a presidente do Conselho de Administração da Magazine Luiza, Luiza Trajano, no South Summit Brazil, em Porto Alegre, considera decisivas na operação de negócios do setor.
Loja física com "outra roupagem" e pessoas. As das frentes resumem o que a maior personalidade do varejo brasileiro na atualidade, a presidente do Conselho de Administração da Magazine Luiza, Luiza Trajano, no South Summit Brazil, em Porto Alegre, considera decisivas na operação de negócios do setor.
"Mataram a loja física e agora ressuscitaram. Me perguntam se a loja física vai continuar? Vai continuar, mas com outra roupagem", conceituou a empresária, reforçando o que virou mantra entre lojistas que o ponto precisa ser omnichannel, que reúne diversos canais, entre físico e ferramentas digitais.
"A lojista precisa ser multicanal, como o banco", emendou Luiza, o que foi a deixa perfeita para a colega de painel no Arena Stage, principal palco do evento no Cais Mauá, com a presidente do Banco do Brasil (BB), Tarciana Medeiros, a primeira mulher a dirigir a instituição financeira mais antiga do País.
A presidente do Conselho de Administração da Magazine destacou que a intensificação do digital desde a pandemia de Covid-19 não deixou de lado o atendimento e a necessidade de dar conta do que o cliente busca. "Pessoas nunca foram tão importantes. Na Covid, evoluímos muito digitalmente", ponderou a empresária.
Luiza citou que a companhia tem seis laboratórios para testar e inovar e deixou claro que as mudanças fazem parte de uma constatação: "O digital é uma cultura, não é escolha". Além disso, independentemente de qual meio ou plataforma o lojista á usar, o desafio é "estar onde o cliente quer", acredita a hoje também lidera o grupo Mulheres do Brasil. "O que vai fazer a diferença é a forma como a gente inova no atendimento", aposta a varejista.
"Se chegar um cliente para reclamar e outro para comprar, atenda primeiro o que está reclamando", aconselhou a experiente lojista. Em relação à presença de pessoas, mesmo quando se usa ferramentas de conversa, Luiza considera que a ação humana é mais efetiva para "descobrir o que o cliente quer". Também aproveitou para dar um puxãozinho de orelha em colegas: "Você não tem direito de ser metido na relação com o cliente". A advertência se refere a comportamentos em que o comerciante se coloca acima ou em posição de vantagem, em vez de buscar a reconhecer que o consumidor precisa ser ouvido e atendido. 
Enquanto a empresária repassava a experiência de conduzir a maior rede de eletrodomésticos brasileira, com 1,8 mil lojas, e uma das primeiras a desenvolver e migrar para a digitalização, a presidente do BB reforçou o foco no cliente e apresentou a nova agência física do BB, a Ponto BB, que em nada se parece com o que se conhece desse tipo de operação. A novidade foi apresentada recentemente, na divulgação dos números do banco no quarto trimestre de 2023.

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