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Livros

- Publicada em 24 de Junho de 2022 às 00:56

Personagens icônicos, absurdos e mordacidade


EDITORA INTRÍNSECA/DIVULGAÇÃO/JC
O aclamado romance policial noir Trem-Bala (Editora Intrínseca, 464 páginas, R$ 69,90, tradução de André Czarnobai), do internacionalmente premiadíssimo autor japonês Kotaro Isaka, é um dos maiores fenômenos editoriais do Japão. Kotaro já vendeu mais de 700 mil exemplares do livro no Japão , milhões de exempares contando suas outras obras, que já renderam adaptações audiovisuais.
O aclamado romance policial noir Trem-Bala (Editora Intrínseca, 464 páginas, R$ 69,90, tradução de André Czarnobai), do internacionalmente premiadíssimo autor japonês Kotaro Isaka, é um dos maiores fenômenos editoriais do Japão. Kotaro já vendeu mais de 700 mil exemplares do livro no Japão , milhões de exempares contando suas outras obras, que já renderam adaptações audiovisuais.
Trem-bala foi adaptado em grande estilo para a telona, com status de superprodução de Hollywood, estrelado por Brad Pitt e Sandra Bullock, entre outros astros, com direção de David Leitch, e estará nos cinemas neste mês de julho.
Com humor sagaz, ritmo veloz e um enredo cheio de reviravoltas, o autor acrescenta personagens com personalidades dúbias e icônicas e tipos como o jovem Satoshi, que parece um aluno exemplar e tem uma fachada inocente, mas no fundo é um psicopata extremamente cruel. Por culpa dele o filho de Kimura está em coma e, ao embarcar no trem-bala, o pai busca vingança. Logo os dois verão que há mais pessoas perigosas viajando no trem, onde toda a narrativa trepidante se desenvolve.
Em vagões próximos a Satoshi e Kimura, estão o desajeitado Nanao - talvez o assassino mais azarado do mundo - e a letal dupla Tangerina e Limão. Uma mala misteriosa vai aparecer e tornar ainda mais tenso o encontro dos cinco personagens que se cruzam de forma dramática. O que será que os cinco estão fazendo, viajando no mesmo trem?
O romance mostra bem o talento de Isaka que desde 2000, com a publicação do primeiro livro, se consolidou como um best-seller no Japão, com uma linguagem que não apela para clichês e que ele utiliza para envolver os leitores com personagens bem construídos e enredos altamente cativantes. As narrativas de Isaka, com muita ação e suspense, não por acaso tem sido adaptadas para meios audiovisuais e especialmente no longa metragem protagonizado por Brad Pitt, em cartaz neste mês de julho.
 

Lançamentos

De Trump a Biden - Partidos, políticas, eleições e perspectivas (INCT-INEU, Editora Unesp, 384 páginas, R$ 69,00), organizado por Sebastião C. Velasco e Cruz e Neusa Maria P. Bojikian traz 17 ensaios sobre sistema partidário dos EUA, temas de política governamental e conjuntura política de 2020.
Uma dor perfeita (Alfaguara, 152 páginas, R$ 54,90), do escritor premiado Ricardo Lísias, é um romance impressionante sobre os efeitos da pandemia e sobre uma família que, à beira do fim, permanece unida. O relato tomou por base o drama da internação do autor com Covid-19.
17 de Junho de 1904, O dia que não amanheceu (Caravana Editora), do escritor e anti-poeta Mateus Machado, autor do romance As hienas de Rimbaud, traz artigos e ensaios sobre James Joyce, autor do clássico Ulysses. O livro comemora os cem anos de lançamento de Ulysses, que revolucionou a literatura universal.
 

Ciência, política e eleições

O Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico foi criado por meio de duas leis, sancionadas em datas diferentes. Em 2001, por meio da Lei n. 10221/2001, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou o Dia Nacional da Ciência, para comemorar a data em todos os estabelecimentos educacionais do país.
Em 2008, o ex-vice-presidente José de Alencar, via Lei n.11807 /2008, sancionou o Dia do Pesquisador. As datas são celebradas no dia 8 de julho, dia da criação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. A SBPC é uma entidade civil, sem fins políticos ou posições partidárias, que desenvolve atividades para expandir e aperfeiçoar os sistemas de ciência e tecnologia.
Muito embora a ciência não tenha resolvido todos os nossos problemas e nem dado resposta a nossas indagações sobre muitos aspectos, o fato é que, por exemplo, a ciência foi a principal arma para o combate à pandemia da Covid-19. Os progressos científicos e tecnológicos, especialmente dos últimos cem anos, são enormes e possibilitaram, por exemplo, mais e melhores anos de vida para nós e conhecimentos mais aprofundados sobre muitas áreas. Saneamento, medicamentos, métodos de cura, informação, comunicação, educação e tantos outros aspectos da vida humana foram objeto de melhoras e desenvolvidos pela ciência, que, ao fim e ao cabo, deve ser utilizada de forma democrática e plural, sem sectarismos e longe de partidarizações.
Nesse período de eleições, por certo as ciências humanas e as exatas são importantíssimas para os eleitores acompanharem a campanha, ouvirem as propostas e escolherem seus candidados. Nesse sentido, seria interessante que os candidatos e partidos explicitassem devida e claramente seus planos de governo e que, de preferência, utilizassem, tanto quanto possível, critérios científicos para embasá-los e apresentá-los. Agressões de lado a lado e ataques pessoais não somam para ninguém, e reduzem a importância que têm as eleições.
Mesmos que alguns cientistas - especialmente os da área de ciências humanas - utilizem critérios às vezes nem tanto científicos para embasar suas colocações, preferindo dar ênfase à defesa de ideologias e interesses de grupos, ao final os eleitores saberão fazer a leitura adequada e separar o joio do trigo, a verdade da mentira e o uso da ciência para fins pessoais, partidários e/ou meramente eleitoreiros. O tempo e o povo são os melhores juízes e ninguém engana todo mundo, todo o tempo. As pessoas acabam descobrindo muito bem quem tentou se utilizar de critérios pseudo-científicos para buscar vantagem a qualquer preço, pensando que pode enganar a sociedade.
Nesse momento no qual as fake news e outras manipulações andam muito presentes nas redes sociais, o papel da ciência cresce e o uso dos critérios científicos possibita aos eleitores receber e analisar informações, opiniões, análises e interpretações, especialmente as das variadas mídias, com mais segurança.

A propósito...

Enfim, este dia oito de julho merece comemorações e homenagens à Ciência, aos Cientistas e às verdadeiras instituições científicas, de todas as áreas, por todos nós que nos beneficiamos das conquistas da ciência e da tecnologia. Nos cabe, todavia, pedir aos cientistas e aos institutos ligados às ciências que preservem os bons critérios científicos e que não utilizem a ciência ou a "pseudo-ciência" para os fins estreitos e indevidos de interesses de partidos, ideologias ou grupos por vezes minoritários. Ciência, na medida de todo o possível, deve beneficiar a coletividade, deve ser plural, democrática, visar o bem comum, a proteção da vida e o desenvolvimento humano em todas as áreas que for possível. Nestas eleições, a ciência ajudará os eleitores a votarem de modo informado, consciente e certamente a sociedade, como um todo, será beneficiada.