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Mercado Digital

- Publicada em 30 de Janeiro de 2023 às 00:00

Open Insurance deve decolar só em 2025

Baixo grau de conhecimento da sociedade com relação ao tema é uma barreira

Baixo grau de conhecimento da sociedade com relação ao tema é uma barreira


AdobeStock/Divulgação/JC
O setor de seguros está se transformando com a chegada cada vez mais forte das insurtechs, as startups com ofertas voltadas para esse mercado. Mas, outro movimento nessa direção deve demorar um pouco mais a acontecer. Isso porque, os primeiros impactos do Open Insurance deverão ser sentidos só em 2025 de acordo com 50% dos executivos ouvidos pela Capgemini. No primeiro estudo, realizado há seis meses, a perspectiva era que isso acontecesse já em 2024.Se somadas com as respostas que apontam para 2024 o número alcança mais de 80% dos respondentes, uma mudança de expectativa importante que pôde ser observada. Outro relevante indicador que sofreu considerável alteração foi a quantidade de pessoas que acreditavam que o Open Insurance nunca traria impactos para os negócios, que subiu de 3% para quase 10%, um crescimento de 233%.“O ano de 2022 foi um período de muitas mudanças de direção no setor e no país. Essas profundas transformações impactaram diretamente a velocidade de implementação do Open Insurance. Muitas pessoas estavam com expectativa alta que tudo ocorresse de forma mais rápida”, admite Renata Ramos, vice-presidente para Seguros da Capgemini Brasil.Segundo ela, esse processo um pouco mais lento acabou produzindo uma sensação de estagnação, o que explica os dados encontrados na nova versão da pesquisa. “A partir março de 2023, com a implementação da fase 2 e 3, tudo volta a acelerar e as pessoas ficarão mais otimistas novamente. Soma-se a isso, o fato de que no final de 2023, está prevista a retomada da discussão sobre a integração entre o Open Banking e o Open Insurance, selando definitivamente a criação do Open Finance Brasil”, completa.A nova versão do estudo também reafirmou indicadores que preocupam, como é o caso do baixo grau de conhecimento da sociedade em geral com relação ao Open Insurance e o entendimento sobre as Sociedades Iniciadoras de Serviços de Seguros (SISS), agora transformada em Sociedade Processadora de Ordem do Cliente (SPOC) pela resolução 450 da Susep. Esta situação permanece exatamente a mesma após seis meses e pode ser um complicador à adesão da sociedade caso nenhuma medida de correção seja tomada como campanhas educativas, por exemplo.O relatório avalia que o esforço tecnológico realizado pelas seguradoras para se adaptar e navegar no Open Insurance permanece alto. “As empresas haviam se preparado para implementar a fase 2 em setembro, com as APIs, o que explica toda essa corrida tecnológica. Com a resolução 450, que ampliou o prazo para março, os players ganharam prazos mais longos para desenvolverem suas soluções”, destaca o consultor Francisco Galiza, que corealizou o estudo com a Capgemini Brasil.Do ponto de vista dos ramos impactados, apesar da ordem ter se modificado entre as primeiras colocações, àqueles cujos modelos de vendas são menos consultivos continuam dominando o ranking. Nesta avaliação Auto, Vida, Previdência e Massificados lideram os produtos mais sensíveis em um modelo open.A pesquisa contou com 78 entrevistados, número 27% maior em comparação com a primeira edição, e com uma visão mais ampla do ramo, pois além de ouvir os executivos C-Levels passou a ter um olhar mais tático, uma vez que contemplou também profissionais como superintendentes, diretores, gerentes e gestores do mercado de seguros, e ainda agentes com atuação indireta no setor de seguros, como consultorias e prestadores de serviços.
O setor de seguros está se transformando com a chegada cada vez mais forte das insurtechs, as startups com ofertas voltadas para esse mercado. Mas, outro movimento nessa direção deve demorar um pouco mais a acontecer. Isso porque, os primeiros impactos do Open Insurance deverão ser sentidos só em 2025 de acordo com 50% dos executivos ouvidos pela Capgemini. No primeiro estudo, realizado há seis meses, a perspectiva era que isso acontecesse já em 2024.
Se somadas com as respostas que apontam para 2024 o número alcança mais de 80% dos respondentes, uma mudança de expectativa importante que pôde ser observada. Outro relevante indicador que sofreu considerável alteração foi a quantidade de pessoas que acreditavam que o Open Insurance nunca traria impactos para os negócios, que subiu de 3% para quase 10%, um crescimento de 233%.
“O ano de 2022 foi um período de muitas mudanças de direção no setor e no país. Essas profundas transformações impactaram diretamente a velocidade de implementação do Open Insurance. Muitas pessoas estavam com expectativa alta que tudo ocorresse de forma mais rápida”, admite Renata Ramos, vice-presidente para Seguros da Capgemini Brasil.
Segundo ela, esse processo um pouco mais lento acabou produzindo uma sensação de estagnação, o que explica os dados encontrados na nova versão da pesquisa. “A partir março de 2023, com a implementação da fase 2 e 3, tudo volta a acelerar e as pessoas ficarão mais otimistas novamente. Soma-se a isso, o fato de que no final de 2023, está prevista a retomada da discussão sobre a integração entre o Open Banking e o Open Insurance, selando definitivamente a criação do Open Finance Brasil”, completa.
A nova versão do estudo também reafirmou indicadores que preocupam, como é o caso do baixo grau de conhecimento da sociedade em geral com relação ao Open Insurance e o entendimento sobre as Sociedades Iniciadoras de Serviços de Seguros (SISS), agora transformada em Sociedade Processadora de Ordem do Cliente (SPOC) pela resolução 450 da Susep. Esta situação permanece exatamente a mesma após seis meses e pode ser um complicador à adesão da sociedade caso nenhuma medida de correção seja tomada como campanhas educativas, por exemplo.
O relatório avalia que o esforço tecnológico realizado pelas seguradoras para se adaptar e navegar no Open Insurance permanece alto. “As empresas haviam se preparado para implementar a fase 2 em setembro, com as APIs, o que explica toda essa corrida tecnológica. Com a resolução 450, que ampliou o prazo para março, os players ganharam prazos mais longos para desenvolverem suas soluções”, destaca o consultor Francisco Galiza, que corealizou o estudo com a Capgemini Brasil.
Do ponto de vista dos ramos impactados, apesar da ordem ter se modificado entre as primeiras colocações, àqueles cujos modelos de vendas são menos consultivos continuam dominando o ranking. Nesta avaliação Auto, Vida, Previdência e Massificados lideram os produtos mais sensíveis em um modelo open.
A pesquisa contou com 78 entrevistados, número 27% maior em comparação com a primeira edição, e com uma visão mais ampla do ramo, pois além de ouvir os executivos C-Levels passou a ter um olhar mais tático, uma vez que contemplou também profissionais como superintendentes, diretores, gerentes e gestores do mercado de seguros, e ainda agentes com atuação indireta no setor de seguros, como consultorias e prestadores de serviços.

O que é Open Insurance

O Open Insurance ou Sistema de Seguros Aberto é uma iniciativa da Superintendência de Seguros Privados (Susep) que tem como principais objetivos trazer inovação ao sistema de seguros, promover a concorrência, e melhorar a oferta de produtos e serviços.