Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora
Livros
Jaime Cimenti

Jaime Cimenti

Publicada em 08 de Maio de 2025 às 18:42

Dois romances de Laurie Gilmore

uma livraria com aroma de canela

uma livraria com aroma de canela

EDITORA INTRÍNSECA/DIVULGAÇÃO/JC
Compartilhe:
Jaime Cimenti
Laurie Gilmore é autora best-seller nos Estados Unidos e na Europa e seus romances sobre histórias românticas e picantes em cenários de cidades pequenas vem sendo publicados em muitos países com sucesso. Como leitora, Laurie adora encontrar livros com o equilíbrio perfeito entre doçura e sensualidade, e ela se esforça para alcançar isso em suas obras.
Laurie Gilmore é autora best-seller nos Estados Unidos e na Europa e seus romances sobre histórias românticas e picantes em cenários de cidades pequenas vem sendo publicados em muitos países com sucesso. Como leitora, Laurie adora encontrar livros com o equilíbrio perfeito entre doçura e sensualidade, e ela se esforça para alcançar isso em suas obras.
Os romances Café, amor e especiarias (256 páginas,
R$ 39,90) e Uma livraria com aroma de Canela (304 páginas, R$ 39,90), publicados pela Editora Intrínseca há poucos dias, se desenrolam em narrativas reconfortantes e conquistaram booktokers ao redor do mundo. As narrativas são sucessos absolutos no TikTok e têm mais de 400 mil avaliações no Goodreads.
Café, amor e especiarias conta sobre Jeanie, que herdou um café da tia que se aposentou. Foi um desafio para ela fazer algo por ela mesma pela primeira vez em muito tempo. Ela consumiu sete anos no mercado financeiro e viu o chefe morrer subitamente no trabalho. Pensou que viver numa cidadezinha costeira como Dream Harbor poderia ser uma boa mudança. Lá conhece Logan, fazendeiro simpático e de coração partido. Será que a garota da cidade grande vai conquistar o sexy e rabugento fazendeiro?
Uma livraria com aroma de canela tem como cenário a mesma Dream Harbor e explora novos personagens. Hazel é uma leitora voraz e gerencia a pequena livraria da cidade. Com quase 30 anos, ela se vê presa numa rotina entediante e procura uma novidade para chacoalhar sua vida. Um dia pega um livro torto na prateleira e abre numa página dobrada com uma frase destacada. Descobre outros livros com a mesma coisa e pensa que alguém está lhe mandando um recado. Ela convida Noah, pescador sexy e extrovertido, para lhe ajudar a descobrir. Por sorte, o homem já era apaixonado há meses pela livreira, e aí viverão um verão de muitas aventuras inesquecíveis. Será que a química será suficiente para algo mais profundo?
 

lançamentos

dieta da poesia

dieta da poesia

DUBLINENSE/DIVULGAÇÃO/JC
Private Equity - Memórias dos bastidores de Wall Street (Harper-Collins, 352 páginas, R$ 62,00) é o primeiro livro da chinesa Carrie Sun. A obra expõe os abusos e contradições de uma das maiores empresas de Wall Street. Ela questiona sobre a riqueza extrema e a cultura de trabalho do mercado financeiro, depois de ter trabalhando para um poderoso bilionário.

As bactérias que nos curam (Academia-Planeta do Brasil, 336 páginas,
R$ 66,00), da experiente e graduada farmacêutica portuguesa Alexandra Vasconcelos, apresenta um plano consistente de 14 dias para equilibrar o microbioma e reforçar o sistema imunológico. Exercícios, alimentação e alteração de hábitos podem equilibrar nossa microbiota.

Dieta da poesia (Dublinense, 81 páginas, R$ 42,90) de Afonso Cruz, autor de mais de 30 livros, é uma novela em tom de fábula que tem personagens que trocam o apetite por comida pelo sabor da poesia. Mas a dieta também inclui palavra, imaginação e gula pela linguagem, fome de leitura. A obra mostra como a leitura pode mudar e ampliar nossas vidas, abrindo horizontes e conhecimentos.

