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Jaime Cimenti

Jaime Cimenti

Publicada em 08 de Fevereiro de 2024 às 18:52

Criativo panorama econômico do século XX

o longo caminho para a utopia

o longo caminho para a utopia

Editora Planeta/Divulgação/JC
O plano de marketing de 1 página

O plano de marketing de 1 página

EDITORA INTRÍNSECA/DIVULGAÇÃO/JC
Razão x Religião: O primado e os primatas

Razão x Religião: O primado e os primatas

EDITORA CITADEL/DIVULGAÇÃO/JC
O amor é uma aurora

O amor é uma aurora

DESDOBRA/DIVULGAÇÃO/JC
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Jaime Cimenti
Em termos de grandes acontecimentos e transformações sociais, políticas, tecnológicas e econômicas, o século XX, segundo vários estudiosos, deve ser o maior. Para J. Bradford DeLong, consagrado historiador e professor na Universidade da California, Berkeley, o "longo século XX" vai, na verdade, de 1870 a 2010.
Em termos de grandes acontecimentos e transformações sociais, políticas, tecnológicas e econômicas, o século XX, segundo vários estudiosos, deve ser o maior. Para J. Bradford DeLong, consagrado historiador e professor na Universidade da California, Berkeley, o "longo século XX" vai, na verdade, de 1870 a 2010.
O longo caminho para a utopia (Crítica - Editora Planeta, 544 páginas, R$ 119,90, tradução de Diego Franco Gonçales e revisão técnica de Marco Antonio Rocha) é, acima de tudo, uma criativa, profunda e abrangente visão da complexa e multifacetada história econômica do século XX, que nos possibilita conhecer, refletir e agir sobre os 140 anos, entre 1870 a 2010, que, para DeLong, foram os que trouxeram mais impactos e consequências para a humanidade.
DeLong foi vice-secretário adjunto do Tesouro dos Estados Unidos no governo Bill Clinton e, atualmente, assina textos para seu blog de economia Graping Reality. Para ele, considerado um dos principais economista do mundo, o "longo século XX" nos deixou mais ricos, mas ainda mais insatisfeitos, por suas problemáticas questões envolvendo distribuição de renda, desigualdade social, desastres ambientais, aquecimento global e depressões econômicas, entre outras mazelas globais.
Thomas Piketty, autor do best-seller mundial O Capital no Século XXI, escreveu: "Brad DeLong conta de forma erudita e emocionante a história de como todo o crescimento econômico desde 1870 criou uma economia global que, hoje, não corresponde a nenhum ideal de justiça. O longo caminho em direção à justiça econômica e a mais direitos e oportunidades iguais para todos deve continuar ".
"Uma obra magistral... Faz as perguntas certas e narra uma história crucial ao longo do caminho", escreveu o grande economista Paul Krugman.
"O longo caminho para a utopia é uma conquista impressionante, escrita com inteligência, estilo e uma atenção formidável a detalhes", registrou The Economist.
Como se constata, a obra de J. Bradford DeLong nasce clássica e referencial.
 

Lançamentos

O Plano de Marketing de 1 Página (Editora Intrínseca, 240 páginas, R$ 49,90, tradução de André Fontenelle), de Allan Dib, um "empresário em série" que há 20 anos implementa e executa negócios em indústrias, mostra como conquistar clientes, ganhar dinheiro e fazer a diferença. Ele mostra como aniquilar a concorrência e tornar sua empresa única.
Razão x Religião: O primado e os primatas (Editora Citadel, 288 páginas, R$ 42,00), de Omar Ferri, consagrado jurista, político e escritor, com prefácio de Alexandre Garcia, enfatiza que a lucidez é a maior conquista da humanidade e que somente os livres pensadores estão imunizados do obscurantismo causado pela onda anticientífica de nossos dias.
O amor é uma aurora (Desdobra, 212 páginas), do filósofo, palestrante e escritor Gilmar Marcílio, marca as comemorações de seus 25 anos como cronista. Ele escreve para o jornal Pioneiro, trabalha numa galeria de arte e numa sala de cinema.Seus textos falam de cinema, vida, amor, tempo, livros, cultura, saber viver e outros temas sensíveis e essenciais.
 

