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Mercado Digital

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- Publicada em 08 de Março de 2023 às 17:15

Agronegócio é vocacionado para a inovação, diz Simone Stülp

Gestora destaca importância de grandes eventos promoverem essas conexões

Gestora destaca importância de grandes eventos promoverem essas conexões


SICT/Divulgação/JC
Patricia Knebel
Até poucos anos preteridas pelos investidores de risco, com poucos deals e baixo volume de investimento, as AgTechs (startups de tecnologia), definitivamente, mudaram o jogo. Em 2021, o melhor ano para venture capital no Brasil, essas empresas receberam R$ 109,2 milhões em aportes, segundo dados da Distrito.
Até poucos anos preteridas pelos investidores de risco, com poucos deals e baixo volume de investimento, as AgTechs (startups de tecnologia), definitivamente, mudaram o jogo. Em 2021, o melhor ano para venture capital no Brasil, essas empresas receberam R$ 109,2 milhões em aportes, segundo dados da Distrito.
A verdade é que as AgTechs são aliadas para a transformação de um dos setores mais importante da nossa economia, e são uma das atrações da Arena Agrodigital, da 23ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). “As startups são motor da economia não apenas do futuro, mas já no presente, e o Estado tem como grande prioridade fomentá-las”, comentou a secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do Estado, Simone Stülp, que participou de um painel na feira.
Mercado Digital – Qual o grande valor para a nossa economia da inserção das startups no mundo do agronegócio?
Simone - O agronegócio é um setor vocacionado para a inovação. Não temos como falar sobre agronegócio no século 21, diante de tantas mudanças iminentes, sem pensar em novas técnicas e novas formas de produzir alimentos e commodities. O produtor rural está cada vez mais atento às oportunidades, entendendo que a gestão da propriedade é potencializada com o uso das novas tecnologias. Assim, temos benefícios que se estendem ao longo de toda uma cadeia fundamental para a economia do Rio Grande do Sul. Por meio de tecnologias proporcionadas por startups, é possível hoje fazer a gestão integrada da propriedade, reduzir o uso de defensivos, monitorar o clima e tomar decisões mais assertivas, utilizar drones para pulverizar de forma inteligente, além de outras tecnologias que utilizam Inteligência Artificial e Internet das Coisas (IoT), sempre pensando em otimizar a produção e facilitar a tomada de decisões.
Mercado Digital – Como podemos acelerar essas conexões com os produtores rurais?
Simone – É de importância ímpar ver grandes eventos trazendo startups e fomentando essa troca entre grandes players, porque aproxima as soluções do mercado que elas efetivamente estão visando. Portanto, temos essa oportunidade de os produtores rurais entrarem em contato com as tecnologias propostas pelas startups, além de termos investidores e grandes players que também podem potencializá-las. É nesse espaço de troca presencial onde grandes parceiras são estabelecidas. Sou uma entusiasta de eventos, porque nada substitui você poder olhar no olho da pessoa que está te propondo algo. Além disso, é fundamental ter diferentes players trocando ideias, conversando, se juntando para pensar em coisas novas, porque a inovação essencialmente acontece em espaços colaborativos e de cocriação.
Mercado Digital - Quais as ações do governo para tentar potencializar as oportunidades para as startups?
Simone – As startups são o motor da economia não apenas do futuro, mas já no presente, e o Estado tem como grande prioridade fomentá-las. O governo tem diversas ações que promovem a aproximação entre startups e empresas, pensando em termos de inovação aberta. O programa Startup Lab, executado pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia, tem rodadas de inovação aberta nos oito ecossistemas regionais de inovação do estado do Rio Grande do Sul e recebeu aporte de cerca de R$ 1,9 milhão pelo programa Avançar. Além disso, todos os nossos editais preveem a parceria entre a chamada quádrupla hélice, composta por universidades, poder público, empresas e sociedade civil organizada. Diversos projetos que receberam aporte financeiro significativo nos últimos quatro anos contam com parceria de startups, que fornecem a solução tecnológica que é potencializada e operacionalizada por uma ICT. Também não podemos esquecer do RS Innovation Agro, primeiro espaço exclusivamente dedicado à discussão do agronegócio dentro da Expointer, que foi feito em parceria com a Federação Brasileira das Associações dos Criadores de Animais de Raça (Febrac) em 2022. Neste espaço, lançamos o Inova Agro, primeiro edital de fomento exclusivo ao setor do agronegócio, com aporte de mais de R$ 7,5 milhões por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), com recursos de até R$ 100 mil reservados a startups. No RS Innovation Agro, também tivemos a presença de 68 agtechs, que tiveram um estande e também puderam apresentar seus pitches no palco.
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