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Coluna

- Publicada em 12 de Junho de 2015 às 00:00

O corpo encontrado 35 anos depois


DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Cova 312 (Geração Editorial, 344 páginas, R$ 39,90) da premiadíssima escritora Daniela Arbex, mais de 20 prêmios nacionais e internacionais, entre eles, três Esso, revela um segredo militar sobre um corpo de um guerrilheiro que ficou desaparecido durante trinta e cinco anos. Menos de dois anos atrás, Daniela publicou o best-seller Holocausto brasileiro, que chocou e comoveu mais de 100 mil leitores brasileiros e portugueses, narrando a tragédia de 60 mil mortos num hospício de Minas Gerais.
Cova 312 (Geração Editorial, 344 páginas, R$ 39,90) da premiadíssima escritora Daniela Arbex, mais de 20 prêmios nacionais e internacionais, entre eles, três Esso, revela um segredo militar sobre um corpo de um guerrilheiro que ficou desaparecido durante trinta e cinco anos. Menos de dois anos atrás, Daniela publicou o best-seller Holocausto brasileiro, que chocou e comoveu mais de 100 mil leitores brasileiros e portugueses, narrando a tragédia de 60 mil mortos num hospício de Minas Gerais.
Em Cova 312 - A longa jornada de uma repórter para descobrir o destino de um guerrilheiro, derrubar uma farsa e mudar um capítulo da história do Brasil, Daniela relata como o jovem guerrilheiro Milton Soares de Castro, integrante do primeiro e frustrado grupo pós-golpe de 1964, acabou. A guerrilha teria início na Serra do Caparaó, com apoio de Cuba e do ex-governador Leonel Brizola, cunhado do presidente João Goulart. Milton foi preso em 1967 e levado à Penitenciária de Linhares, em Juiz de Fora, Minas Gerais, onde viveu seu horroroso calvário e morreu.
O tema é pesado, e histórias semelhantes já foram contadas. Milton Soares de Castro era um guerrilheiro desconhecido e o único civil da guerrilha do Caparaó. Foi o único encontrado morto na Penitenciária de Linhares, um dos presídios políticos mais importantes do País. O livro nasceu de uma reportagem premiada em 2002 (Esso, Vladimir Herzog e o europeu Natali Prize), foi fruto de muitas investigações e viagens e, acima de tudo, é interessante pela forma como foi escrito e pela linguagem fluida, atraente, poética e, em alguns casos, até divertida. Daniela humaniza os personagens e coloca bem suas múltiplas facetas.
A orelha está assinada pelo escritor e editor Luiz Fernando Emediato, autor de O outro lado do paraíso, que escreve: “uma investigação que poderia ser rigorosamente fria transforma-se, nas mãos de Daniela, numa história cheia de ação e sentimentos”.
No prefácio, Laurentino Gomes diz: “Boa reportagem, talento, experiência, tempo, dedicação, sentido de responsabilidade social e compromisso honesto com as necessidades dos leitores. Essas e outras importantes lições estão presentes neste novo livro de Daniela Arbex”.
O trabalho de investigação e levantamento de dados foi longo, minucioso, levou 12 anos. Porões da história e vários estados brasileiros foram visitados, na busca das peças perdidas do quebra-cabeças. Milhares de documentos, mais de 50 entrevistas e um longo caminho de volta até o coração da família de Milton, no Rio Grande do Sul, foram necessários para a composição da obra. O resultado aí está, relatando a história de Milton, do presídio e da busca pela verdade.

E palavras...

