Gigante do mercado de farinha de trigo no Sul do Brasil, a gaúcha Orquídea vai reforçar a produção de uma das marcas que diversificou e expandiu a sua inserção no varejo e no segmento de transformação, como as padarias. A empresa familiar, com sede em Caxias do Sul, terá uma segunda fábrica de seus pães pré-assados congelados, revelou o diretor-superintendente da Orquídea, Rogério Tondo, à coluna Minuto Varejo.
A unidade ficará no estado de São Paulo e deve entrar em operação no começo de 2024, projeta Tondo, segunda geração da família que fundou a empresa que completa 70 anos em 2023. O investimento será de R$ 30 milhões, garantindo a ampliação da produção dos produtos da marca Sabor de France. A indústria vai bancar o aporte com recursos próprios e financiamento.
A unidade atual fica em Farroupilha, ao lado de Caxias do Sul, e foi montada há quatro anos, com aporte de R$ 10 milhões. São 60 funcionários na cidade gaúcha e o mesmo número será alocado no Sudeste.
"Mas ela está chegando perto do limite. Nosso próximo desafio é a implantação da fábrica em São Paulo (região metropolitana), a partir de janeiro de 2024", detalha o executivo. A cidade ainda não foi definida. Os equipamentos já foram comprados e devem chegada até o fim do segundo semestre deste ano, projeta Tondo. Será uma "fábrica gêmea da gaúcha", diz. O maior volume de aportes será em máquinas.
A nova investida vai atender o mercado do Sudeste, que é o principal da marca, ficando com 50% da produção atual do Sabor de France. A decisão de montar a nova unidade resolve um gargalo de custos. "Hoje enviamos produtos daqui. Mas em função do frete, inviabiliza bastante o transporte devido ao uso de câmara refrigerada. O custo chega a 10% do preço final", indica Tondo. "Vamos passar mais segurança ao cliente e reduzir custos de distribuição", destaca o executivo. A planta de Farroupilha atenderá o Sul do País.
O pão pré-assado é considerado um nicho de mercado no Brasil, que ganhou impulso na pandemia, observa o diretor. "Foi o período do 'pãodemia'", comenta ele. Da demanda para fazer em casa, a indústria seguiu com os produtos para quem busca um segmento mais artesanal. A opção pré-assada é comprada em supermercados e padarias e é preparada em 15 minutos pelo consumidor em casa.
O pão pré-assado é considerado um nicho de mercado no Brasil, que ganhou impulso na pandemia, observa o diretor. "Foi o período do 'pãodemia'", comenta ele. Da demanda para fazer em casa, a indústria seguiu com os produtos para quem busca um segmento mais artesanal. A opção pré-assada é comprada em supermercados e padarias e é preparada em 15 minutos pelo consumidor em casa.
A Orquídea também está em plena expansão na área de biscoitos, que teve início em 2022 e se completa em 2025. A capacidade subirá a 4 mil toneladas de biscoitos por mês, ante a atual de 1,6 mil toneladas. O plano entre 2022 e 2024 nesta área da indústria soma R$ 200 milhões em investimentos, em instalações físicas, aquisição de maquinário e ampliação das linhas para novas apresentações de produtos para o mercado consumidor.
Indústria é primeira do Brasil a fazer prato de farelo de trigo
Ecoprato pode ser comestível e degrada em 45 dias ao ser depositado na natureza
PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
A Orquídea impulsiona sua frente sustentável e apetitosa ao dar nova destinação a um dos subprodutos do trigo, o farelo de trigo, que é quase todo ele destinado à indústria de ração para animais. Do grão que é processado, 75% se transforma em derivados - da farinha a massas e biscoitos -, e 25% é vendido para compor a ração. Desde 2021, por uma iniciativa de equipes internas, a empresa criou o ecoprato ou ecopote, que levou o nome de Orquídea Eco. "Queremos dar um destino bom para o farelo, existem outras fibras que são usadas, mas somos o primeiro no Brasil a fazer isso com o farelo", valoriza o diretor-superintendente, Rogério Tondo.
O recipiente é feito de farelo, que é comestível, mas o foco é ser alternativa para servir refeições em vez de usar recipientes plásticos ou outros materiais que não são biodegradáveis. Em 45 dias, o ecoprato é absorvido pela natureza. "É super sustentável", avisa Tondo. O executivo diz que ainda estão sendo desenvolvidos equipamentos para aportar mais escala, todos dentro de casa, pois não há máquinas para este tipo de produção. A intenção é elevar 20 vezes a produtividade para competir com outros materiais não reciclados e tornar o ecoprato uma fonte de receita do negócio.
O recipiente é feito de farelo, que é comestível, mas o foco é ser alternativa para servir refeições em vez de usar recipientes plásticos ou outros materiais que não são biodegradáveis. Em 45 dias, o ecoprato é absorvido pela natureza. "É super sustentável", avisa Tondo. O executivo diz que ainda estão sendo desenvolvidos equipamentos para aportar mais escala, todos dentro de casa, pois não há máquinas para este tipo de produção. A intenção é elevar 20 vezes a produtividade para competir com outros materiais não reciclados e tornar o ecoprato uma fonte de receita do negócio.


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