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- Publicada em 31 de Maio de 2023 às 21:12

Empresas de semicondutores recuperam confiança, aponta KPMG

Receitas devem chegar a US$ 200 bilhões anuais até meados dos anos 2030

Receitas devem chegar a US$ 200 bilhões anuais até meados dos anos 2030


AdobeStock/Divulgação/JC
Depois de um período nebuloso em função da escassez de componentes, que ainda persiste, aliás, mas com menos intensidade, o setor de semicondutores recuperou o otimismo. A maioria (81%) dos executivos líderes de empresas de semicondutores ouvidos pela KPMG e pelo Global Semiconductor Alliance (GSA) estimam que as receitas das suas empresas crescerão no próximo ano.
Depois de um período nebuloso em função da escassez de componentes, que ainda persiste, aliás, mas com menos intensidade, o setor de semicondutores recuperou o otimismo. A maioria (81%) dos executivos líderes de empresas de semicondutores ouvidos pela KPMG e pelo Global Semiconductor Alliance (GSA) estimam que as receitas das suas empresas crescerão no próximo ano.
Metade deles espera que o crescimento seja superior a 10%, e 23% prevendo um crescimento de mais de 20%. Além disso, 64% também preveem que as receitas do setor crescerão no próximo ano, com 19% estimando uma alta superior a 10%.
Os semicondutores, analisa Márcio Kanamaru, sócio-líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da KPMG no Brasil e na América do Sul, representam o componente mais importante da economia global conectada e a base do mundo contemporâneo.
“Os problemas decorrentes da sua escassez causaram impactos em todo o mundo. Ainda assim, a boa notícia é que este segmento continua cada vez mais forte e capaz de fornecer produtos altamente relevantes para a sociedade avançar em telecomunicações, nuvens, serviços, plataformas, aplicações, Internet das Coisas, e aplicações eletrônicas dos automóveis”, ressalta.
A 18ª edição anual da pesquisa “Perspectivas do setor global de semicondutores” ouviu 151 executivos globais de empresas de semicondutores, a maioria delas com receitas anuais superiores a US$ 1 bilhão.
O setor automotivo será o principal impulsionador de receitas dessas empresas no próximo ano, podendo atingir US$ 200 bilhões de dólares anuais até meados dos anos 2030, e ultrapassar US$ 250 bilhões até 2040. As comunicações sem fios, há muito tempo vistas como o mais importante vetor de receitas da indústria, ocupam o segundo lugar nas perspectivas para 2023. Internet das Coisas, Computação em Nuvem, e Inteligência Artificial estão em terceiro, quarto e quinto lugares, respectivamente, em termos de importância.
A escassez de componentes
Os bons ventos chegam junto com a perspectiva da normalização no fornecimento de semicondutores - 65% dos executivos acredita que essa escassez diminuirá em 2023, e 15% avaliando que oferta e procura já estão em equilíbrio para a maioria dos produtos. Apenas 20% pensam que a escassez persistirá até 2024 ou mais.
Considerando que a indústria de semicondutores é cíclica, a pesquisa perguntou ainda quando os respondentes pensam que o próximo excesso de oferta de semicondutores ocorrerá, com 24% dizendo que já isso já existe, e 31% que será em 2023. Outros 36% consideram que o excedente acontecerá entre 2024 e 2026, enquanto 9% acreditam que a procura continuará aumentando e que não haverá excesso nos próximos quatro anos.
O que persiste, segundo o estudo, é a falta de mão de obra. “Essa continua sendo uma prioridade crucial já que será o maior problema enfrentado pela indústria de semicondutores nos próximos três anos”, projeta Felipe Catharino, sócio-diretor líder do segmento de Tecnologia da KPMG no Brasil.