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Coluna

- Publicada em 09 de Março de 2012 às 00:00

Memórias de Lucrecia Bórgia


Jornal do Comércio
Veneno nas veias apresenta, em forma de romance, as memórias de Lucrecia Bórgia, provavelmente o membro mais famoso da família que se notabilizou por assassinar os inimigos com venenos, dedicar-se à lascívia e fazer cálculos precisos para tomar o poder. A obra é do autor canadense M.G. Scarsbrook, pseudônimo literário de Mathew Graham Scarsbrook, roteirista, grande conhecedor da história inglesa e autor do best-seller A conspiração Marlowe. Lucrecia Bórgia tornou-se lendária pela beleza, sexualidade e pelos crimes que cometeu, nos quais utilizava fulminantes poções venenosas. Mas quem foi, de fato, Lucrecia, a filha do Papa Alexandre VI, o patriarca da corrupta e violenta família Bórgia, que na modernidade já rendeu romances, filmes e minisséries de TV? A vida, os costumes, a história e os crimes e as intrigas na Europa do Século XV, com os papas de uma Igreja Católica corrompida mandando nos reis, estão narrados de forma eletrizante. Personagens fascinantes como o próprio Nicolau Maquiavel, autor do clássico O Príncipe, circulam no meio de reis, príncipes, cortesãs, cardeais e artistas, formando um painel rico e extraordinário, muito parecido com os dias atuais, quando governantes, corruptos e poderosos também usam todos os meios possíveis e imagináveis para garantir seu poder, riqueza e privilégios. Os Bórgia tinham origem espanhola, mas reinaram em Roma e no Vaticano por muitos anos, corrompendo príncipes, políticos, artistas, cardeais e bispos. Alexandre, o pai, déspota ambicioso, garantia o poder cometendo crimes, ao lado dos filhos Lucrecia, Juan e César. Os Bórgia levavam plenamente em consideração os conselhos de Maquiavel. Orgias e atos religiosos aparecem envoltos em meio a mortes violentas, na saga desta família destruída pelo excesso de ambição. A narrativa se inicia em 1497, no Carnaval romano, quando Lucrécia sofre uma tentativa de estupro por parte de um guarda de uma família rival dos Bórgia, os Orsini. Seu irmão César a defende e mata o agressor, aumentando a animosidade. Ela percebe que César é arbitrário e violento, ao contrário de Juan, leviano e mulherengo, que aparece morto. Suspeita-se inicialmente dos Orsini, mas Lucrecia passa a desconfiar de César. Ela se casa, por imposição do pai, com um Aragon, membro da Casa Real de Nápoles, e descobre que faz parte de uma família de tarados e criminosos. Geração Editorial, 338 páginas, www.geracaoeditorial.com.br.
Veneno nas veias apresenta, em forma de romance, as memórias de Lucrecia Bórgia, provavelmente o membro mais famoso da família que se notabilizou por assassinar os inimigos com venenos, dedicar-se à lascívia e fazer cálculos precisos para tomar o poder. A obra é do autor canadense M.G. Scarsbrook, pseudônimo literário de Mathew Graham Scarsbrook, roteirista, grande conhecedor da história inglesa e autor do best-seller A conspiração Marlowe. Lucrecia Bórgia tornou-se lendária pela beleza, sexualidade e pelos crimes que cometeu, nos quais utilizava fulminantes poções venenosas. Mas quem foi, de fato, Lucrecia, a filha do Papa Alexandre VI, o patriarca da corrupta e violenta família Bórgia, que na modernidade já rendeu romances, filmes e minisséries de TV? A vida, os costumes, a história e os crimes e as intrigas na Europa do Século XV, com os papas de uma Igreja Católica corrompida mandando nos reis, estão narrados de forma eletrizante. Personagens fascinantes como o próprio Nicolau Maquiavel, autor do clássico O Príncipe, circulam no meio de reis, príncipes, cortesãs, cardeais e artistas, formando um painel rico e extraordinário, muito parecido com os dias atuais, quando governantes, corruptos e poderosos também usam todos os meios possíveis e imagináveis para garantir seu poder, riqueza e privilégios. Os Bórgia tinham origem espanhola, mas reinaram em Roma e no Vaticano por muitos anos, corrompendo príncipes, políticos, artistas, cardeais e bispos. Alexandre, o pai, déspota ambicioso, garantia o poder cometendo crimes, ao lado dos filhos Lucrecia, Juan e César. Os Bórgia levavam plenamente em consideração os conselhos de Maquiavel. Orgias e atos religiosos aparecem envoltos em meio a mortes violentas, na saga desta família destruída pelo excesso de ambição. A narrativa se inicia em 1497, no Carnaval romano, quando Lucrécia sofre uma tentativa de estupro por parte de um guarda de uma família rival dos Bórgia, os Orsini. Seu irmão César a defende e mata o agressor, aumentando a animosidade. Ela percebe que César é arbitrário e violento, ao contrário de Juan, leviano e mulherengo, que aparece morto. Suspeita-se inicialmente dos Orsini, mas Lucrecia passa a desconfiar de César. Ela se casa, por imposição do pai, com um Aragon, membro da Casa Real de Nápoles, e descobre que faz parte de uma família de tarados e criminosos. Geração Editorial, 338 páginas, www.geracaoeditorial.com.br.

