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Jaime Cimenti

Jaime Cimenti

Publicada em 07 de Março de 2024 às 17:25

Barão de Mauá, um dos maiores brasileiros

o sucesso jamais será perdoado

o sucesso jamais será perdoado

AVIS RARA/DIVULGAÇÃO/JC
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Jaime Cimenti
Infelizmente o Brasil não tem muitos fatos históricos, heróis e brasileiros realmente relevantes. Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, é um dos maiores visionários brasileiros e faz parte dos grandes brasileiros.
Infelizmente o Brasil não tem muitos fatos históricos, heróis e brasileiros realmente relevantes. Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, é um dos maiores visionários brasileiros e faz parte dos grandes brasileiros.
O sucesso jamais será perdoado (Avis Rara - Faro, 256 páginas, R$ 49,90), autobiografia do Barão de Mauá, volta 200 anos na história do nosso País para reviver a história do pioneiro no empreendedorismo nacional. Mauá disse que o melhor programa econômico é não atrapalhar aqueles que produzem, investem, poupam, empregam, trabalham e consomem.
Mauá nasceu em Arroio Grande (RS). Com cinco anos ficou órfão de pai, e aos nove foi para o Rio de Janeiro. Anos depois, foi para a Inglaterra e testemunhou a Revolução Industrial. Mauá moldou o destino de uma nação e inspirou gerações de empreendedores. Com coragem e visão únicas em sua época, ele trilhou um caminho extraordinário que o elevou ao panteão dos grandes líderes empresariais de todos os tempos. Mauá desafiou as convenções de sua época e revolucionou a economia do Brasil Imperial. A busca incessante por inovação o levou a empreendimentos audaciosos, desde a criação de empresas pioneiras em diversos ramos, o Banco do Brasil, a construção de ferrovias e a fundação da indústria naval.
Na obra, Mauá conta também sobre sua vida pessoal, seus sonhos, paixões, lutas, derrotas e triunfos. Mauá chegou a ter ativos financeiros semelhantes aos do governo do Brasil. Dificuldades criadas por rivais e burocratas do Estado para as empresas de Mauá fizeram com que elas não resistissem a atentados e taxações excessivas, e ele teve que vendê-las para liquidar as dívidas. Diabético e com saúde debilitada, faleceu aos 75 anos, em 1889, poucos dias antes do golpe que derrubou a monarquia e instaurou a República no Brasil.

Lançamentos

Escrever sem medo (Editora Planeta, 176 páginas, R$ 46,90) é o livro de estreia de Jana Viscardi, Doutora em Linguística e palestrante sobre linguagem e sociedade. Jana ensina sobre a construção de textos variados (conto, letra de música, TCC etc) com prazer, utilizando os recursos essenciais da língua, e traz estratégias básicas de texto e exercícios.
A revolução do pouquinho (DVS Editora, 400 páginas, R$ 94,00) é a nova edição ampliada do sucesso de Eduardo Zugaib, educador corporativo, escritor best seller, palestrante "incomodacional" e um dos maiores especialistas em atitude e comunicação para a liderança. O autor oferece cinco trilhas para os leitores transformarem a vida com pequenas atitudes.
O que você quer ser quando crescer? (Editora Pallas, 32 páginas, R$ 48,00), de Lawrence Schimel, com tradução de Nina Rizzi e ilustrações de Bárbara Quintino, reflete sobre profissões e a importância que todas têm, mesmo as mais simples. A obra oferece a felicidade como modelo e isso geralmente não é considerado como opção.

O Parcão

Nosso querido Parque Moinhos de Vento, Parcão para os íntimos, cujo nome remonta ao século XVIII, quando o mineiro Antônio Martins Barbosa estabeleceu na região seu moinho de vento, tem 11,5 hectares e foi inaugurado em 1972, em área que pertenceu antiga à Chácara de Antônio Mostardeiro. O Parcão abrigou o Prado Independência (1894-1959) e o Estádio da Baixada (1904-1954), do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, e foi criado graças aos esforços dos saudosos jornalista Alberto André e vereadores Germano Petersen Filho, Mariano dos Santos e Say Marques, que transformaram a área num "jardim público", com o auxílio do prefeito José Loureiro da Silva.
Os citados merecem o eterno respeito e a imortal gratidão dos rio-grandenses, brasileiros e estrangeiros pela linda área verde e por proporcionar um Parcão da Democracia, onde ocorreram e ocorrem manifestações com até cem mil pessoas. Guardadas as proporções e bairrismo à parte, o Parcão é mundial, tipo assim o Central Park de Nova York.
Há poucos dias, a Prefeitura de Porto Alegre entregou a revitalização do Lago do Parcão, com melhoria para os peixes, patos e tartarugas, pintura do Moinho de Vento e outras modificações. As quadras esportivas do Parcão, no outro lado, foram reformadas.
Na minha caminhada diária cruzo a passarela sobre a avenida Goethe e fico admirando a paisagem e imaginando que estou no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Na passarela os guarda-corpos são azul e vermelho, um de cada lado, bem GreNal , com um letreiro "Um brinde às combinações improváveis". A criação do projeto foi da agência Eyxo Estratégias de Inovação, com patrocínio da Ambev e coordenação de mídia do Grupo Imobi de Ricardo Silveira e Eduardo Rorato. Bem que a gente precisa umas combinações improváveis em nosso Rio Grande tão dividido.
As janelas do prédio da Unimed na esquina da Goethe com 24 de outubro refletem o Parcão e o Monumento a Castelo Branco, bonita obra de Carlos Tenius, e o prédio da administração e dos banheiros do parque teve as paredes externas pintadas com cores fortes pelo artista Rodrigo Capovilla. O novo playground infantil, a nova pista de caminhada e outros melhoramentos foram feitos com colaboração das empresas Melnick, Grupo Zaffari, Panvel, Hospital Moinhos de Vento e Tramontina. Por meio do projeto Adote Uma Praça, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade, a adoção do Parcão foi a maior da história de Porto Alegre.
Nas quintas-feiras, a Feira Mercadão do Produto - Moinhos de Vento é um convite para compras básicas e também de produtos requintados. Como dizia o Tom Jobim, tem as delicatessen e as groceries. Pastel de carne ou de queijo e suco de laranja feitos na hora dão o certificado de validade para a Feira, que serve como ótimo ponto de encontro para moradores do Moinhos ou de outros bairros. O Moinhos é da cidade, de todo mundo, criança, jovem, idoso, pets, tutti-quanti bem-vindos ao espaço plural, democrático e simpático.

A propósito...

O que devemos esperar para o futuro do charmoso Parcão é que iniciativas públicas e privadas e a população sigam cuidando bem dele. Atividades comerciais e de serviço a mais no Parcão podem trazer mais qualidade, bem-estar e, como sempre acontece quando há boa ocupação, a segurança vai aumentar. Os horários de pico de utilização do Parcão são entre 10h e 19h, e seria interessante se o Parcão pudesse ser utilizado durante a noite, como acontece em outros locais e cidades. Acho que o futuro do Parcão será venturoso. Depende de todos. O Parcão cinquentão lépido, faceiro e sarado agradece.
 

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