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Jaime Cimenti

Jaime Cimenti

Publicada em 13 de Novembro de 2025 às 18:17

Como lidar com os psicopatas integrados

um psicopata entre nós

um psicopata entre nós

EDITORA PLANETA/DIVULGAÇÃO/JC
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Jaime Cimenti
Há muito a sabedoria popular decretou que de médico e de louco todo mundo tem um pouco. Hoje em dia parece que de psicopatia tem muitos que têm muita. Há vários tipos de psicopatas e uns parecem ter até quatro patas.
Há muito a sabedoria popular decretou que de médico e de louco todo mundo tem um pouco. Hoje em dia parece que de psicopatia tem muitos que têm muita. Há vários tipos de psicopatas e uns parecem ter até quatro patas.
Um psicopata entre nós (Editora Paidós-Planeta, 304 pp., R$ 58) de Vicente Garrido, psicólogo, criminologista e professor catedrático de Educação e Criminologia na Universidade de Valência, Espanha, referência internacional na área, é antes de tudo um detalhado e fundamentado guia para detectar e se proteger dos psicopatas integrados na família, no trabalho e na política. Já dá para ver que é uma obra bem importante para esses nossos tempos, em que o vale-tudo e a psicopatia andam ganhando cada vez mais espaço.
Quem já não conviveu com um familiar, amigo, chefe , parceiro amoroso ou político psicopata que atire a primeira pedra. Não em mim, por favor. Geralmente se pensa em psicopata manipulador, extremamente inteligente, alheio à sociedade e, sobretudo, em praticante de crimes hediondos.
Depois de décadas de pesquisas Garrido nos apresenta o psicopata integrado, pessoas que não são criminosas, mas capazes de manipular, explorar e destruir em silêncio. Eles transitam entre as famílias, empresas, clubes e locais públicos como imprensa, poderes e entidades de todo tipo, inclusive religiosas.
A obra de Garrido é inquietante, mas ele aproveita para mostrar como entender os bastidores do poder, da crueldade silenciosa e da manipulação cotidiana dos psicopatas integrados que estão soltos por aí, atazanando a vida dos outros. Garrido ensina como podemos identificar os psicopatas, neutralizar suas ações e até cita o grande médico judeu Viktor Frankl, sobrevivente do Holocausto e autor do belíssimo livro O homem em busca de um sentido , que impactou profundamente os estudos de Garrido.
Fundamentado em dados, pesquisas e anotações clínicas, o livro de Garrido está aí para nos ajudar nesse momento de psicopatias municipais, estaduais, federais, internacionais e globais.

lançamentos

temas atuais em direito imobiliário

temas atuais em direito imobiliário

DIVULGAÇÃO/JC
Afinal, Monteiro Lobato era racista? (AGE, 96 págs), do consagrado advogado, professor universitário e ex-jornalista Marco Túlio de Rose, depois de pesquisas e estudos, fala da questão de modo abrangente, percuciente e consistente. Marco dá seu parecer, com base em sólidos argumentos , respeitando as opiniões contrárias Obra importante, referencial e essencial para a atualidade .
Cultura & Liderança - O poder do líder influenciador (Integrare, 280 págs, R$ 50,00), de Analisa de Medeiros Brum, uma das maiores especialistas em comunicação interna e endomarketing do Brasil, mostra com histórias inspiradoras e linguagem acessível, como líderes podem ser influenciadores da cultura organizacional. Engajar equipes, comunicar com autenticidade e entregar positividade é o que ensina a autora.
Temas atuais em Direito Imobiliário, 8º volume, publicado pelo celebrado escritório Santos Silveiro Advogados, apresentado pela sócia Lourdes Helena Rocha dos Santos, traz 24 artigos da autora e especialistas que falam de tendências, desafios e inovações na área imobiliária. Roberto Santos Silveiro, sócio, destaca que o objetivo é provocar o debate e antecipar soluções, em um  momento de mudanças no ramo dos imóveis. 
 

