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Jaime Cimenti

Jaime Cimenti

Publicada em 25 de Janeiro de 2024 às 19:37

Gilberto Schwartsmann e o demônio dos judeus

dibuk

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EDITORA SULINA/DIVULGAÇÃO/JC
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Jaime Cimenti
Dibuk (Editora Sulina, 216 páginas, R$ 60,00), livro mais recente de Gilberto Schwartsmann, médico, professor de Medicina, dramaturgo, colunista de jornal e autor de várias obras traduzidas para o espanhol e para o francês, como o alentado romance A amante de Proust, traz dez histórias inspiradas em familiares do autor, pessoas e acontecimentos do Bom Fim, bairro onde Gilberto viveu durante a infância.
Dibuk (Editora Sulina, 216 páginas, R$ 60,00), livro mais recente de Gilberto Schwartsmann, médico, professor de Medicina, dramaturgo, colunista de jornal e autor de várias obras traduzidas para o espanhol e para o francês, como o alentado romance A amante de Proust, traz dez histórias inspiradas em familiares do autor, pessoas e acontecimentos do Bom Fim, bairro onde Gilberto viveu durante a infância.
Mentira e verdade, fantasia e realidade dançam juntas nas histórias que, em muitos casos, estão impregnadas pelo dibuk, uma espécie de "demônio dos judeus" que surgiu nas comunidades judaicas do centro da Europa entre os séculos XVI e XVII.
Gilberto Schwartsmann, reconhecido bibilófilo e curador de eventos culturais e ex-diretor da Fundação Bienal do Mercosul, hoje é presidente da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e integra a Academia Rio-Grandense de Letras, entre outras entidades. Na introdução o autor fala sobre o dibuk, o ancestral espírito maligno associado à perturbação de pessoas, catástrofes, destruições, brigas e tragédias familiares e que, para ser afastado, necessitava da intervenção de um rabino com poderes sobrenaturais.
A primeira história, que dá título ao livro, trata da morte misteriosa de um rabino, investigada por uma senhora detetive amadora da rua Felipe Camarão.
A segunda história fala da lendária e poderosa Dona Rivka, que enfrentou um dito dibuk lobisomem que circulava de noite pelo bairro assustando as mulheres. As outras histórias tratam de uma "polaca", um noivo argentino, "judiarias" portuguesas, conversa com Gabriel García Márquez, lembranças da avó e da mãe e das camisas de um certo senhor Rudy.
Nas histórias se mesclam a fantasia e a realidade, a dualidade dos personagens "normais" ou "anormais", os fatos envolvidos em sombras. Muitas vezes, toques de realismo mágico ficam fazendo parte das narrativas que tratam da aldeia-bairro Bom Fim, que nelas se torna universal, como disse o grande escritor russo Tolstói.

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