O homem sem rosto (Editora Intrínseca, 368 páginas, R$ 79,90, tradução de Maria Helena Rouanet), da premiada jornalista e escritora russo-americana Masha Gessen, é uma grande e reveladora reportagem que faz um retrato implacável da ascensão de Vladimir Putin ao poder quase absoluto. Masha recebeu o National Book Award em 2017 com The Future is History e colaborou com The New York Times, Vanity Fair e Newsweek, entre outros.
Antes de Boris Yeltsin escolher seu nome para sucedê-lo na presidência da Rússia, Vladimir Putin era um burocrata desprovido de brilho e carisma, que atuou como agente do baixo escalão da KGB, o antigo serviço secreto soviético. Há mais de vinte anos, após a renúncia do antecessor, Putin mal havia assumido o posto quando deixou claro que não estaria disposto a largar facilmente o poder.
Em um tempo surpreendentemente curto, ele foi capaz de destruir anos de progresso, transformando o país em uma grave ameaça não só para seus próprios cidadãos, mas também para o mundo, a liberdade e a democracia. Esta nova edição da obra lançada originalmente em 2012, que conta com um prefácio inédito da autora que trata da atualidade russa, mostra com detalhes a Guerra contra a Ucrânia e a repressão e a agressão da Rússia em relação a entidades internacionais.
Na obra, a autora mostra a juventude agressiva de Putin, os assassinatos não solucionados de alguns de seus críticos políticos, tais como a jornalista Anna Politkovskaya e o ex-oficial do Serviço Federal de Segurança Alexander Litvinenko, a expropriação de impérios de negócios privados e sua resposta desastrosa e insensível à morte de marinheiros russos a bordo do submarino Kursk, que afundou em 2000.
The Wall Street Journal escreveu: "Em um país onde jornalistas críticos do governo podem padecer de mortes prematuras, Gessen mostrou coragem notável ao pesquisar e escrever essa acusação inflexível ao homem mais poderoso da Rússia". The New Yorker escreveu: "Masha Gessen é um dos nomes mais importantes do ativismo e do jornalismo russo em gerações."
Lançamentos
Técnicas de Golpes de Estado (Avis Rara-Faro, R$ 39,90, 160 páginas) de Curzio Malaparte, escritor, jornalista, cineasta, militar e diplomata italiano traz as técnicas de fascistas, comunistas, nazistas e outros aí que ainda hoje ameaçam as pessoas com a pretensa morte da democracia e outras cortinas de fumaça.
Os olhos dos outros (Libretos, 204 páginas, R$ 50,00) segundo romance do psicanalista e escritor Manoel Madeira apresenta, com habilidade narrativa envolvente, personagens, pessoas e cenários de nosso tempo, focando na questão da identidade e do “cancelamento”, temas tão brutalmente atuais.
Manual do Policial Antifascista (Planeta, R$ 44,90, 160 páginas) do vereador e policial Leonel Radde, mostra o que pensa e como atua um agente de segurança que luta pelos direitos humanos. Policial civil, vegetariano, de esquerda e budista, desagrada a direita e a esquerda e nos faz pensar sobre a crucial questão da segurança.
Os olhos dos outros (Libretos, 204 páginas, R$ 50,00) segundo romance do psicanalista e escritor Manoel Madeira apresenta, com habilidade narrativa envolvente, personagens, pessoas e cenários de nosso tempo, focando na questão da identidade e do “cancelamento”, temas tão brutalmente atuais.
Manual do Policial Antifascista (Planeta, R$ 44,90, 160 páginas) do vereador e policial Leonel Radde, mostra o que pensa e como atua um agente de segurança que luta pelos direitos humanos. Policial civil, vegetariano, de esquerda e budista, desagrada a direita e a esquerda e nos faz pensar sobre a crucial questão da segurança.
10 mil anos de vinhos
Segundo os resquícios arqueológicos mais antigos de que se tem notícia, os mesmos situam o surgimento do vinho na Mesopotâmia e na Anatólia, há, pelo menos, dez mil anos, ainda na fase pré-histórica. O líquido fermentado a partir do mosto de uvas se tornou a bebida da globalização, fabricada em quase todo o mundo, desde o coração da África a megalópoles como Hong Kong.
A Incrível História do Vinho (L&PM Editores, 304 páginas, R$ 118,90), é a primeira grande história do vinho em quadrinhos, com textos de Benoist Simmat, jornalista de economia e escritor francês especializado em vinhos, autor de cerca de trinta títulos sobre pecados capitais, culinária e imortalidade, entre outros. Simmat escreveu os conhecidos L´Incroyable histoire da la cuisine (Les Arénes, 2021), L´Incroyable histoire de l´immortalité (Les Arénes, 2021) e Robert Parker, les sept péchés capiteux (Vent d´Ouest, 2014) .
Daniel Casanave, desenhista e autor francês, elaborou os desenhos da obra. Daniel publicou mais de trinta títulos, entre os quais adaptações literárias e livros ilustrados e de literatura infantojuvenil. Ele é coautor da HQ Sapiens com o mundialmente consagrado Yuval Harari.
A Incrível História do Vinho foi best-seller na França, com mais de 85 mil exemplares vendidos e já foi publicado em alemão, espanhol, inglês, russo, chinês e coreano. A obra trata do vinho desde a Mesopotâmia aos nossos dias, narrando dez mil anos de aventuras. Hoje no mundo incríveis 32,5 bilhões de garrafas de 750ml de vinho são consumidas anualmente. São cinco garrafas por habitante do planeta, crianças e idosos inclusos. O vinho é bebida universal e sua história se confunde com a do mundo e com a própria história da humanidade.
