A Ceitec planeja entrar no mercado de semicondutores de potência na América Latina e na América do Norte o mais breve possível.
“A nossa expectativa é que isso aconteça em um prazo de dois a três anos”, disse o presidente da Ceitec, Augusto Gadelha, ao desembarcar no Aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, vindo de Pequim, rumo ao Brasil.
Para isso, a parceira com empresas chinesas será fundamental o que fez com que o executivo e uma comitiva da empresa estivessem os últimos dias na China.
E a missão de estreitar relacionamento com empresas locais foi bem sucedida, revelou.
“Tivemos uma excelente recepção e um real interesse das empresas em avaliar uma possível parceria com a Ceitec e com o Brasil”, destacou Gadelha.
De concreto, ele volta para o País com um Memorando de Entendimento (MoU) assinado com a Sanan, uma das maiores empresas de semicondutores da China. E um acordo prévio, que em breve deverá ser formalizado, com a GPT, especializada em fabricação de semicondutores de potência.
O foco principal dos encontros foi se aproximar de players proeminentes na produção de semicondutores de potência utilizando o carbeto de silício, que é a tecnologia que está sendo implantada na fábrica da Ceitec.
O executivo disse que a expectativa é pelas oportunidades de transferência de tecnologias e de negócios em setor tão complexo e competitivo como o de semicondutores de potência.
“A ideia é fazer parceria com uma empresa chinesa que possua a tecnologia de fabricação de semicondutores de potência para atuar inicialmente no mercado brasileiro, com capacidade de atuar no latino americano e outros no futuro. A parceria se torna importante para termos a tecnologia necessária em prazo mais curto que se formos desenvolver dentro da Ceitec”, revela.
Segundo ele, as companhias chinesas demonstraram interesse na Ceitec pelo fato de a empresa já ter uma instalação que está sendo adaptada para produção de semicondutores de potência e termos acesso ao mercado local.
“O Brasil está se constituindo um local privilegiado para conquista de mercados na América Latina e mesmo nos EUA. Essas parcerias podem colocar a Ceitec em condições de ter competitividade na produção de semicondutores de potência com possibilidade de termos uma entrada no mercado mais breve”, projeta.