A lua é dos namorados

Tudo bem, depois de ler este texto você até poderá me chamar de lunático. Não vai ser a primeira nem a última vez que ouvirei o simpático elogio. É carnaval, vou levar na boa. Ah, as eternas Marchinhas de Carnaval dos anos 1920-1960 com suas letras concisas, suas mensagens diretas e sua sintonia popular nacional. Vendo o Elon Musk, mais rico do planeta e um dos seres mais doidos, e seus colegas multimilionários Bezos e Branson brincando com foguetes e rápidas viagens de milhões de dólares, não dá para não relacionar com A Lua é dos Namorados, do grande Armando Cavalcanti com Klécius Caldas, lançada quatro anos depois de iniciada a corrida espacial, ocorrida em meio à Guerra Fria, entre americanos e russos.
Os caras torraram muito, muito dinheiro, a coitada da cachorra Laika morreu nas ruas de Moscou dias depois de viajar no super aquecido Sputnik2, Neil Armstrong e colegas chegaram na Lua em 1969 e outros coisas, mas e daí? Será que precisava tanta viagem lunática para desenvolvimentos científicos? "Onde brincam as crianças?", perguntava Cat Stevens na famosa canção, questionando o foguetório e tantos caminhos percorridos. Os americanos e russos depois se entenderam e terminou a tal corrida espacial, que mais parecia corrida atrás do vento, como está na velha Bíblia.
"Todos eles / estão errados / a lua é dos namorados / Lua... Oh! Lua / querem te passar pra trás / Lua... Oh! Lua / Querem te roubar a paz / Lua que no céu flutua / Lua que nos dá luar / Lua... Oh! Lua / não deixe ninguém te pisar." Assim cantava, em 1961, lindamente, Ângela Maria, musa da Elis Regina, tentando ensinar para os poderosos que era melhor deixar o satélite intocado. Infelizmente não foi ouvida, apesar da voz poderosa e afinada.
Na Lua e em outras paragens espaciais não encontramos, tanto quanto eu saiba, seres , objetos ou riquezas, e os ETs e discos voadores apareceram só em Hollywood, em alguns livros e filmes e em algumas narrativas. Aqui em Porto Alegre o Carlos Ducatti, adorado por jornalistas com falta de pauta, era o homem que veio do Planeta Orion, criador do Clube Nova Era, e foi chamado de "um extraterrestre exilado na Terra". Ele recebeu até carta da Nasa e foi admirado por Raul Seixas e Jorge Mautner. Emerson Links, que tinha como pseudônimo Ahmargon D'Arak, lançou um antidocumentário no underground cinematográfico sobre Ducatti e disse que a existência alternativa superava a realidade. Acho que vou mandar o documentário para o Elon Musk, que certamente irá gostar. Mas não aceito andar de foguete. Um andou explodindo há pouco e tenho medo até de helicóptero e de scooters. Melhor viajar pelas paredes do meu quarto, sem grandes aditivos.
Antigamente lunático, segundo a Bíblia, era alguém ligado à epilepsia ou à loucura, com doenças que se pensava serem causadas pela lua, e na Grécia de Platão acreditavam que havia uma civilização em solo lunar. A coisa vem de longe.
 

A propósito

Graças a Deus o espaço do texto lunar não é infinito como o Universo, e trato de encerrar esse papo meio carnavalesco e pós-moderno barbaridade para curtir o carnaval com pouca moderação. Falando meio sério, será que não temos problemas que chega no planeta para ficar viajando no mundo da Lua, gastando fortunas e energias? Tudo bem, tem milionários que querem voar pelo espaço e torrar a grana da desigualdade. Será que não podem se contentar com tantos desertos e locais exóticos da terra? Os progressos ditos decorrentes das corridas espaciais precisam desses foguetes e viagens? Ótimo tríduo momesco para meus queridos terráqueos vinte e dois leitores. Fui.

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