Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Coluna

- Publicada em 28 de Novembro de 2014 às 00:00

Guia completo da arte ocidental


Jornal do Comércio
História ilustrada da arte: os principais movimentos e as obras mais importantes (Publifolha, 402 páginas, tradução e consultoria de Maria da Anunciação Rodrigues, R$ 99,00), com consultoria geral do professor inglês Ian Chilvers, em síntese, é um guia completo, com textos e ilustrações, para entender a evolução das artes visuais no Ocidente, através de um extenso panorama, biografia de artistas e contextualização histórica.
História ilustrada da arte: os principais movimentos e as obras mais importantes (Publifolha, 402 páginas, tradução e consultoria de Maria da Anunciação Rodrigues, R$ 99,00), com consultoria geral do professor inglês Ian Chilvers, em síntese, é um guia completo, com textos e ilustrações, para entender a evolução das artes visuais no Ocidente, através de um extenso panorama, biografia de artistas e contextualização histórica.
Da Pré-história à Idade Média é o título da primeira parte da obra, assinada por Iain Zaczek, autor de mais de trinta livros e especializado em arte celta e pré-rafaelita. Artes egípcia, grega e romana; primeiros cristãos e bizantinos; alta idade média e românico e gótico são os capítulos desta parte inicial.
Renascimento e Maneirismo, da escritora e historiadora Jude Welton, é a segunda parte do livro. O início do renascimento, o florescer, o alto renascimento, o renascimento veneziano e o do norte da Europa, o maneirismo italiano e fora da Itália, são os capítulos que mostram o importante período. Do Barroco ao Neoclassicismo, terceira parte, também de Ian Zaczek, fala de barroco italiano, flamengo e espanhol, holandês e francês, do rococó francês e fora da França e do neoclassicismo.
O Século XIX, da editora, escritora e historiadora Caroline Bugler, quarta parte, trata de romantismo, paisagem romântica, pré-rafaelitas, realismo, impressionismo, pós-impressionismo e simbolismo. A quinta parte, A Arte Moderna, assinada pela escritora e editora Lorrie Mack, trata de expressionismo, cubismo, início da arte abstrata, dadaísmo e surrealismo, expressionismo abstrato, pop art e op art, abstração recente e da tradição figurativa.
Aliando textos e imagens, em uma abordagem inovadora, a obra traz linhas do tempo, descreve a evolução da arte através das principais obras, aponta as fontes de inspiração e, importante, informa sobre momentos históricos e dados biográficos dos artistas, contextualizando as análises.
Em poucas centenas de páginas, o leitor poderá percorrer os milênios importantes para a história da arte. Nas páginas finais, um glossário, índice dos artistas e índice geral desta obra que mostra desde os primórdios da arte até as manifestações atuais, numa viagem estimulante pela arte, que está sempre em movimento.

Lançamentos

  • Jesus e as origens do Ocidente (BesouroBox, 352 páginas, terceira edição), do escritor e professor J. H. Dacanal, é um denso, longo e erudito texto sobre uma busca de cinco anos do autor atrás da verdade histórica. Dacanal quis compreender quem fora Jesus de Nazaré e por que seus seguidores, derrotando os Césares de Roma, haviam transformado seu Mestre em ícone máximo da Cristandade e em símbolo perene da civilização ocidental. Ao final, as dezenas de títulos da bibliografia que o autor utilizou, para tentar responder grandes questões.
  • Esta pele que eu não quero mais (wwlivros, 120 páginas) é a estreia em livro individual da professora e escritora Jussara Nodari Lucena. São vinte e quatro contos, apresentados por Valesca de Assis, Luís Augusto Fischer e Marcelo Spalding, que demonstram maturidade temática e estilística, tratando de personagens, cenários e enredos cotidianos. Jussara é boa leitora,  já recebeu prêmios, publicou em antologias e deixou o tempo fazer sua parte imprescindível. O resultado é uma obra que deve ser saudada, que veio para ficar, como escreveu Valesca de Assis.
  • Dora (Libretos Poche, 180 páginas), romance de estreia da jornalista e escritora paulista Meire Brod, aborda o relacionamento de mãe e filha. A menina tornou-se mulher e precisa retornar à casa da mãe, que está em fase difícil, precisando de apoio. O reencontro é doce, instável e incômodo. Mas elas rememoram fatos, brincadeiras, retomam desajustes, amores e mentiras, em meio a alguma tristeza. O sentimento entre as duas, residual, recorrente, permanece, mesmo com a fragilidade em que se encontra a mãe. 
  • Romance do bordado e da pantera negra (Iluminuras, 64 páginas), conto de Raimundo Carrero e Ariano Suassuna, com ilustrações em forma de xilogravuras de Marcelo Soares, consolida o encontro dos dois autores, em um momento definitivo do Movimento Armorial. O conto e o cordel ficaram, misteriosamente, perdidos por cinquenta anos e, agora, recuperados, os leitores podem apreciá-los. Raimundo escreveu o conto O bordado, a pantera negra e Ariano imediatamente o transformou em um folheto de cordel.