Minha mãe

Faz quase dois anos que minha mãe morreu, com quase 96 anos. Como lembro dela quase todos os dias, ela vive. As pessoas só se vão de verdade quando ninguém mais lembra delas. Fui filho da Emma durante umas cinco décadas. Depois me tornei meio pai dela e procurei ajudar, devolvendo o muito que recebi. Há quase dois anos ela vive na minha lembrança e, então, digamos que eu passei a ter ela dentro de mim. Meu pai e meus irmãos também vivem em outras dimensões, e aí fiquei para lembrar, contar nossas histórias e esquecer algumas. De vez em quando invento umas memórias simpáticas e aplico umas mentiras piedosas para cumprir minha tarefa de contador de histórias. Restei um, como no joguinho aquele.
Minha mãe, italiana de Treviso, Vêneto, viveu dos 11 aos 17 anos os terríveis tempos da II Guerra, quando muitas vezes não se podia acender lâmpadas de noite para não ser bombardeado. Teve que parar de estudar e trabalhar, perdeu a juventude. Casou com 20 anos e aos 21 veio, de navio, para Nova Prata-RS com meu irmão Gianfranco de três meses. Ela e meu pai Alberto imigraram para sair da situação difícil do pós-guerra e dar um futuro melhor para os filhos. Minha irmã Jussara nasceu em Nova Prata.
Em 1954 meu pai foi trabalhar na prefeitura de Bento Gonçalves, minha mãe estava grávida e eu, gerado em Nova Prata, nasci em 1954, na gloriosa Bento. Minha mãe tinha 26, minha irmã tinha três anos e meu irmão cinco. Não tínhamos empregada e nem parentes para ajudar. Tempos depois, minha mãe conseguiu a inesquecível Angelina para nos dar uma mão.
Dona de casa competente e hábil cozinheira, mãe de três anjinhos, a mãe ainda encontrou tempo para ser a primeira vendedora de Avon de Bento. Ganhou um dinheirinho para viajar para a Itália. Minha mãe cantava em italiano enquanto cozinhava e, de noite, fazia blusões de tricô, vendo televisão. Tinha semanas que fazia dois blusões. Os mais usados por nós ela desmanchava, lavava a lã e fazia outros blusões.
Em 1966, a família se mudou para Porto Alegre e foi morar num apartamento na rua Felipe Camarão, ao lado do Dror-Ichud Habonim, movimento juvenil sionista. Da janela via os jovens cultivando as tradições.
Emma sofreu três acidentes de carro, passou por várias cirurgias e problemas de saúde e, ao lado do meu pai e depois dele, passou por momentos bons e difíceis, especialmente quando meu irmão faleceu prematuramente. Emma teve sete netos e 5 bisnetos.
Ela pedia que tratasse todas as pessoas igualmente bem e dizia que, na vida, a gente sempre iria encontrar alguém mais esperto do que a gente. Nos deu uma alimentação muito natural, não gostava de enlatados e conservantes. E isso há 60 ou 70 anos atrás. A mãe não gostava muito de fofocas e de falar mal dos outros e era bastante religiosa.
Nos últimos anos, a mãe foi ficando com a saúde seriamente abalada, mas ainda conseguia cantarolar Volare comigo. Como se sabe, na barriga da mãe o feto tem apenas o sentido da audição e as notas musicais e as canções são muitas vezes as últimas lembranças das pessoas.

a propósito...

Há quem diga que o único amor eterno é o amor-próprio. Prefiro acreditar que o amor de mãe é que é para sempre. E que o amor de filho também. Mario Quintana, que perdeu a mãe aos 20 anos, escreveu: Mãe... São três letras apenas / As desse nome bendito, / Também o céu tem três letras / E nelas cabe o infinito. / Para louvar nossa mãe, / Todo o bem que se disser / Nunca há de ser tão grande / Como o bem que ela nos quer. / Palavra tão pequenina, / Bem sabem os lábios meus / Que és do tamanho do céu / E apenas menor que Deus!" Feliz Dia das Mães! Todas elas!
(Jaime Cimenti)

Notícias relacionadas