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Livros

- Publicada em 08 de Setembro de 2022 às 18:04

A liberdade por F. A. Hayek

Os milênios vão passando e os seres humanos seguem debatendo as eternas e cruciais questões que envolvem estado, democracia, indivíduos, coletivo e liberdade. 'A Constituição da Liberdade' (Avis Rara - Faro Editorial, 480 páginas, R$ 94,90), obra publicada pelo grande professor, pensador e escritor austríaco F.A. Hayek, originalmente escrita em 1959, é considerado, por muitos, como um dos grandes clássicos da filosofia política do século XX.
Os milênios vão passando e os seres humanos seguem debatendo as eternas e cruciais questões que envolvem estado, democracia, indivíduos, coletivo e liberdade. 'A Constituição da Liberdade' (Avis Rara - Faro Editorial, 480 páginas, R$ 94,90), obra publicada pelo grande professor, pensador e escritor austríaco F.A. Hayek, originalmente escrita em 1959, é considerado, por muitos, como um dos grandes clássicos da filosofia política do século XX.
F.A. Hayek recebeu o prêmio Nobel de Economia em 1974, escreveu mais de 15 livros, entre os quais "Direito, Legislação e Liberdade", que será publicado no Brasil pela Faro Editorial - que já publicou entre nós "Os erros fatais do socialismo", "O Renascimento do Liberalismo" e "A ordem econômica e a livre iniciativa".
'A Constituição da Liberdade' mostra a defesa dos princípios de uma sociedade livre, lançando um olhar cético sobre a criação de muitas leis em prol do elevado bem-estar social e examinando os desafios à liberdade colocados por um Estado em constante expansão - bem como seu efeito corrosivo na criação, preservação e utilização de conhecimento. Hayek contraria os que exigem que o poder público desempenhe um papel maior na sociedade e apresenta argumentos para a prudência. Para o autor, um sistema de livre mercado em uma política democrática representa a melhor chance para a existência contínua da liberdade.
Atingindo um equilíbrio entre ceticismo e esperança, os brilhantes insights de Hayek são mais oportunos e mais bem-vindos em nosso país, num momento em que as discussões sobre a necessidade de uma revisão da nossa constituição começam a acontecer.
Segundo o 'The New York Times', a obra é "um estudo reflexivo, muitas vezes mordaz, sobre a natureza de nossa sociedade ocidental e seu pensamento dominante por alguém que se opõe apaixonadamente à coerção de seres humanos pela vontade arbitrária de outros, que coloca a liberdade acima do bem-estar e acredita na prosperidade como resultado."
 

Lançamentos

  • Ícaro Acorrentado (Editora Calypso, R$ 25,00) é o 23º livro da jornalista, poeta e escritora Susana Vernieri, que apresenta 24 pequenos textos (poemas, contos) que versam sobre a palavra e a falta desse mágico atributo humano, será lançado dia 29/09, às 17h, no Café do Avesso (Rua da República, 303, bairro Cidade Baixa).
  • Tudo que você sempre quis saber sobre os homens que amam cinema (Autografia, R$ 44,90; 218 páginas) de Axel B., economista, mestre em Planejamento Urbano e Regional e Doutor em Questões Ambientais traz sensíveis, belos e densos textos sobre filmes e homens e como entender os homens através de grandes filmes.
  • O apartamento de Paris (Editora Intrínseca, 336 páginas, R$ 47,00) da escritora Lucy Foley, é um suspense imprevisível ambientando num prédio chique de Paris. Ela escreveu os best-sellers A última festa e A lista de convidados. Um socialite, um bonzinho, um bêbado, uma angustiada e a concierge estão na lista que detém a chave para o mistério.

História da música em Porto Alegre por Arthur de Faria

Porto Alegre, como a gente sabe, é uma cidade cinemeira e cervejeira. Nossa cidade é um rico mosaico étnico e cultural e também é uma cidade marcada por uma importantíssima história musical. Ritmos açorianos, músicas de origem italiana e alemã, samba, mpb, jazz, rock, hip hop, nativismo e música erudita nunca faltaram na capital, onde nasceram, entre outros gigantes, Elis Regina, considerada por muitos a maior cantora brasileira; Lupicínio Rodrigues, um de nossos maiores compositores; e Radamés Gnattali, grande arranjador, compositor e pianista. Como disse Erico Verissimo, há umas sete ou oito décadas atrás, com orgulho, certa vez, "eu venho de uma cidade que tem uma orquestra sinfônica".
Porto Alegre - Uma Biografia Musical - Volume 1 (320 páginas, Arquipélago, R$ 79,90) do consagrado músico, arranjador, compositor, produtor e diretor cultural e escritor Arthur de Faria, por sua amplitude, rigor, consistência e profundidade, é obra que nasce clássica e referencial, cobrindo nossa história musical desde o início do povoamento até o final da Era do Rádio, no começo dos anos 1960, passando pelo folclore açoriano, pelos vários carnavais, pelas junções de rua, pelo surgimento dos primeiros espaços culturais e pela era do jazz. Após a era do rádio, a televisão e o videoteipe revolucionaram o mundo da música. O livro celebra, com muito amor, os 250 anos de Porto Alegre.
Depois de 32 anos de envolvimento do autor com os temas da obra, revirando os mais variados acervos e entrevistando personagens e pesquisadores em busca de relatos, textos, imagens e sons que o ajudassem a reconstruir nossa memória musical, Arthur nos oferece uma prosa solta e bem-humorada e mostra a formação da cidade de uma perspectiva musical, porém indissociável dos acontecimentos políticos e sociais que se entrelaçam na narrativa.
Arthur nos fala, de início, em nossas origens, quando viveram em Porto Alegre os povos Minuano, Charrua, Tapes e Guarani-Mbya. Logo após, conta a saga dos gaúchos que levaram o maxixe a Paris. No capítulo seguinte, o livro traz a utopia da Casa A Eléctrica, a segunda fábrica de discos do Brasil, que foi objeto de um importante livro do pesquisador e músico porto-alegrense Hardy Vedana.
Um capítulo inteiro do livro é dedicado, com justiça, a Octávio Dutra, astro-rei da cena musical da cidade nas primeiras décadas em várias atividades como professor, músico, compositor e até diretor de blocos de carnaval e estudantinas.
Nos demais capítulos, o autor trata desde a Belle Époque até a era do jazz, de Dante Santoro, de Paulo Coelho, Chiquinho do Acordeom, Edu da Gaita e da Era do Rádio, sempre com amparo em grandes pesquisas e através de linguagem afetiva e bem-humorada, que sintoniza bem com nossa rica e diversificada história musical.

A propósito...

Arthur de Faria, que já escreveu Um século de música no Rio Grande do Sul e Elis: uma biografia musical, está preparando novos livros sobre a vida musical de Lupicínio Rodrigues e Radamés Gnattali e pretende, também, escrever sobre rock e nativismo gaúchos, com foco em Porto Alegre. Enfim, a história da Capital gaúcha não pode prescindir da história da música e dos músicos na cidade. As várias épocas, músicos, palcos e plateias e as várias trilhas sonoras merecem o devido e competente registro e devemos agradecer e comemorar a paixão de Arthur de Faria por nossa música e saudar seu talento multimídia. No final do livro, agradecimentos às pessoas que ajudaram a financiar a obra e aos que prestaram depoimentos, bem como excelente bibliografia sobre o tema central da obra.. (Jaime Cimenti)