Na obra um Baco, Deus romano do vinho, em versão hipster e moderninha, nos conduz com humor e através das ilustrações em cores, por todos os milênios dessa bebida que se relaciona com trabalho, vida cotidiana, relações sociais, amor, amizade , filosofia, religião e tantos outros aspectos essenciais das pessoas e do mundo.
No princípio o vinho era licoroso, aromatizado, acrescido de mel ou de óleo e diluído com água antes de ser bebido. A mitologia grega transborda de alusões ao vinho e, na Bíblia, ao final do dilúvio, Noé planta uma.... vinha! O vinho civiliza os homens, humaniza os deuses e, no final da Antiguidade, o vinho gaulês já era muito exportado. Com a queda do Império Romano, a Igreja e os monastérios passam a perpetuar o savoir-faire da vitivinicultura e na Idade Média o vinho enfim começa a se parecer com o que conhecemos hoje. Bispos foram alguns dos principais vitivinicultores da época. O advento dos barris de carvalho e a invenção da garrafa no século XVII revolucionaram a estocagem e a enologia se tornou uma arte do bem viver. As grandes navegações levaram o vinho para o Novo Mundo. Em metade dos países do mundo o vinho é produzido.
Segundo os resquícios arqueológicos mais antigos de que se tem notícia, os mesmos situam o surgimento do vinho na Mesopotâmia e na Anatólia, há, pelo menos, dez mil anos, ainda na fase pré-histórica. O líquido fermentado a partir do mosto de uvas se tornou a bebida da globalização, fabricada em quase todo o mundo, desde o coração da África a megalópoles como Hong Kong.
A Incrível História do Vinho (L&PM Editores, 304 páginas, R$ 118,90), é a primeira grande história do vinho em quadrinhos, com textos de Benoist Simmat, jornalista de economia e escritor francês especializado em vinhos, autor de cerca de trinta títulos sobre pecados capitais, culinária e imortalidade, entre outros. Simmat escreveu os conhecidos L´Incroyable histoire da la cuisine (Les Arénes, 2021), L´Incroyable histoire de l´immortalité (Les Arénes, 2021) e Robert Parker, les sept péchés capiteux (Vent d´Ouest, 2014) .
Daniel Casanave, desenhista e autor francês, elaborou os desenhos da obra. Daniel publicou mais de trinta títulos, entre os quais adaptações literárias e livros ilustrados e de literatura infantojuvenil. Ele é coautor da HQ Sapiens com o mundialmente consagrado Yuval Harari.
A Incrível História do Vinho foi best-seller na França, com mais de 85 mil exemplares vendidos e já foi publicado em alemão, espanhol, inglês, russo, chinês e coreano. A obra trata do vinho desde a Mesopotâmia aos nossos dias, narrando dez mil anos de aventuras. Hoje no mundo incríveis 32,5 bilhões de garrafas de 750ml de vinho são consumidas anualmente. São cinco garrafas por habitante do planeta, crianças e idosos inclusos. O vinho é bebida universal e sua história se confunde com a do mundo e com a própria história da humanidade.
Na obra um Baco, Deus romano do vinho, em versão hipster e moderninha, nos conduz com humor e através das ilustrações em cores, por todos os milênios dessa bebida que se relaciona com trabalho, vida cotidiana, relações sociais, amor, amizade , filosofia, religião e tantos outros aspectos essenciais das pessoas e do mundo.
No princípio o vinho era licoroso, aromatizado, acrescido de mel ou de óleo e diluído com água antes de ser bebido. A mitologia grega transborda de alusões ao vinho e, na Bíblia, ao final do dilúvio, Noé planta uma.... vinha! O vinho civiliza os homens, humaniza os deuses e, no final da Antiguidade, o vinho gaulês já era muito exportado. Com a queda do Império Romano, a Igreja e os monastérios passam a perpetuar o savoir-faire da vitivinicultura e na Idade Média o vinho enfim começa a se parecer com o que conhecemos hoje. Bispos foram alguns dos principais vitivinicultores da época. O advento dos barris de carvalho e a invenção da garrafa no século XVII revolucionaram a estocagem e a enologia se tornou uma arte do bem viver. As grandes navegações levaram o vinho para o Novo Mundo. Em metade dos países do mundo o vinho é produzido.
A propósito
Nesta deliciosa e inebriante obra os autores mostram a todos os muitíssimos bebedores de vinho a importância dos terroirs, a magia dos grands crus, os principais avanços tecnológicos (como a rolha de cortiça e a denominação de origem), o surgimento dos vinhos biodinâmicos e trinta e duas páginas especiais sobre o vinho rosé. Em cada seis garrafas de vinho consumidas no mundo, uma é do democrático rosé, que dispensa classificação e denominação de origem. A fascinante história do vinho rosé ainda é larga e injustamente ignorada. Hoje temos vinhos mais “ecológicos”, com cultivos mais naturais e novas fronteiras para o vinho. Tibete, selva africana e ilhas do pacífico estão produzindo e há quem diga que até o final do século todos os países do globo terão seus próprios vinhedos. Salute! Viva Bento Gonçalves, presente de Deus para a humanidade, Capital Brasileira do Vinho e terra repleta de bens humanos, espirituais, etílicos e materiais.


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