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Minuto Varejo
- Publicada em 24 de Fevereiro de 2023 às 22:24Liquida Porto Alegre busca reverter queda em vendas
Lojas de diversos portes e segmentos já sinalizam a adesão para atrair consumidores
PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
A estratégia por trás do Liquida Porto Alegre é uma só: salvar as vendas de fevereiro e comecinho de março. A razão é bem conhecida dos varejistas. O segundo mês do ano é o menor em dias e em receita no caixa.
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A estratégia por trás do Liquida Porto Alegre é uma só: salvar as vendas de fevereiro e comecinho de março. A razão é bem conhecida dos varejistas. O segundo mês do ano é o menor em dias e em receita no caixa.
A CDL Porto Alegre aponta que a queda do faturamento chega a 16,6% em média, considerando outros meses, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE.
A aposta em mais vendas segue a lógica do contexto pós-pandemia, pois vai ser a primeira campanha sem as restrições sanitárias. Além disso, o período escolhido chega a consumidores mais presentes na cidade:
"A data é pós-Carnaval e férias. Temos mais gente na Capital. Também disponibilizamos ferramentas no site para informar o consumidor das melhores ofertas e dos locais na campanha", resume o presidente da CDP-POA, Irio Piva. "Com oportunidades e ofertas melhores, o movimento deve ser maior."
Este ano o ingresso de shopping centers, como BarraShoppingSul, Iguatemi e Praia de Belas, é apontado como um fator a mais para o alavancar resultado. "Isso mostra a relevância cada vez maior do Liquida", conclui Piva. Também seguem na ação o Pop Center e Shopping Total, além de mall como Trend e Paseo Zona Sul.
O economista-chefe da entidade, Oscar Frank, reforça que a queda de vendas chega a 38,5% em vestuário. Eletromóveis e materiais de construção seguem a média. Já livros, revistas e papelarias vivem o melhor período, com alta de 54,5% devido ao retorno às aulas. "Quando se trata de serviços, fevereiro também cai 9,4% em relação à média dos demais meses", anota Frank, citando o desafio do cenário econômico, com juros básicos que devem se manter na taxa anual de 13,75%, rendimentos em baixa e inadimplência am alta.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo da Capital, Marcelo Perrone, cita que a receita de impostos também é mais deprimida neste período. Além disso, Perrone considera que o domínio de pontos de rua entre os quase 5 mil estabelecimentos inscritos indica uma valorização de negócios, até mesmo os do Centro. "São 10 dias de liquidação, que gera mais renda, mais impostos, tudo que a gente precisa", resume Perrone.
Para o presidente do SindilojasPOA, Arcione Piva, a campanha vai ajudar os segmentos que precisam vender atual coleção para comprar as novas. "Este é o momento, e o consumidor pode aproveitar produtos de alta qualidade com preços e condições diferenciados", analisa Arcione. O maior peso do varejo de bairro e rua sinaliza, diz o dirigente do sindicato, que as pessoas estão preferindo consumir na vizinhança.
Os 4.895 inscritos na campanha deste ano até a última sexta-feira - lojas ainda podem aderir e têm acesso de graça aos materiais para ponto físico -, representam alta de 13,5% e relação a 2022. É o segundo maior número, ficando atrás da ação em 2020. Em 2021, com pandemia, o Liquida não foi feito. Pelo menos 74% dos estabelecimentos atuam no meio digital também. Vestuário (15%), farmácias (9%) e alimentação (7%) lideram entre segmentos.
Este ano também tem novidade. O novo mascote é o Super Liquida, que sucede o Furaquito e segue a ideia de descontos mais fortes. "Nosso super-herói tem poderes únicos no mundo, que é o de baixar preços, e o varejo nunca precisou tanto de super-heróis como agora", avisa Carlos Frederico Schmaedecke, vice-presidente de Relações Políticas e Institucionais da CDL-POA.
Patrícia Comunello
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