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Mercado Digital

- Publicada em 27 de Novembro de 2022 às 21:19

Plataforma de negócios da Amazônia quer criar 200 startups

Edital será lançado no início de 2023; iniciativa é liderada pela Fundação CERTI

Edital será lançado no início de 2023; iniciativa é liderada pela Fundação CERTI


AdobeStock/Divulgação/JC
Patricia Knebel
Com o foco em promover negócios inovadores que apoiem a manutenção da floresta, a Plataforma Jornada Amazônia chega ao mercado para capacitar até 3 mil talentos e estimular a criação de 200 startups.
Com o foco em promover negócios inovadores que apoiem a manutenção da floresta, a Plataforma Jornada Amazônia chega ao mercado para capacitar até 3 mil talentos e estimular a criação de 200 startups.
O primeiro edital será lançado no início de 2023. A iniciativa é liderada pela Fundação CERTI, gestora do projeto, e conta com a coparticipação e os investimentos do Bradesco, Fundo Vale, Itaú Unibanco e Santander. A ideia é que a união destes atores amplie a abrangência e o impacto do programa, que vem sendo construído e validado há três anos com capital semente do Fundo Vale e de outras organizações. O resultado é a estruturação da mais completa plataforma de inovação em negócios da bioeconomia na Amazônia voltada à conservação da floresta.
O anúncio da plataforma ocorre em meio ao debate mundial sobre mudanças climáticas promovido pela Conferência das Partes (COP-27), da ONU, que foi realizada recentemente no Egito.
A nova plataforma terá três frentes complementares. A primeira visa a fortalecer a cultura empreendedora, inovadora da região e aumentar o número de empresas dos setores da bioeconomia. A CERTI irá capacitar aproximadamente 3 mil talentos locais em empreendedorismo inovador e fomentar a criação de até 200 startups, com apoio a atividades que incluem mentorias, treinamentos e recursos não-reembolsáveis, auxiliando-as nos seus primeiros passos. Atualmente há um gargalo de empresas nesses setores, limitando o crescimento da bioeconomia na região.
A segunda frente consiste no processo de melhoria das condições de performance das startups de impacto mais promissoras, considerando as já existentes na Amazônia (ou de outras regiões, mas com impacto positivo na Amazônia), bem como as novas startups criadas no âmbito da iniciativa.
A CERTI irá fornecer suporte técnico, tecnológico e de gestão para reduzir riscos técnicos e acelerar a evolução das 100 startups mais promissoras da região. Também facilitará conexões diretas com pelo menos dez indústrias âncoras para a validação dos produtos ou soluções e investimentos nas empresas.
A participação da indústria permitirá tracionar as cadeias sustentáveis da floresta. "Melhorar o desempenho das startups que atuam no território amazônico criará referência para a bioeconomia inovadora na região, fortalecendo ciclos posteriores do projeto", explica o diretor de Economia Verde da Fundação CERTI, Marcos Da-Ré.
A terceira frente visa a fortalecer até dez organizações estratégicas do ecossistema. A CERTI apoiará incubadoras, aceleradoras e venture builders de forma que possam alcançar um número crescente de startups e ajudá-las a sobreviverem às etapas iniciais de formação dessas empresas, a fase mais vulnerável desses negócios.
O fortalecimento se dará por capacitação, intercâmbio de know-how e de processos, co-investimento ou operações conjuntas financiadas no âmbito da iniciativa. "A nossa missão é estimular um ecossistema pujante de negócios inovadores e escaláveis da bioeconomia na Amazônia, de forma a promover a competitividade da floresta em pé, tanto conservada como restaurada", acrescenta o gestor.
"A Jornada Amazônia é uma iniciativa inovadora para dar escala à construção de diversos ecossistemas de inovação, sustentabilidade e negócios distribuídos amplamente pela região que sirvam de embriões para uma nova bioeconomia de floresta em pé e rios fluindo”, comenta Carlos Nobre, cientista membro da Academia Mundial de Ciências e pesquisador associado do Instituto de Estudos Avançados da USP e da Royal Society em Londres.
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