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Livros
Jaime Cimenti

Jaime Cimenti

Publicada em 15 de Fevereiro de 2024 às 18:45

Crianças, adultos e monstros no clássico de Neil Gaiman

o oceano no fim do caminho

o oceano no fim do caminho

EDITORA INTRÍNSECA/DIVULGAÇÃO/JC
a convidada

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EDITORA NOVA FRONTEIRA/DIVULGAÇÃO/JC
A caturrita americana

A caturrita americana

LIBRETOS EDITORA/DIVULGAÇÃO/JC
crises da república

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EDITORA PLANETA/DIVULGAÇÃO/JC
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Jaime Cimenti
O oceano no fim do caminho - Ilustrado (Editora Intrínseca, 336 páginas, R$ 99,90, tradução de Renata Pettengill), de Neil Gaiman, um dos 10 maiores escritores pós-modernos vivos segundo o Dicionário de biografia literária, apresenta uma história sobre crianças, adultos e os monstros que os assombram. Publicada em 2013, a obra tornou-se best-seller mundial. Nova edição em capa dura, ilustrada pela artista plástica Elise Hurst, foi publicada pela Intrínseca há poucos dias.
O oceano no fim do caminho - Ilustrado (Editora Intrínseca, 336 páginas, R$ 99,90, tradução de Renata Pettengill), de Neil Gaiman, um dos 10 maiores escritores pós-modernos vivos segundo o Dicionário de biografia literária, apresenta uma história sobre crianças, adultos e os monstros que os assombram. Publicada em 2013, a obra tornou-se best-seller mundial. Nova edição em capa dura, ilustrada pela artista plástica Elise Hurst, foi publicada pela Intrínseca há poucos dias.
Gaiman já escreveu mais de 20 livros para todas as idades e já recebeu inúmeros prêmios importantes, como o Hugo, o Bram Stoker e o Newbery Medal. Teve obras adaptadas para o cinema e a TV e no Brasil a Editora Intrínseca já publicou Mitologia Nórdica, Deuses Americanos, Lugar Nenhum e Os filhos de Anansi, entre outros.
A trama é ambientada em Sussex, Inglaterra, onde Gaiman cresceu. Na história sombria e comovente, Gaiman relembra e reimagina sua infância, com todo o terror, as maravilhas e a força daquela época de vida.
Um homem de meia-idade volta à casa na qual passou a sua infância para um funeral. Ao chegar à cidade, é atraído para a fazenda no fim da estrada, onde, aos sete anos, conheceu uma garota extraordinária, Lettie, que morava lá com a mãe e a avó. Ele não pensava em Lettie há décadas, mas ao se sentar à beira do lago nos fundos da velha casa, o mesmo a que ela se referia como um oceano, o passado esquecido ressurge como uma forte maré.
Quarenta anos antes, a morte de um homem despertou consequências inimagináveis e Lettie, com magia, amizade e sabedoria digna de alguém com muito mais de onze anos, prometeu proteger o menino, não importando o que pudesse acontecer.
O oceano no fim do caminho, um trabalho revolucionário de um mestre da literatura, mostra o poder que as histórias têm de revelar e, ao mesmo tempo, de nos proteger dos perigos dentro e fora de nós.
 

Lançamentos

A Convidada (424 páginas) e O Sangue dos Outros ( 224 páginas) primeiros romances da grande filósofa e escritora francesa Simone de Beauvoir foram lançados pela Nova Fronteira. Simone foi grande nome do feminismo e do ativismo político e a Nova Fronteira reeditará suas obras.
A Caturrita Americana (Joanin Editora, R$ 60,00, 80 páginas, inglês-português) do romancista Alcy Cheuiche, ilustrado por Jussara Heberle, traz os conhecimentos teóricos de empreendedorismo de Darling, a caturrita americana que passou pela escola natural Central Park e voltou ao sul do Brasil para ensinar aos pássaros do pampa idéias inovadoras.
Crises da República (Crítica-Planeta, 208 páginas) nova edição do clássico da grande filósofa Hannah Arendt, traz três ensaios escritos entre 1968-71, período marcado pelas lutas civis, movimento estudantil e Guerra do Vietnã. A autora fala de poder, de violência, do desvirtuamento da política pela imagem e de desobediência civil.

