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Minuto Varejo

- Publicada em 27 de Janeiro de 2023 às 18:47

Com vendas em baixa, lojas de polo móveis de Porto Alegre buscam outros mercados

Região concentra marcas de mobiliário planejado e pronta entrega, decoração e colchões

Região concentra marcas de mobiliário planejado e pronta entrega, decoração e colchões


ISABELLE RIEGER/JC
Maria Welter
O tradicional polo de móveis localizado na Avenida Ipiranga, na Zona Leste de Porto Alegre, enfrenta um janeiro de queda nas vendas. Lojistas relatam que o mês registra baixa histórica, reforçada pelas férias. Para tentar driblar a crise, os empreendimentos apelam para promoções especiais e planejam abrir filiais em outras regiões e cidades vizinhas.
O tradicional polo de móveis localizado na Avenida Ipiranga, na Zona Leste de Porto Alegre, enfrenta um janeiro de queda nas vendas. Lojistas relatam que o mês registra baixa histórica, reforçada pelas férias. Para tentar driblar a crise, os empreendimentos apelam para promoções especiais e planejam abrir filiais em outras regiões e cidades vizinhas.
Recentemente, um dos varejos anunciou que fecharia as portas e passou a liquidar o estoque, o que acendeu o alerta sobre a situação no polo.  
Trinta lojas compõem o reduto de mobiliário, concentrado nos dois lados da Ipiranga, no trecho entre o campus da Pucrs e a subestação da antiga CEEE e dos grandes condomínios de classe média e alta mais recentes. São estabelecimentos que atuam com móveis planejados e de pronta entrega, itens de decoração e colchões.
A Top Store tem uma filial no polo há quatro anos. Para tentar enfrentar a baixa das vendas no período, investe na queima do showroom.
"Este mês está sendo mais fraco que o dos outros anos, então resolvemos fazer essa promoção, uma forma de tentar aumentar as vendas", destaca Cássio Vargas de Azevedo, um dos sócios da loja.
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Sócio da Top Store destaca a venda "na porta" como característica do polo da Ipiranga. Foto: Isabelle Rieger/JC
"Como aqui a concorrência é muito grande, então realmente é uma forma de atrair o cliente e conseguir concentrar em vendas aí", afirma o lojista.
A marca tem outras unidades situadas na Zona Norte da Capital e em Canoas e Nova Santa Rita, na Região Metropolitana. Para Azevedo, o diferencial de estar presente na Ipiranga é a maneira de fazer comércio, onde predomina a venda "na porta".
"A demanda aqui é maior. "A porta", como a gente chama, é maior. Nas outras filiais, o número de pessoas que ingressam na loja é menor. As operações dependem mais das vendas online. Aqui (Ipiranga) não. O maior potencial de vendas está no público passante", compara o lojista.
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Loja Torre Lar está há quatro anos presente na Avenida. Foto: Isabelle Rieger/JC
Para a gerente da Torre Lar, Jenifer Monguilhott, a loja é uma exceção à regra na região em janeiro.
"Foi um mês que teve uma melhora em relação ao ano passado. Claro, nada comparado ao auge da pandemia, quando vendemos muito", recorda a gerente.
Nesta largada de 2023, uma tendência que a lojista nota é a busca pelo pagamento à vista, com descontos especiais. Antes, os clientes aproveitavam para pagar em até 24 vezes.
"Os consumidores estão procurando mais pagar à vista em dinheiro vivo. Não querem cartão de crédito ou débito. Trazem dinheiro que guardavam em casa dentro das caixinhas", descreve Jenifer. 
Mesmo com desempenho diferente dos colegas, a gerente afirma que é impossível não notar a queda no fluxo de clientes.
O atual panorama é reforçado pelo anunciado fechamento da Feira de Tapetes e Móveis Rústicos, loja que fica praticamente ao lado da Torre Lar.
"Vamos perder os nossos parceiros, eles não são concorrentes. Uma loja chama cliente para outra. Então, sem a Feira de Tapetes para chamar clientes para cá, diminui o fluxo", projeta a gerente.
A lojista atribui a queda nas vendas à descentralização do comércio de móveis. Para ela, cada região da cidade tem agora suas lojas. Com isso, os clientes não precisam mais se deslocar por grandes distâncias para comprarem o mobiliário.
"Cada bairro tem o seu centrinho de móveis", resume Jenifer.
Por esse motivo, a Torre Lar abriu uma loja em Gravataí e pretende expandir para Canoas e Viamão.
"Como o comércio está pulverizado, quem dizia 'Vou no centro de Porto Alegre, porque quero ir numa loja tal' hoje não precisa mais se deslocar", comenta ela.
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Lojistas acreditam que venda on-line não vá substituir lojas físicas de móveis. Foto: Isabelle Rieger/JC
Os lojistas apontam ainda que o e-commerce passou a ser concorrente e é mais popular entre os jovens. Mesmo crescente, a compra nos canais digitais não deve substituir o comércio presencial no ponto físico, acreditam os comerciantes da Ipiranga.
"Por mais que procurem mais produtos via internet, eles também sabem que no e-commerce podem  comprar gato por lebre, né, como a gente brinca. Eles vêm aqui e realmente estão procurando mais", destaca a gerente da Torre Lar.
De acordo com o gerente da loja 7200, Flávio Frozi, a compra de móveis ainda é uma experiência presencial, pois é preciso sentir o conforto e anatomia dos itens, lista ele. A operação segue apostando na força da região como polo de varejo especializado em mobiliário. 
"Os mais jovens são mais inclinados à internet. Mas recebemos muitos aqui que compraram pelos sites e, quando receberam o móvel, não era nada do que imaginavam. Então, as pessoas retornam fisicamente à loja", descreve Frozi. 
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