"Teremos uma moda mais regional daqui para frente. Teremos muitas novidades", avisou o principal executivo da chinesa Shein no Brasil, Felipe Feistler, que falou em um dos principais painéis do primeiro dia do South Summit Brazil, em Porto Alegre.
A previsão de coleção com esta pegada se deve também a metas de nacionalização da produção da plataforma, focada no digital e maior concorrente hoje das grandes varejistas brasileiras, entre elas a gaúcha Lojas Renner.
"Vamos crescer a nossa presença no Brasil e a produção nacional", reforçou o executivo, que não chegou a falar com a imprensa após o painel, mediado por Greta Paz, CEO da Eyxo.
Feistler, que é o gerente geral da companhia chinesa no Brasil, garantiu que a marca vai cumprir a meta de nacionalização firmada com o governo brasileiro, de chegar a 85% de tudo que é comercializado para consumidores que buscam o canal.
"O impacto disso na população brasileira é muito positivo e tornar a beleza da moda acessível a todos", completou Feistler.
O compromisso de elevar o percentual, anunciado em 2023 e que hoje é de 15%, serve de resposta à pressão que setores nacionais, da indústria, mas principalmente varejistas, devido à concorrência das vendas pela plataforma, com importação de itens sem a carga tributária que incide nas operações nacionais.
O executivo comentou ainda que a regionalização gera outro impacto: menor nível de estoques. Segundo Feistler, o volume menor devido a uma capacidade mais restrita em fábricas menores reduz o desperdício com volumes armazenados. "Nosso estoque cai de 20% a 30% para menos de 10%. Isto vem muito em linha ao que a Geração Z e o mundo espera", pontuou o executivo. A geração Z, que engloba nascidos após os anos de 1990, é um dos principais públicos consumidores da marca.