Walter Riso e as relações opressivas, tóxicas e abusivas

O amor é tema infinito e milenar e foi assumindo faces e características distintas ao longo da história da humanidade. Desde o mito de Aristófanes, que acreditava que a origem do amor, segundo antigas crenças gregas, teria sido a divisão do ser humano em dois, até modernas teorias sobre poliamor e do amor líquido conceituado por Zygmunt Bauman, visões sobre o amor pelas pessoas, artistas, filósofos, historiadores, cientistas, escritores e cineastas, entre outros, sempre exisitiram e seguirão a existir, ao lado da evolução da espécie. O amor a si mesmo, aos familiares, aos amigos, à arte, à religião, à fé e à ciência, além do velho amor romântico, sempre estiveram juntos com os seres humanos.
Amor ou Prisão? Como se proteger de relações opressivas, tóxicas e abusivas (L&PM Editores, 144 páginas, R$ 47,90, tradução de Sérgio B. Karam), do consagrado psicólogo cognitivo-comportamental italiano Walter Riso, é obra que se propõe a defender os conceitos de dependência e libertação afetiva e auxiliar as pessoas a entenderem o amor e se livrarem de relações que as anulem e prejudiquem. As ideias de Riso são bem atuais, nesses tempos tão repletos de incertezas, desamor, brigas, individualismo, solidão e narcisismo.
Riso é autor de best-sellers internacionais como Amores de alto risco, A arte de ser flexível, O direito de dizer não! e Maravilhosamente imperfeito, escandalosamente feliz e, após décadas de experiência clínica, nos brinda com uma obra com posicionamento filosófico-existencialista, estimulando os leitores a não serem obrigados a amar e mostrando as armadilhas mais comuns do discurso e das relações amorosas. Riso explica a importância de construir a própria felicidade, sem buscar inúteis "receitas de bolo", sem depender totalmente dos outros e desenvolvendo uma saudável independência afetiva.
O livro é dividido em quatro partes, baseadas nas quatro máximas "Se você ama, deve se escravizar", "Se você ama, deve ficar obcecado", "Se você ama, deve perder sua identidade" e "Se você ama, deve ter medo de perder seu parceiro". A primeira parte do livro trata de amar de forma livre, inclusive das amarras sociais. A segunda parte esmiúça a toxicidade que há por trás de pensamentos como "sou louco(a) por aquela pessoa". Na terceira parte, o autor explica a importância de amar preservando a própria identidade e individualidade. Por fim, na quarta e última parte, Riso mostra como também nas coisas do amor o medo é um mau conselheiro.
Para Riso, com suas conceituações, é possível criar um esquema mental libertador e construtivo que se oponha aos quatro pontos indicados: ao amor opressivo, oponho um amor livre; ao amor obsessivo, oponho um amor apaixonado, porém sereno; ao amor mesclado, oponho um amor com identidade pessoal; e, ao amor temeroso, oponho um amor corajoso.
 

A propósito

Em síntese, Walter Riso convida aos leitores a tomarem quando antes as rédeas de sua vida emocional, mesmo que fazendo parte de um casal. Ele convida os leitores a protegerem sua integridade física e emocional e a evitar angústias e sofrimentos desnecessários. Com o estilo eloquente que o caracteriza, Riso propõe a primazia do amor-próprio (para muitos o único amor eterno) e relações amorosas leves, livres e vitais, que não façam ninguém trair seus valores. Para Riso, melhor que o amor e as relações tragam alegria , liberdade de expressão, paz e saúde mental. É muito isso, em meio a tanta violência dentro e fora de casa.

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