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Patricia Knebel

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Publicada em 12 de Maio de 2025 às 20:53

Só 5% das empresas são maduras para enfrentar cibercrime

Relatório da Cisco aponta riscos em uma escala sem precedentes para empresas

Relatório da Cisco aponta riscos em uma escala sem precedentes para empresas

AdobeStock/Divulgação/JC
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Apenas 5% das organizações no Brasil alcançaram o nível de 'Maturidade' de preparação necessário para enfrentar de forma eficaz às ameaças de cibersegurança atuais, revela a nova edição do Índice de Preparação para Cibersegurança da Cisco (2025 Cybersecurity Readiness Index). Esse é o mesmo percentual apontado pela pesquisa no ano passado.
Apenas 5% das organizações no Brasil alcançaram o nível de 'Maturidade' de preparação necessário para enfrentar de forma eficaz às ameaças de cibersegurança atuais, revela a nova edição do Índice de Preparação para Cibersegurança da Cisco (2025 Cybersecurity Readiness Index). Esse é o mesmo percentual apontado pela pesquisa no ano passado.
Globalmente, houve uma leve melhora desse índice, passando de 3% em 2024 para 4% de maturidade neste ano. Esse cenário demonstra que a preparação global para cibersegurança continua baixa, à medida que a hiperconectividade e a IA introduzem novas complexidades para os profissionais de segurança.
À medida que a IA transforma as empresas, estamos lidando com uma classe completamente nova de riscos em uma escala sem precedentes – colocando ainda mais pressão em nossa infraestrutura e naqueles que a defendem”, diz o Chief Product Officer da Cisco, Jeetu Patel.
De acordo com o índice, 77% das organizações brasileiras enfrentaram incidentes de segurança relacionados à IA no ano passado. No entanto, 58% dos entrevistados estão confiantes de que seus funcionários compreendem totalmente as ameaças relacionadas à IA.
Além disso, 58% acreditam que suas equipes entendem completamente como os atores maliciosos estão usando a IA para executar ataques sofisticados. Essa lacuna de conscientização deixa as organizações criticamente expostas.
“O relatório deste ano continua a revelar lacunas alarmantes na preparação para a segurança e a falta de urgência em abordá-las. As organizações precisam repensar suas estratégias agora ou correr o risco de se tornarem irrelevantes na era da IA”, reforça Patel.
No último ano, 31% das organizações brasileiras sofreram ciberataques, dificultados por estruturas de segurança complexas e com soluções pontuais desconectadas. Olhando para o futuro, os entrevistados consideram as ameaças externas, como atores maliciosos e grupos afiliados a estados, 68% mais significativas para suas organizações do que as ameaças internas (32%), destacando a necessidade urgente de estratégias de defesa simplificadas para combater ataques externos.
O Índice avalia a preparação das empresas em cinco pilares - Inteligência de Identidade, Resiliência de Rede, Confiabilidade de Máquinas, Reforço de Nuvem e Fortificação de IA - abrangendo 31 soluções e capacidades. Com base em uma pesquisa cega e dupla com 8 mil líderes de segurança e negócios do setor privado em 30 mercados globais, os entrevistados detalharam seus estágios de implantação para cada solução. As empresas foram então categorizadas em quatro estágios de preparação: Iniciante, Formativo, Progressivo e Maduro.

Destaques do estudo


- A falta de preparação para cibersegurança é globalmente alarmante, pois 71% dos entrevistados preveem interrupções nos negócios devido a incidentes cibernéticos nos próximos 12 a 24 meses. No Brasil, esse percentual é de 55%.
No Brasil:
- 93% das organizações utilizam IA para entender melhor as ameaças, 87% para detecção de ameaças e 74% para resposta e recuperação, destacando o papel vital da IA no fortalecimento das estratégias de cibersegurança.
- As ferramentas de IA Generativa (GenAI) são amplamente adotadas, com 53% dos funcionários utilizando ferramentas aprovadas de terceiros. No entanto, 24% têm acesso irrestrito ao GenAI público, e 47% das equipes de TI não têm conhecimento das interações dos funcionários com o GenAI, destacando grandes desafios de supervisão.
- 53% das organizações não têm confiança em detectar implantações não regulamentadas de IA, ou shadow AI, o que representa riscos significativos para a cibersegurança e a privacidade de dados.

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