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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 07 de Março de 2024 às 18:44

Imec vai abrir 15 lojas em cinco anos com foco no atacarejo Desco

Unidade de Sapiranga, última a abrir em 2023, já está com a nova logomarca do atacarejo

Unidade de Sapiranga, última a abrir em 2023, já está com a nova logomarca do atacarejo

IMEC/DIVULGAÇÃO/JC
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Patrícia Comunello
No mundo dos atacarejos, pelo menos os do Rio Grande do Sul e entre os maiores players com atuação regional, tudo tem grandes números e metas para os próximos anos. O mais recente grupo a expor a expansão foi o Imec, de Lajeado, dono da bandeira Desco Atacado, porque o "super" saiu da marca.
No mundo dos atacarejos, pelo menos os do Rio Grande do Sul e entre os maiores players com atuação regional, tudo tem grandes números e metas para os próximos anos. O mais recente grupo a expor a expansão foi o Imec, de Lajeado, dono da bandeira Desco Atacado, porque o "super" saiu da marca.
Segundo a sexta varejista do setor no Estado, pelo ranking da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) com dados de 2022 - o novo, com atualização para 2023 deve sair em abril -, serão abertas 15 lojas entre 2024 e 2028 (cinco anos), com desafio de bater na receita bruta de R$ 5 bilhões.
A Comercial Zaffari, de Passo Fundo, dona do Stok Center e maior rede no segmento no Estado, quer dobrar o número ate 2027 (de 30 a 60). Catarinenses como Pereira e Passarela também vão crescer mais em território gaúcho. O líder do varejo gaúcho de supermercados, a Companhia Zaffari, de Porto Alegre, acelera a instalação de seu atacarejo Cestto.       
O detalhamento do planejamento estratégico e dos resultados de 2023 do grupo de Lajeado foi feito nesta quinta-feira (7) no evento Imec Day, na sede da Sogipa, clube da Capital, para fornecedores e outros grupos de relacionamento da marca. 
A rede chegaria a 45 unidades, sendo majoritariamente de Desco, que hoje são 14 e outras 15 são de lojas de vizinhança, o Imec Supermercados. "Vamos priorizar o atacarejo na expansão", disse o diretor-presidente do Imec, Eneo Karkuchinski. Este ano será uma nova unidade até dezembro, com localização ainda não revelada, mas será nos vales. Também vai ter a reinauguração do Desco de Lajeado, em novo prédio, ao lado do atual, maior e com mais empregos. A reestreia deve ser até junho.
A partir de 2025, o ritmo de aberturas deve ser mais forte. "Temos 68 cidades mapeadas para executar o plano até 2028", citou o executivo. O grupo não revela o valor do investimento no crescimento orgânico. Também deixou no ar que não descarta compra de unidades. Aliás, Karkuchinski revelou à coluna Minuto Varejo que está negociando com o Carrefour a compra de unidades que a maior varejista do Brasil fechou no Rio Grande do Sul, entre hipermercados e pontos do Nacional.
Outras grifes do setor também estão de olho nos ativos da gigante e com proposta na mesa, como o catarinense Passarela, dono do atacarejo Via Atacadista, que abriu a primeira unidade nessa quarta-feira (6) na Capital. 
Para suportar a expansão, o Imec vai triplicar a capacidade do seu centro de distribuição (CD), em Lajeado. Novo CD deve entrar em pauta após 2028, adiantou o executivo. Outras novidades anunciadas no Imec Day abrangem a virada da marca para Desco Atacado de forma simultânea, que deve ocorre em abril.
"Isso nunca ocorreu em uma rede", destacou o diretor comercial e marketing do grupo, Rafael Hübler. O atacarejo também vai ter vendas por canais digitais, com entrega e retirada nas lojas, o que até agora só era possível no Imec Supermercados. "Estamos com grande expectativa de demanda", acenou Hübler. 
O faturamento do grupo chegou a R$ 1,643 bilhão em 2023, alta de 11,1% sobre o ano anterior, que havia fechado em R$ 1,461 bilhão. Comparando desempenhos e meta, o grupo triplicaria faturamento em cinco anos, considerando os R$ 5 bilhões. 
"O ano de 2023 foi difícil para crescimento, mas conseguimos ficar no positivo", observa o diretor-presidente. Em 2022, por exemplo, o avanço foi de 37,3%. Os atacarejos representam 70% da receita do Imec, com margem bruta de 15%. Na loja de vizinhança, a margem média é de 25%. O volume garante a performance global do atacado.
O ciclo do ano assado penalizou as operações de atacarejo em geral, após surfarem com a vantagem de estoques e preços em meio a onda de alta da inflação. Como o ano passado acabou tendo virada de jogo no segundo trimestre em diante, avançando para uma deflação em alimentos, as redes tiveram limitação para repassar preços de aquisição de estoques e margem aos consumidores.      
Para 2024, a meta é chegar a R$ 1,965 bilhão de receita, raspando nos R$ 2 bilhões, com aumento de 19,7% ante 2023. "Quem sabe a gente chega lá, nos R$ 2 bi", provocou o executivo, lançando o desafio ao diretor comercial e marketing. "Nosso objetivo não é estar na melhor posição, mas atender bem o cliente e crescer de forma sustentável. Ou seja, crescer e permanecer", resumiu Karkuchinski.  

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