A obra no Moinhos de Vento

Mario Quintana dizia que uma boa causa não salva um mau poema. Espero que a ótima e grande obra que vejo da minha janela salve esta crônica, que espero que seja das boas. De vez em quando eu acerto a mão. A obra se iniciou há uns dois anos, com demolição de algumas casas antigas e simpática preservação de três belas casas históricas, que permanecem como patrimônio do Moinhos de Vento, onde o passado, o presente e o futuro andam de mãos juntas.
Depois de escavações, foram retirados uns 20 mil metros cúbicos de terra e entulhos, em mais ou menos 2.500 viagens de caminhões. Os operadores das retroescavadeiras lembravam crianças brincando a sério com seus carrinhos. Horas, horas e horas de mineração de espaço num dos terrenos mais valiosos do bairro. Um descuido com as máquinas poderia ser muito danoso, mas que eu saiba não ocorreu, graças a Deus.
Fortes e altos muros de contenção foram erguidos para não prejudicar os vizinhos e a própria obra, e aí vieram as necessárias fundações, com o bate-estaca lembrando as ruidosas casas noturnas, mas com a vantagem de pararem depois de poucos dias. Há quem não goste de arranha-céus e verticalidade, como o famoso arquiteto Frank Lloyd Right, que implicava com os edifícios altos de Nova York. Mas Frank projetou dez edifícios, uns meio altos...
As duas torres da obra terão 18 pavimentos, 54 apartamentos. Acho que serão uns 2.500 m2 de concreto e milhares de tijolos para as paredes. Creio que terei uns duzentos e cinquenta ou trezentos novos vizinhos, mais os ocupantes das casas preservadas e seus clientes. O projeto é moderno, arejado e, felizmente, vai tirar pouco da minha vista. É bom ver preservação no Moinhos e, ao mesmo tempo, novas construções e futuro venturoso. O Moinhos não é só de quem mora, trabalha ou busca serviços e mercadorias aqui. É de todos e, especialmente nos fins de semana, muitos visitantes de outros bairros da Capital, do Interior, de outros estados e do exterior circulam pelo Parcão e adjacências.
Os operários trabalham afanosamente e acho que, por mais uns dois ou três anos, permanecerão na obra. Tomara que possam trabalhar em outras construções. Depois que os apartamentos ficarem prontos, possivelmente eles não entrarão mais neles, mas levarão para sempre o orgulho de terem ajudado a construir as moradas onde famílias vão viver suas alegrias, dores, vitórias e derrotas, como viveram as antigas famílias que ocuparam as casas no passado. Depois de prontos os edifícios, toda vez que os trabalhadores da construção passarem em frente vão lembrar que colocaram lá seus tijolinhos e seu labor.
Depois da concretagem, da alvenaria e das esquadrias virão os acabamentos, com cada um buscando decorar e personalizar seus espaços e trazer equipamentos e soluções modernas para viver o dia a dia, até que adiante decidam fazer reformas para atualizar, ou que prefiram manter os mesmos cenários do cotidiano. Ou mesmo, quem sabe, um pouco de passado e outros poucos de presente e futuro, bem ao gosto do bairro.
 

a propósito...

Da minha janela fico observando, com muita atenção e admiração, diariamente, a evolução dos trabalhos e dos trabalhadores. É o meu leve e modesto trabalho, para depois escrever para vocês, meus queridos oito leitores. É meu ócio-ofício criativo, hehe. O trabalho é uma das partes mais bonitas da história da humanidade. Sábados e domingos, eu e os peões tiramos folga, que ninguém é de ferro. Oito horas de trabalho, oito de descanso e oito de diversão, de segunda a sexta. Dois dias de fim de semana. E vamos em frente, que pode ser que semana que vem o Brasil fique pronto, de maneira democrática, republicana, plural, pacífica, despolarizada e igualitária, tipo assim uma grande nação onde antes havia um país do futuro. (Jaime Cimenti)

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