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Jaime Cimenti

Jaime Cimenti

Publicada em 20 de Junho de 2025 às 00:40

Depressão masculina, a epidemia silenciosa

não quero falar sobre isso

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/EDITORA INTRÍNSECA/DIVULGAÇÃO/JC
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Jaime Cimenti
Não quero falar sobre isso - Como superar a depressão masculina (Editora Intrínseca, 336 páginas, R$ 69,90), do internacionalmente renomado terapeuta familiar Terrence Real, é obra pioneira e aborda o tema a partir de décadas de experiência clínica, pesquisas e estudos.
Não quero falar sobre isso - Como superar a depressão masculina (Editora Intrínseca, 336 páginas, R$ 69,90), do internacionalmente renomado terapeuta familiar Terrence Real, é obra pioneira e aborda o tema a partir de décadas de experiência clínica, pesquisas e estudos.
Terrence é palestrante consagrado e fundou o Relational Life Institute, onde realiza oficinas e tratamentos para casais, pais e mães com base em sua metodologia de Terapia da Vida Relacional. Terrence é autor dos best-sellers Nós, How Can I Get Through to You? e The New Rules of Marriage.
Em todo o mundo, todos os anos milhões de homens e mulheres são vítimas da depressão. Embora o transtorno seja considerado um dos mais tratáveis da psiquiatria, apenas uma pequena parcela dessas pessoas obtém ajuda. Nos últimos tempos o silêncio sobre a depressão feminina começou a diminuir. Neste best-seller extremamente necessário, o autor expõe a epidemia da doença nos homens.
Como se sabe, o tema é pouco estudado e debatido. Embora a doença seja estigmatizada como um todo na nossa sociedade, é pior para os homens serem associados a ela. Questões culturais de julgamento, vergonha e negação lembram as atitudes moralistas em relação ao alcoolismo em tempos passados.
Terrence aponta que dificuldades masculinas em estabelecer intimidade, compulsão pelo trabalho, abuso de álcool, comportamentos abusivos e agressivos podem ser, na verdade, tentativas de fugir da depressão.
Combinando análises profundas e narrativas envolventes sobre seus pacientes e suas próprias experiências em lidar com a depressão, Terrence reflete sobre o que significa para um homem conviver com depressão ao lado de sua família.
"Esse é um livro esperançoso e importante porque apresenta aos homens um caminho para superar a depressão com potencial de pôr fim ao legado da violência" disse o The New York Times sobre o livro.

lançamentos

o escuro do nosso tempo

o escuro do nosso tempo

/EDITORA ESCUTA/DIVULGAÇÃO/JC
Maya (Libretos, 312 páginas, R$ 80,00), de Hilda Simões Lopes, consagrada professora universitária, socióloga e escritora premiada, é um denso, caudaloso e envolvente romance histórico sobre a trajetória da vivandeiras e a evolução feminina no RS. Maya, escrava adolescente fugitiva, é amparada pelas mulheres-amantes, bruxas, rameiras e curandeiras e vai à luta pela vida.
Meu nome é Emilia Del Valle (Bertrand Brasil, 308 páginas, R$ 52,00), romance da grande escritora Isabel Allende, autora de A casa dos espíritos, traz uma noviça irlandesa que se envolve com um aristocrata chileno em São Francisco, EUA. Ela engravida, o pai some. A filha Emilia sonha ser escritora, desafia as normas do fim do século XIX e vai cobrir a guerra civil no Chile.
O escuro do nosso tempo - Ensaios, psicanálise e cultura (Editora Escuta, 128 páginas, R$ 49,90), de Lucia Serrano Pereira, Robson de Freitas Pereira e Enéas de Souza, renomados psicanalistas e escritores, traz sensíveis ensaios sobre as luzes e sombras de nossos tempos escuros - aprofundados olhares sobre o mal-estar contemporâneo.

Velhice

Até que tenho sorte. Nasci em 1954, estou com 71. Se tivesse nascido em 1900/1910, quando o brasileiro, em média, morria lá pelos 45, teria vivido menos. Estou me cuidando para viver mais uns 20, vamos ver. Não sei se estou vivo porque vou aos médicos, faço exames e tomo remédios ou se faço isso tudo justamente por estar vivo. Hipocondria não tenho, só medo de ficar doente, que é a tal nosofobia. Os profissionais da saúde gostam dos hipocondríacos, pois eles em geral vivem mais tempo.
Não acho que a terceira idade seja a melhor idade ou que a velhice seja merda pura, como disse o cronista Rubem Braga. Todas as idades têm características boas e ruins, problemas e soluções e cabe a cada um lidar com as groceries e as delicatessen da vida da melhor forma possível. Perdas e ganhos existem nas várias fases do caminho e, geralmente, é melhor não ficar fazendo contas para ver se ganhou ou perdeu mais. Na medida do possível é melhor ser idoso que ser velho, ou seja, ter idade mas não desistir da vida. Melhor também é não ficar dando atenção demais para regras e conselhos, não ficar o tempo inteiro lendo livros de auto-ajuda. Metade do tempo está bom, a começar pela Bíblia, passando pelo O poder do pensamento positivo, Como fazer amigos e influenciar pessoas, Mais esperto que o diabo e terminando com o Hábitos atômicos e O homem que comprou o tempo, que estão na lista da Veja.
Estou escrevendo um livro com o título Como escolher o seu manual de auto-ajuda. Vocês, queridos leitores, o que acham? Mas, voltando a falar em velhice, ou senectude, palavra um pouco melhor para significar o tempo em que a gente anda mais devagar porque já teve pressa, é verdade que a lentidão é uma característica da passagem do tempo. Lentidão sim, mas não ficar parado. Mesmo com passo de tartaruga com artrite, melhor não ficar muito tempo parado. Mexa-se!
O pessoal da Harvard, onde tem até cursos específicos sobre felicidade, andou pesquisando décadas para ver como viver mais e melhor. Os resultados das pesquisas não apresentaram grandes novidades. Para viver mais e melhor é importante lidar bem consigo mesmo, conviver bem com a família e amigos, se alimentar saudavelmente, fazer exercícios, dormir direito e ter interesses e prazeres que motivem a pular da cama de manhã.
Os milenares japoneses, que não têm o hábito de se aposentar por inteiro, contam com muitos centenários na ilha de Okinawa, uma das seis zonas azuis do mundo onde se vive mais e mais feliz. Alimentação, atividade física, relações comunitárias e propósito e sentido da vida são as características das blue zones para uma existência mais duradoura e feliz.
Sim, é bom viver mais, especialmente com saúde. O ator Paulo Autran, já idoso, ficava feliz quando acordava com uma dor só. Fernanda Montenegro, quase 100 anos, se acorda de manhã e sai cantando. Ninguém está totalmente livre das doenças, mas prevenir sempre foi o melhor caminho. Cautela e caldo de galinha seguem fazendo bem para todo mundo.

a propósito...

No Brasil homens vivem em média 73 anos e mulheres 79.Elas devem ensinar aos homens como viver mais. Nossos idosos precisam se cuidar e nós precisamos cuidar deles. Precisamos prevenir doenças, custos e necessidades dos idosos e tratá-los bem, especialmente os aposentados, de preferência sem aplicar descontos indevidos nos proventos. Tratando bem os aposentados eles podem ter mais qualidade de vida, se ocupar e ajudar o coletivo, se integrando na corrente da vida e vivendo com mais alegria as décadas finais da trajetória.
(Jaime Cimenti)

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