E palavras...

Está difícil a vida de cronista?
A coisa não está fácil para ninguém, se é que algum dia esteve fácil, neste mundo de Deus. Antigamente tinha umas “facilidades” de Direito aí nas cidades do interior, o cara ia lá fazer as provas e, depois de algum tempo, tudo correndo bem, pegava o canudo, se fantasiava de doutor com terno e gravata, colocava um anelão de ouro e rubi no dedo e saía garganteando bem por aí, com certa facilidade.
Hoje, para os cronistas “autorreferentes”, a coisa está até bem, o cara fica falando das joias, dos brilhantes e do ouro de seu maravilhoso umbigo, das abelhas da casa da infância, das rendas da vovó e outros assuntos ou falta de assuntos relevantes. Nem precisa ler os jornais do dia e ouvir as falas das pessoas nas ruas e praças para analisar, comentar e opinar sobre temas espinhosos.
Na época do FHC, muitos cronistas dormiam tranquilos para, de manhã, escreverem contra ele. Era mais fácil. Com a chegada do Lula à presidência, eles ficaram viúvos do FHC e uns acharam até que acabariam desempregados.
Nesse Fla-Flu que virou a política e a vida nacionais, vamos combinar que está complicado para os cronistas opinativos. Se o cara é a favor do governo, os da oposição e os vinte e poucos por cento de brancos, abstenção e nulos ficam de marcação, cobrando coisas. Se o cara ataca o governo, a patrulha governista fica patrulhando, questionando. Se o cronista fica em cima do muro, mandam o cara ir trovar e escrever lá na Muralha da China. Se o cidadão elogia o governo na segunda-feira, critica na terça e não fala nada na quarta, é porque não tem coerência e tal. Complicado, não é? Vai saber.
Vai ver estão certos os escribas “autorreferentes”, desligados de compromissos e engajamentos e atentos só ao que se passa nas pontas de seus narizes. De mais a mais, especialmente lendo a crônica do dia, tem muitos leitores sábios que preferem temas mais leves e querem apenas digerir o café da manhã em paz. Alguém pode ser contra?
Muitos leitores querem ver o circo, os palhaços, os domadores, os tigres, os elefantes e os cronistas pegarem fogo. Cada um na sua. Cada um no seu quadrado, com seus gostos e direitos.
Pois é, o tempo passa, sempre passa, e os cronistas vão seguindo com sua missão de biografar o cotidiano, registrar algumas coisas e opinar sobre outras, que esse negócio de contar histórias e palpitar só termina quando o homem terminar. Deus nos livre! Arreda, vade retro, distopia apocalíptica! (Jaime Cimenti)

E versos...

A beleza do ponto, da linha e do plano, segundo Platão
A beleza da forma
é beleza que não tem fim,
é uma beleza em forma
que vem de você pra mim.
A forma de uma figura
é bela em si, por natureza,
retilínea ou circular
que se cerca só de beleza.
Belo é o segmento de reta
em sua extensão sem largura
e a curva que a todos deslumbra
com o belo de sua curvatura.
Mas a forma da figura
não tem razão nem porquê:
são linhas, são pontos, são planos
que tenho em mim pra você.
Sérgio Capparelli, em Os cavalos de Einstein - Buracos negros, uivos e quarks poéticos, L&PM Editores
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO