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Jaime Cimenti

Jaime Cimenti

Publicada em 21 de Agosto de 2025 às 16:43

Tom Ripley de Patrícia Highsmith em novas edições

o garoto que seguiu ripley

o garoto que seguiu ripley

EDITORA INTRÍNSECA/DIVULGAÇÃO/JC
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Jaime Cimenti
O icônico e famoso sociopata Tom Ripley criado pela escritora norte-americana Patrícia Highsmit é protagonista em cinco romances policiais clássicos. Depois das novas edições de O talentoso Ripley , Ripleysubterrâneo e O jogo de Ripley, a Editora Intrínseca acaba de publicar O garoto que seguiu Ripley (400 páginas, R$ 59,90) e Ripley debaixo d´água ( 368 páginas, R$ 59,90).
O icônico e famoso sociopata Tom Ripley criado pela escritora norte-americana Patrícia Highsmit é protagonista em cinco romances policiais clássicos. Depois das novas edições de O talentoso Ripley , Ripleysubterrâneo e O jogo de Ripley, a Editora Intrínseca acaba de publicar O garoto que seguiu Ripley (400 páginas, R$ 59,90) e Ripley debaixo d´água ( 368 páginas, R$ 59,90).
Patricia ( 1921-1995) estreou com o romance Pacto Sinistro em 1950, que teve grande sucesso comercial e foi filmado por Alfred Hitchcock. Ela escreveu mais de vinte livros e recebeu os prêmios Edgar Allan Poe, O.Henry Memorial , Le Grand Prix de Littérature Policière e o da Crime Writer´s Association da Grã-Bretanha.
Em O garoto que seguiu Ripley o carismático sociopata enfrenta uma situação mais íntima. Um adolescente americano que cometeu um assassinato e fugiu dos Estados Unidos para a França, busca nele um mentor. O rapaz confessa o crime, Ripley o acolhe , tenta protegê-lo, mas o destino é trágico. Ripley desconfia que o rapaz está envolvido com a morte do próprio pai. Surpreendentemente , numa trama intrincada, Ripley mostra afeto genuíno e uma espécie de “consciência moral” e um lado seu quase humano , mas tudo sem abandonar sua frieza habitual.
Em Ripley debaixo d´água o protagonista já é um homem de meia-idade, vivendo confortavelmente numa propriedade nos arredores de Paris, mas o passado sombrio ameaça voltar com muita força. Um casal suspeita dos crimes antigos e começa a investigá-lo, forçando Ripley a agir outra vez. Ripley se tornara um burguês respeitável, mas cercado por cadáveres no armário. Ele se mostra adaptado ao crime como se ele fosse parte natural da vida civilizada. Ripley vai usar todas as suas artimanhas na luta por sua liberdade mais uma vez e, claro, vai precisar contar um pouquinho com a sorte.
Highsmith é uma das mestras do romance policial moderno e os cinco volumes com Ripley se tornaram, com justiça, sucesso mundial de crítica e de público.

lançamentos

incobinados

incobinados

MARALTO EDIÇÕES/DIVULGAÇÃO/JC
Intelectuais e a Sociedade (Avis Rara, 576 páginas,
R$ 119,90), do grande professor, economista e pensador Thomas Sowell, trata do impacto desastroso de idéias descoladas do mundo real e que moldam o planeta. Mostra que intelectuais não são donos da sabedoria. Elites com visões utópicas influenciam políticas públicas, cultura e economia, muitas vezes com consequências inesperadas e desastrosas.
Aprendizado Incidental (Gente, 256 páginas), de Conrado Schlochauer, especialista em educação corporativa, fundador da novi- a lifewide learning company e autor de Lifelong learners: o poder do aprendizado contínuo (Ed.Gente), traz o poder do lifewide learning, despertando para as oportunidades de aprendizado de sua vida e a potencialização de seu desenvolvimento.
Incombinados - poemas escolhidos (Maralto, 259 páginas, R$ 59,90) traz poemas de Luci Collin, professora universitária, tradutora e uma das poetas mais importantes e inventivas do Brasil. A obra celebra os 40 anos de trajetória literária de Luci. "Nada era tão triste/como o contraste/entre meu triste/e o azul celeste/ nada era tão celeste/quanto a tristeza / deste contraste." Versos da obra, prefaciada por Sandra M. Stroparo.

