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Jaime Cimenti

Jaime Cimenti

Publicada em 27 de Março de 2024 às 19:14

Suspense, fantasia e sensualidade

quarta asa

quarta asa

Editora Planeta/Divulgação/JC
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Jaime Cimenti
Quarta Asa (Editora Planeta-Minotauro, 544 páginas, R$ 78,99, tradução de Laura Pohl), de Rebecca Yarros, celebrada escritora best-seller do The New York Times e USA Today, autora de mais de 15 romances, é sucesso editorial mundial, tendo viralizado nas redes sociais, especialmente no Tik Tok, e indo direto para os primeiros lugares de vendas.
Quarta Asa (Editora Planeta-Minotauro, 544 páginas, R$ 78,99, tradução de Laura Pohl), de Rebecca Yarros, celebrada escritora best-seller do The New York Times e USA Today, autora de mais de 15 romances, é sucesso editorial mundial, tendo viralizado nas redes sociais, especialmente no Tik Tok, e indo direto para os primeiros lugares de vendas.
Rebecca vive no Colorado com o esposo e seis filhos. Com o marido criou em 2019 a ONG One October, dedicada a uma de suas paixões: ajudar as crianças no sistema de acolhimento e adoção nos Estados Unidos.
Na narrativa, uma jovem precisa sobreviver ao treinamento de uma escola de elite para poderosos cavaleiros de dragões, onde a única regra é se formar... Ou morrer tentando. Violet tem 20 anos, e estava destinada a entrar na Divisão dos Escribas, levando uma vida relativamente tranquila em meio aos livros e às aulas de História. No entanto, a general comandante das forças de Navarre - também conhecida como sua mãe - durona como as garras de um dragão, ordena que Violet se junte às centenas de candidatos que buscam se tornar integrantes da elite de seu país: cavaleiros de dragões.
O problema é que quando você é menor que todos os candidatos e mais frágil que eles, a morte está a apenas uma batida de coração de distância. Dragões não se unem a humanos "frágeis". Eles os reduzem a cinzas. No Instituto Militar Basgiath há mais cadetes que dragões disponíveis. Morrendo cadetes, mais possibilidades de ser Dragão. Dragões são a elite do país. Violet corre perigo de ser morta. Entre amigos, inimigos e amantes, Violet precisa ser inteligente para sobreviver e ela precisa descobrir o terrível segredo.
Tracy Wolff, autora best-seller do The New York Times considerou a narrativa cheia de suspense e sensualidade como a fantasia mais viciante e brutal da última década.
É isso: um dragão sem seu cavaleiro é uma tragédia e um cavaleiro sem seu dragão é um homem morto.
 

Lançamentos

Fragmentos filosóficos do horror (Editora Nacional, 152 páginas, R$ 28,00), de Luiz Felipe Pondé, professor-doutor de Filosofia da USP, escritor e colunista da Folha de S.Paulo, nos leva a refletir sobre o horror que se desprende da realidade, quando nos arriscamos a conhecê-la para além das sombras da ignorância.
Os pecados de West Heart (Editora Intrínseca, 272 páginas, R$ 50,00), de Dann McDorman, produtor de TV, é seu livro de estreia e se passa em 1970. Um detetive e um amigo vão passar o feriado em West Heart, clube exclusivo em meio à natureza. Tempestade, três cadáveres e personagens endinheirados, calculistas e traiçoeiros estão por lá.
Tem dendê, tem axé - etnografia do dendezeiro (Pallas Editora, R$ 50,00, 168 páginas), de Raul Lody, antropólogo, museólogo, escritor e pensador da comida e alimentação, desvenda as relações entre o dendê e a construção das religiões afro-brasileiras, assim como demonstra sua participação na cultura brasileira.
 

O jornalismo de Breno Caldas e o século XX

No século XX, poucos rio-grandenses foram tão icônicos, poderosos e marcantes como Breno Caldas, que dirigiu durante quase 50 anos o Correio do Povo e comandou os extintos jornais Folha da Tarde e Folha da Manhã, além da Rádio Guaíba e da TV Guaíba. Imperador da imprensa no Sul do Brasil, foi jornalista e era formado em Direito. Caldas foi fazendeiro, criador de gado, proprietário de cavalos de corrida e de veleiro, e viveu intensamente até falecer aos 79 anos, em 1989.
Breno Caldas: a Imprensa e a Lenda (AGE Editora, 384 páginas, R$ 159,90), de Tibério Vargas Ramos, consagrado jornalista desde 1969, professor titular de Jornalismo e Relações Públicas na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul por 40 anos, novelista e romancista, é dessas obras que nascem clássicas. O grande trabalho de Tibério teve como espinha dorsal o depoimento de Breno colhido por José Antônio Pinheiro Machado e publicado no livro Breno Caldas - Meio Século de Correio do Povo pela L&PM Editores.
Tibério foi editor de Polícia do Correio do Povo de Breno Caldas e disse: "A história de Breno Caldas foi o livro que sempre sonhei um dia escrever". Foi o que Tibério, nascido no Alegrete em 1948, fez depois de pesquisas, entrevistas e leituras. O livro mescla bem a biografia de Breno Caldas, os acontecimentos familiares e os fatos importantes do século XX, especialmente em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul.
Com informações detalhadas do passado, o autor rememora ambientes, situações e personagens públicos e privados que fazem os leitores viajarem agradavelmente no tempo. A reprodução de diálogos reais e possíveis e as descrições detalhadas de locais públicos e privados revelam aos leitores como foi a vida pessoal e pública do lendário Dr. Breno e como se desenvolveu o jornalismo no Estado e no Brasil do século passado.
Breno Caldas: a Imprensa e a Lenda está dividido em três grandes partes. A primeira, Gênesis, conta as origens familiares de Breno, a criação do Correio do Povo, da Fazenda do Arado e da Folha da Tarde, além de falar na paixão de Breno pelos cavalos e veleiros.
A segunda parte, Escrituras, fala de jornalismo rigoroso, classe especial, linguagem e conteúdo, confiança dos leitores, poder, a retórica de Brossard, a proximidade com Médici, a volta de Brizola, o príncipe herdeiro Tonho Caldas, a Zero Hora, os comunistas de confiança, a batalha dos vespertinos, memórias do autor, o Correio repaginado e transformações nos jornais.
A terceira parte, Apocalipse, trata de conspiração, vingança, grevista arrependido, o último suspiro, a máquina elétrica, a solidão e os últimos tempos no Arado.
Como se vê, as quase 400 páginas do livro trazem um amplo panorama da família Caldas, propõem uma retrospectiva do jornalismo do século passado e mostram as relações entre a sociedade e a imprensa, com ênfase no político.

A propósito

Sem enveredar para uma posição exageradamente encomiástica (que Breno não gostaria) ou para um ponto de vista crítico em demasia ao Dr. Breno (que ele também não gostaria), Tibério resgata a saga familiar, o apogeu, a glória e a falência de um reinado de 49 anos, coincidentemente o mesmo tempo de reinado de Dom Pedro II. Tibério mostra a crise financeira da empresa e a desvalorização da moeda que levaram Breno a desfazer-se de fortunas para sonhar e tentar salvar, ao menos, o velho Correio do Povo. Não adiantou. Restaram a lenda, as muitas histórias e as lembranças do autor, testemunha viva de tempos inesquecíveis.

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