Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Livros

- Publicada em 09 de Novembro de 2023 às 19:13

Raça, obsessões da classe média, parentalidade e outras questões

O mundo depois de nós (Editora Intrínseca, 288 páginas, R$ 49,90, tradução de Alberto Flaksman), romance best-seller do The New York Times, de Rumaan Alam, escritor norte-americano que já publicou em veículos como The New Yorker, The New York Times Review of Books, The New York Times e outros, acima de tudo é um híbrido de thriller psicológico e sátira social que inspirou o aguardado filme da Netflix estrelado por Julia Roberts, Mahershala Ali e Ethan Hawke, com estreia prevista para dia 9 de dezembro próximo.
O mundo depois de nós (Editora Intrínseca, 288 páginas, R$ 49,90, tradução de Alberto Flaksman), romance best-seller do The New York Times, de Rumaan Alam, escritor norte-americano que já publicou em veículos como The New Yorker, The New York Times Review of Books, The New York Times e outros, acima de tudo é um híbrido de thriller psicológico e sátira social que inspirou o aguardado filme da Netflix estrelado por Julia Roberts, Mahershala Ali e Ethan Hawke, com estreia prevista para dia 9 de dezembro próximo.
O romance foi eleito o livro do ano por The Washington Post, Kirkus e The New Yorker e, escrito antes do coronavírus, anteviu o sentimento de pânico gerado pelo isolamento. O narrador onisciente vai trazendo os sinistros acontecimentos e um humor altamente refinado toca em temas sensíveis como a desigualdade de classe, racismo e nossa crescente dependência da tecnologia.
A executiva Amanda, branca, casada com Clay e mãe de dois adolescentes, alugou, por uma semana, uma casa luxuosa num lugar remoto de Long Island, para descansar da vida agitada em Nova York. Tudo corria bem até que um casal de negros bateu na porta de madrugada, dizendo ser proprietário do imóvel. Um blecaute geral devastou a cidade e o casal de negros resolveu voltar para a casa de veraneio em busca de abrigo. Sem sinal de TV, internet ou telefone, Amanda e o marido não tinham como checar as informações.
O livro que foi recomendado por Barack Obama, com maestria e uma voz envolvente traz o leitor, literalmente, para dentro da trama, levando questionamentos muito atuais sobre raça, obsessão da classe média por dinheiro e conforto, a ideia que fazemos de nós mesmos e a verdadeira conduta moral e ética diante da própria sobrevivência.
Amanda e Clay poderiam confiar nos estranhos? Eles poderiam confiar nos hóspedes? A casa isolada da civilização é realmente um lugar seguro? Por aí vai a envolvente narrativa.
 

Lançamentos

Vença com Alexandre De Bem - Uma administração feliz e simplificada nas empresas (Editora Buqui), com prefácio do empresário Lírio Parisotto, em nova edição especial, apresenta tópicos sintéticos e intercalados por 150 frases inspiradoras exclusivas de profissionais brasileiros, sobre experiências pessoais e profissionais do autor. Há quatro anos a obra é das mais vendidas em seu segmento.
Agri Doce (Leitura XXI, 112 paginas, R$ 35,00), do executivo, economista e escritor Heitor Bergamini, traz crônicas que falam do cotidiano, da familia, de recordações juvenis, dos amigos e da trajetória dos indivíduos. Fala de sua doença grave e de como encara a morte. Apresentação de Sérgius Gonzaga.
Por que somos católicos - As razões que nos levam a ter fé, esperança e amor (Matrix, 224 páginas, R$ 56,00), do professor universitário Trent Horn, responde a muitas dúvidas e questões de católicos e auxilia os céticos e católicos que desejam firmar sua fé e sua crença e buscar alegria.
 

Onze craques, um boteco e muito papo

A receita é infalível: convide uma seleção com onze cardeais da mídia - nada de canarinho -, um boteco de esquina, com cachorro de estimação, o Alemão, falecido e sempre lembrado e, claro, bebida e tira-gostos à vontade e muito, muito papo presencial e conversalhada de WhatsApp e elabore uma antologia com textos malemolentes que lembram as eternas noites no Copacabana, no Pedrini e no Bar do Beto, na Venâncio, onde os jornalistas se reuniam para falar de tudo um pouco e especialmente do que era impublicável nas mídias.
Ah, claro, coloque na antologia antológica o título esperto Entre um gole e outro e o subtítulo básico Conversas de Boteco, entregue os originais para uma editora de verdade, a Editora Bá, e selecione a dedo a prefaciadora, a bonita, intensa e competente jornalista, editora e escritora Mariana Bertolucci, que trabalhou em redações com cinco dos craques e teve o imenso prazer de conhecer todos os integrantes da Confraria do Alemão, nome da patota que se reúne às quintas no Bar do Alexandre e dia e noite no WhatsApp, para palavras e conversas ilimitadas. Precisa de mais?
Mario de Santi escreveu, generosamente, sobre cada um dos guris, sobre bares e restaurantes lendários como o Orquestra de Panelas, sua vinda para o Sul e reflexões sobre a alma do jornalismo. Alexandre Bach falou sobre bares, moral e bons costumes, Bar do Beto e sua devoção aos bares da vida e ensinou: bar é bom e a vida de acordo com a moral e os bons costumes é uma chatice.
Elton Werb escreveu sobre o último boteco de Porto Alegre, o Bar do Alexandre, falou sobre a importância de abrir um bar e dar emprego às pessoas e comentou sobre a paixão pela carnificina na reportagem diária. Carlos Wagner explica que o Boteco do Alemão é uma fresta para o futuro e lembra saideiras geladas, botecos, MST e características de repórteres e reportagens. Flávio Dutra preleciona: "Irmandade que se preza tem direito a uma aura de mistério e a origem da identidade faz parte da prerrogativa, assim como a mesa do Alemão se permite não ter presenças femininas. Ou, ainda, o que acontece na confraria fica na confraria."
Horst Eduardo Knak escreveu sobre o jornal Folha de Bar, os tempos no Correio do Povo, lembranças de adolescência e sobre um repórter vinhateiro em terreno urbano. Luiz Reni Marques falou do misterioso bilhete entregue pelo Senhor B no Bar do Alemão, de um carro perdido na noite e das máquinas de escrever Remington, da redação da ZH.
Márcio Pinheiro lembra que bar é cultura, que lhe cabe provar que a tese é verdadeira e que a MPB e a música em geral tem tudo a ver com bares e bebidas inspiradores. Marcito diz que o futuro do jornalismo pode estar no passado. Marco Poli fala com carinho dos colegas, das confusões com David Cassidy e La Migra e do encanto de retornar à redação no Centro Histórico de Porto Alegre.
 

A propósito

Marcelo Villas-Boas fala da alegria de estar no Boteco depois de aposentado e dos 48 anos de serviço, lembra do Piantella, da Churrasquita e dos conchavos políticos e do livro O estado espetáculo de Rogér-Gerard Schwartzenberg, de 1973 e bem atual, sobre captura de eleitorado via artes e comunicação. Ricardo Kadão Chaves falou de seu amor pelos amigos e bares e da última e emocionante noite do pai, Hamilton Chaves, grande amigo de Lupicínio Rodrigues, que lhe homenageou com a clássica canção Esses moços.
É isso. Leia Entre um gole e outro sem moderação, de preferência em um bar, onde, como diz a canção da Elis, a gente fica sentimental quando pousa na mesa.