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Minuto Varejo

- Publicada em 12 de Julho de 2022 às 19:49

Maior concessionária GM no RS compra concorrente em Porto Alegre

Área de 15 mil metros quadrados onde fica uma das lojas na avenida Ipiranga entrou no negócio

Área de 15 mil metros quadrados onde fica uma das lojas na avenida Ipiranga entrou no negócio


PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
O maior grupo de concessionárias de veículos da marca Chevrolet, como é mais popular entre os gaúchos, ou da gigante General Motors (GM), acaba de aumentar seu poder de fogo no mercado do Rio Grande do Sul. O grupo Sponchiado, que também é dono das revendedoras Jardine em Porto Alegre, comprou a operação da concorrente Simpala na Capital.
O maior grupo de concessionárias de veículos da marca Chevrolet, como é mais popular entre os gaúchos, ou da gigante General Motors (GM), acaba de aumentar seu poder de fogo no mercado do Rio Grande do Sul. O grupo Sponchiado, que também é dono das revendedoras Jardine em Porto Alegre, comprou a operação da concorrente Simpala na Capital.
O negócio foi oficializado na largada da semana, após negociações que duraram seis meses. O valor da compra foi de cerca de R$ 70 milhões, segundo o diretor  superintendente do grupo, José Luiz Lima Moreira.
Duas lojas da marca, uma na avenida Ipiranga e outra na Padre Cacique, trocam de mãos. Também estão na compra o imóvel da Ipiranga, com 15 mil metros quadrados, além de outros patrimônios. A sede na Zona Sul, em frente ao estádio Beira-Rio, é alugada.  
O Sponchiado, que nasceu em Erechim há 93 anos e hoje tem sede em Porto Alegre, adquiriu a operação de venda de veículos novos da GM mais antiga no mercado porto-alegrense, que é a Simpala.
A Jardine tem duas lojas em Porto Alegre (nas avenidas Nilo Peçanha e Cavalhada) foi comprada em 2005 pelo grupo e se somou às lojas da bandeira Sponchiado em Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Passo Fundo, Erechim, Ijuí e Cachoeira do Sul.
"Compramos uma empresa de respeito. É uma conquista para o grupo", destaca Moreira, ao comentar sobre o negócio. Para os novos donos, a aquisição vai gerar ganhos de sinergia das operações, otimizando custos, principalmente em meio à redução de oferta de carros novos e pressão de preços e conjuntura econômica mais adversa. 
O efeito imediato da aquisição será o aumento da fatia de venda de novos da GM. A Jardine, que tem hoje oito lojas, passa a ter dez. Com isso, eleva de 30% para 40% a sua participação. Na Capital, a proporção será ainda maior, podendo chegar a 70% das vendas da marca, projeta o diretor superintendente.
O faturamento anual das concessionárias com a nova composição deve chegar a R$ 1 bilhão em 2023, estima Moreira. Sozinha, este ano, a rede Jardine chega a R$ 650 milhões. "Projetamos a nova cifra considerando um ano em que a operação será única", explica o executivo. 
De 550 funcionários, as revendas passam a 650, com o quadro que vem da Simpala. Moreira descarta enxugamento de pessoal e indica que podem ter ajustes muito pequenos na parte de pessoal.  
Contratos assinados, o que ocorreu nessa segunda-feira (11), agora começa a fase de transição. O diretor superintendente espera que a nomeação que a montadora vai fazer, com a troca de titular das lojas, ocorra até começo de agosto. 
Outro detalhe importante: a marca Simpala não entrou na negociação, permanecendo com os antigos donos das revendedoras e com a atuação em outros ramos, como consórcio e seguro. Com isso, as fachadas das lojas adquiridas vão passar a ter o nome do grupo, explica Moreira. O prazo que vai ser feita a migração vai depender da execução de fornecedores que farão a alteração.
O negócio ocorre em um momento em que o setor de veículos novos enfrenta o segundo ano consecutivo de queda na produção, devido aos impactos da pandemia do novo coronavírus na cadeia global de suprimentos. No caso da GM, as concessionárias sentiram mais porque a fábrica em Gravataí, que produz o Onix, modelo que liderava o mercado em sua categoria, parou cinco meses. 
"Na virada de junho para este mês, a situação melhorou bastante. A fábrica produz mais de 900 unidades ao dia, não temos mais espera, só em alguns modelos", comenta o executivo. Sobre as vendas, Moreira avalia que a melhor disponibilidade, mesmo com queda na demanda sob efeito de juros maiores, ameniza o comportamento do mercado. A previsão é de repetir este ano o nível de vendas de 2021.
O grupo Sponchiado atua ainda com consórcios e tem 50% do capital da locadora CityCar, considerada a operação independente com maior fatia no Sul do País, presente nas concessionárias, e com lojas nos aeroportos de Porto Alegre e Curitiba, em Joinville, Blumenau, Florianópolis e Santa Cruz do Sul, onde fica a matriz. A frota tem quase 5 mil carros.
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