As famílias e a ordem do caos

Todas as famílias felizes são iguais; as infelizes o são cada uma à sua maneira, disse Tolstói em Anna Karenina. Família é bonita em álbum de retrato e família é assunto impróprio para menores, dizem os críticos e a sabedoria popular. Família é porto seguro, fonte de amor, ajuda e pertencimento, mas também pode estar contaminada por toxicidade e, muitas vezes, é melhor ficar longe do 'refúgio' familiar para sobreviver. Família é território afetivo e campo de batalha. Guerra e paz, tapas e beijos, lágrimas e sorrisos, idas e vindas na memória, que é onde as coisas acontecem muitas vezes, de diferentes formas, inclusive inventadas.
Um labirinto chamado família (Editora L&PM, 144 páginas, R$ 49,90), de Renato Caminha, experiente psicólogo, professor e pesquisador na área de emoções, empatia e educação parental, mostra os labirintos familiares, para onde convergem estruturas de afeto, lembranças, encontros e desencontros, caminhos e descaminhos e as opções que a vida apresenta. Ficar, partir, enfrentar as dificuldades ou se submeter a elas, buscar a sanidade ou mergulhar na dor? Essas e outras indagações estão na obra, com inúmeras referências a livros e conceitos de psicologia, filosofia, biologia e sociologia. Relatos de pacientes envolvendo histórias familiares estão no livro, dando um colorido especial e mostrando justamente como se dão as estruturas familiares, as violências, idealizações e os impactos emocionais.
Renato é co-autor, junto com Thalita Rebouças, do livro Falando sério sobre adolescentes: um guia para a família, publicado pela L&PM Editores, é conferencista internacional e professor convidado do Master em Psicopatologia da Infância da Universidade Autônoma de Barcelona, além de autor de obras de referência em parentalidade e saúde mental.
Caminha se debruça sobre a história da formação da família, da Grécia antiga ao Brasil contemporâneo, e traz temas urgentes como as expectativas parentais disfuncionais e violências como homofobia, transfobia, abuso psicológico e misoginia. O autor fala de problemas brasileiros como o feminicídio, o trabalho informal das mulheres e as desigualdades que atravessam a vida familiar em nosso País.
A partir de visões multidisciplinares (filosofia, psicologia, biologia, sociologia), Caminha desconstrói a noção da família idealizada, tipo aquela do famoso comercial de margarina, revelando que nem sempre o amor familiar é saudável e que, por vezes, é melhor romper os laços para buscar uma existência com melhor saúde mental.
Caminha propõe que o leitor se localize no seu próprio labirinto emocional, compreendendo as dinâmicas herdadas e adquiridas, para então decidir se quer manter ou romper os laços familiares. Nas páginas finais, Caminha sugere saída para o labirinto e que, ao fim e ao cabo, a questão não é apenas sobreviver, mas, definitivamente, viver.

a propósito...

Um labirinto chamado família, falando dos tipos de família (monoparental, reconstituída, homoparental, famílias com adoção, intergeracionais, solo, multiculturais e com cuidadoria compartilhada), vem em boa hora. No Brasil, segundo o IBGE, em 2022, apenas 30,7% das famílias eram compostas de pai, mãe e filhos. 21% eram constituídas de casais sem filhos, 16,3% monoparentais, 12,2% unipessoais e 12,2% em outros arranjos. Em 2010, 41,3% das famílias eram nucleares. Caminha auxilia a lidar com estes novos labirintos e realidades familiares. Família não é só um grupo (ou uma pessoa) que, de vez em quando, dorme debaixo do mesmo teto. É DNA e muito mais. Ah, quem se dá melhor com a família e os amigos vive mais e melhor. (Jaime Cimenti)

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