Dia dos namorados
No dia dos namorados, o que falar do amor? Que ele tem de vencer no final, ou também no meio e no início? Que ele é o melhor e maior que temos na vida? Que depois de uma semana com muitas ou poucas coisas feitas, no domingo de noite, nada vale se não estamos nos amando, a alguém ou aos outros? Que dizer do amor? Que ele é maior do que os mares, que as galáxias, que os universos? Ou será que é melhor não dizer nada, deixar falar o som do silêncio e, simplesmente, amar?
Muitas perguntas. Amor não gosta de pergunta. Amor que pergunta não é. Amor afirma, manda ver. Toda maneira de amor vale a pena, toda maneira de amor vale amar, o Milton Nascimento já cantou a pedra em 1975. Essas conversas sobre comerciais com gays para dia dos namorados ou aquela discussão sobre beijo na boca de velhas namoradas na novela das 21h deveriam estar enterradas, já estão velhas. Ou deveriam estar. O problema é não amar.
Há quem ainda diga que o amor de mãe é o tal, inigualável. Os da turma do eu me amo demais, não posso viver sem mim, dizem que o único amor eterno é o amor próprio. Há os que gostam de amar só animais, árvores, fotografias, velhas lembranças ou coleções de elefantes de porcelana, marfim, madeira, gesso ou o que for. Como dizia o outro, o amor não tem fronteiras. Bom, amizade é o amor que não acaba. Ou não? Vai saber. O problema é não amar.
No dia dos namorados, quem tem o seu par pode aproveitar para, com alguma calma possível nesses dias, trocar olhares, apertos de mão, afagos, abraços, silêncios, palavras, beijos e tudo o mais, coisas e gestos simples, que tantas vezes ficam para trás por causa de telefones, ruídos, pressa, falta de comunicação e outras coisinhas deste mundo, onde crianças curtem smartphones e mulheres adultas pintam desenhos de livros.
Nesse mundo tecnológico, hiper isso e aquilo, palavroso, barulhento, populoso, solitário e cheio de nove horas, ainda há espaço para o simples, para o lento e elegante, para a graça de coisas que muita gente acha que não tem graça nenhuma. Tem de haver tempo até para pensar sobre o próprio tempo, esse tema tão atemporal. O tempo se vinga das coisas feitas sem a colaboração dele, sempre é bom lembrar. O tempo sabe tudo e segue sendo o melhor analista, crítico e juiz.
Amores que foram, que estão aí, que virão. Amores platônicos que não foram curados por transadas homéricas. Amores imaginados, amores por astros e estrelas de cinema distantes. O amor segue matéria-prima dos dias, dos cronistas, dos escritores e de todo mundo. Só não é dos que nunca amaram, dos que se desiludiram e aferrolharam de vez o coração e dos que não pularam os muros da timidez.
Dia dos namorados é o dia do amor. Dia de dispensar até cadeados, promessas, papéis, anéis ou outras juras de amor eterno. Quem quiser jurar amor para sempre, ok. Mas dia dos namorados não é dia de casamento, assinatura de contrato ou coisa assim. É dia de pensar que que poderá ser sempre assim, sem pensar, quase ou só sentir.

A propósito...

É isso. No dia dos namorados, o dia do amor, se ame, ame sua namorada, seu namorado, sua família, seus amigos. Ame uma planta, um animalzinho, um livro, uma obra de arte, uma causa, uma utopia, mas não uma distopia, por favor, menos. Ame o que você quiser, mas ame, que só o amor vai acabar com esse ódio mundial aí. Ame o amor, mesmo quando você estiver pensando que é o náufrago de uma ilha imaginária.
Ame. Desame. Ame de novo, dê vexame, como dizia o psi Roberto Freire. O amor é a grande solução, a grande resposta, a grande entrada e saída, o grande lance ou o grande rolo. O resto tudo a gente criou para se ir se distraindo entre o nascimento e a morte. (Jaime Cimenti)

Lançamentos

  • O homem mais procurado (Record, 350 páginas), do consagrado John Le Carré, autor de O espião que sabia demais e outros livros de sucesso, inspirou o filme estrelado por Philip Seymour e Rachel McAdams. Na obra, um checheno muçulmano entra em Hamburgo e acaba envolvendo três pessoas num caos. O New York Times classificou a obra como “o romance mais impactante desse escritor”.
  • A mais pura verdade (Novo Conceito, 222 páginas, tradução de Leonardo Castilhone) é o romance de estreia do norte-americano Dan Gemeinhart. Conta a história de Mark, menino normal, mas com uma doença que o hospitaliza. Ele foge com uma máquina fotográfica, um caderno, seu cachorro e a ideia de alcançar o topo do Monte Rainier, nem que seja o último ato de sua vida.
  • Saia do piloto automático e lidere seu destino - Um guia de autoliderança para fazer a vida valer a pena (Buqui, 336 páginas, R$ 44,00), de Domi Müller, empresário e especialista em liderança, inspira os leitores a usarem seus corações e mentes para traçarem os próprios destinos. Apresentações de Richard Daft, Hans Donner, Marlin Kohlrausch, Rodrigo Abreu, Artur Grynbaum e Ricardo Bomeny.
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