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Livros

- Publicada em 13 de Abril de 2023 às 17:53

Panorama incrível e renovador da Idade Média

O Poder e os Tronos - Uma nova história da Idade Média (Crítica, Editora Planeta, 672 páginas, R$ 169,90, tradução de Claudio Carina), do britânico Dan Jones, premiado historiador, apresentador de TV, jornalista e radialista, em síntese, apresenta um panorama incrível, magistral e emocionante de um dos períodos mais marcantes da História, que durante muito tempo não mereceu a atenção mundial devida.
O Poder e os Tronos - Uma nova história da Idade Média (Crítica, Editora Planeta, 672 páginas, R$ 169,90, tradução de Claudio Carina), do britânico Dan Jones, premiado historiador, apresentador de TV, jornalista e radialista, em síntese, apresenta um panorama incrível, magistral e emocionante de um dos períodos mais marcantes da História, que durante muito tempo não mereceu a atenção mundial devida.
Dan Jones escreveu a aclamada série 5 Secrets of Great British Castles, do canal Netflix e Channel 5, assinou por dez anos coluna no London Evening Standard, além de ter colaborado com jornais como The Wall Street Journal e The Sunday Times, entre outros.
Nesta obra épica, o autor nos ensina como surgiu o mundo tal como o conhecemos hoje. É uma aventura de mil anos que começa nas ruínas de Roma, quando esta foi saqueada em 410 d.C., e vai até os primeiros contatos entre povos originários e europeus no século XVI, mostrando como o Ocidente foi sendo construído a partir de um Estado em colapso e tomando forma, até dominar o mundo.
A narrativa está repleta de grandes nomes, de Santo Agostinho a Átila, o rei dos Hunos, até o profeta Maomé e Eleanor da Aquitânia, e mostra bem grandes forças que moldaram o planeta e estão presentes até hoje: mudanças climáticas, pandemias, migração em massa e revoluções tecnológicas.
Na Idade Média surgiram as grandes nacionalidades europeias e se estabeleceram os sistemas ocidentais de lei e governança, nos quais as igrejas cristãs amadureceram como instituições poderosas e reguladoras da moralidade pública. Foi também nesse período que a arte, a arquitetura e a investigação filosófica e científica passaram por transformações revolucionárias.
O Ocidente foi reconstruído sob as ruínas do Império Romano para dominar o mundo e, à medida em que enfrentamos um ponto de virada crítico no nosso próprio milênio, Jones mostra que conhecer nosso passado importa mais do que nunca.
 

Lançamentos

Selva - Madeireiros, Garimpeiros e Corruptos na Amazônia sem lei (História Real - Editora Intrínseca, 256 páginas, R$ 59,90), de Alexandre Saraiva, delegado da Polícia Federal há 19 anos, formado em Direito e doutor em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade, é um relato forte sobre crimes e outras realidades do território amazônico.
Maia e Valentim (L&PM Editores, 28 páginas, R$ 44,90), de Paula Taitelbaum, poeta e ilustradora, com ilustrações e poemas infantojuvenis dela, traz dois grudados amigos e colegas de escola. Maia gosta de praia, Valentim de jardim, e a obra celebra o brincar, a amizade, as cores vivas e as formas criadas no computador.
O Afiador de Facas (Total Books, 215 páginas, R$ 50,00), de Rogério Gomes, médico cardiologista, escritor e fotógrafo, aborda o tema da violência sexual. A obra traz memórias de quem sobreviveu aos ruídos do passado, tabus escondidos sob o tapete da falsa moral e será roteirizada para a Paris Filmes.
 

Os gêneros e os nomes das relações

Hoje está se usando a sigla LGBTQIA+ para se referir à comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queers, intersexos e assexuais e também para intitular um movimento que luta por direitos e, principalmente, contra a homofobia. Alguns estão utilizado a sigla mais extensa, LGBTQQICAAPF2K+, que inclui pansexuais/polissexuais, familiares, 2 two-spirit, kink e demais variações de sexualidade e gênero, tais como os demissexuais .
Orientação sexual está mais ligada com o gênero que a pessoa sente atração sexual. Se isso tudo parece bem gigante e complexo, saiba que tem quem entenda que existem mais de setenta identidades de gênero ou que cada pessoa pode ser considerada um gênero, então teríamos tantos gêneros quantos seres humanos. Claro que se sabe que as pessoas, durante a existência, podem mudar de identidade de gênero e de orientação, de modo infinito.
Umberto Veronesi, conhecido médico e cientista italiano e ex-Ministro da Saúde , já em 2007 causou polêmica ao dizer que a sociedade humana caminha para o bissexualismo. Artistas, sociólogos, autores de ficção científica e muitas outras pessoas seguem falando e pensando sobre o tema.
Ser humano, liberdade, biologia, vida, existência, terra, futuro, destino, céu, mar, sol e demais estrelas são eternos e ilimitados . O velho Freud disse que “a anatomia é o destino” e aí Lacan criticou a frase e escreveu ana-tomia. Não vou me meter em briga de cachorro grande e vou mudando de assunto.
Relações humanas. No tempo que os dinossauros eram piás, a coisa já não era tão simples, mas era menos complicada do que agora. O que somos mesmo uns dos outros? Pais, filhos, irmãos, esposa, esposo, parentes, contraparentes? Entre guris e gurias, homens e mulheres, nos tempos do shubidubidu a coisa começava numa ondinha, num flerte (flirt), depois era namorinho de portão (ouvindo a Gal Costa), namoro no sofá, namoro “firme”, noivado, casamento, desquite (que horror, desquitada, juntada, amontoada, amásia...).
Mais tarde, depois das liberdades “hippies”, da revolução sexual anos sessenta e da libertária pílula anticoncepcional, apareceu a vida em comunidade, a “amizade colorida” e aí mais tarde um pouco surgiram os “rolos” , namorante, namorido, ficante, ficante fixo e f..a fixa....
Nas tecnologias de comunicação, pintaram os webnamoros, o Tinder e outras redes sociais, surgiram o match, stalkear, shippar e o crush. No meu tempo Crush era refri de laranja. Ao fim e ao cabo, tudo meio parecido com a ondinha, o flerte e o resto. Tem uma gurizada que fica se relacionando e namorando só online. Boa parte dos casais começa nas redes.
O namoro, noivado e casamento resistem, a vida, a arte do encontro, segue, as pessoas precisam umas das outras. Elas são anjos de uma asa só, contam com o próximo para voar. Nada contra os solitos e independentes e quem case consigo mesmo, com uma árvore, com um pet, com a ciência, a religião, o trabalho, a caridade, com algum Deus ou com a natureza.

A propósito

Nomes e classificações não importam muito. "Se a rosa tivesse outro nome, ainda assim teria o mesmo perfume", disse Shakespeare. Palavras em inglês, modernidade, novos meios de comunicação e hábitos aparentemente diferentes, ao final, o que importa é que as pessoas convivam bem consigo mesmas, com os outros e que tenham saúde, trabalho, sentido para a vida e felicidade. Novo mesmo é o sol a cada manhã. O resto até pode ser silêncio. Ou não. Pensando bem, a vida tem que ser presencial, com música e poesia. Como diz o outro, quem sabe faz ao vivo. Ao vivo e em cores. Ande por aí com seus mil sentidos.