e palavras...

Paris de graça, sem passaporte, em promoção
Não só no livro Cidades invisíveis do genial italiano Ítalo Calvino uma cidade contém muitas cidades dentro de si. Porto Alegre tem Londres, Rio de Janeiro, Tóquio, Berlim, Lisboa, Bento Gonçalves e outras cidades importantes em sua geografia. Quer ir a Paris e Versalhes, de graça, sem passaporte, amanhã mesmo? Eu fui. Numa dessas manhãs de março, tipo Cidade-Luz, entrei no portão da rua 24 de Outubro, 200, e fui recebido pela altiva e elegante torre da Hidráulica do Moinhos. Sem pagar, sem lenço, dinheiro ou documento no bolso, entrei naquele clima francês e parisiense. A hidráulica começou em 1904, o prédio foi inaugurado em 1928, inspirado no Palácio de Versalhes, que fica perto de Paris. Tem estilo eclético, com traços positivistas. O que é o estudo e o Google, né? Pois não é uma maravilha caminhar nos jardins que têm arcos de flores, hortênsias, gerânios, gramados, chafariz, laguinho, rosas e muitas outras espécies? Jardins murados, seguros, coisa fina. Não chegam a ser como o Parque da Redenção, a parte mais parisiense de Porto Alegre, mas vale a pena visitar sempre que possível, dar uma caminhada, ler um livro, fazer um piquenique ou simplesmente sentar num banco e meditar sobre o tudo e o nada dessa vida, observando as pessoas e o resto. Sim, os Jardins de Luxemburgo de Paris e outros parques de Paris e de outras cidades são maiores, melhores, mais bonitos, mas ficam para outra viagem. Num dos subsolos dos prédios da Hidráulica está a Galeria de Arte, que ocupa um espaço generoso. A partir do mês que vem, eventos mensais por lá. Se agendem. Pena que a gente não possa subir na Torre da Hidráulica para curtir a vista. Quem sabe a administração pensa nisso? Sem maiores custos ou burocracias, acho que os jardins podem ser melhorados. Já são bonitos, podem ficar mais. No mais, é continuar a caminhar pelas alamedas, especialmente em abril, o melhor mês da cidade, depois de outubro. Abril e outubro, bons meses para ficar por aqui. Vá na Hidráulica. Mesmo no outono ou no inverno. Depois tome um café, uma cerveja, uma água ou um suco por perto e compre frutas, verduras ou flores na banca da esquina da Dr. Vale com a 24. Pode pechinchar um pouco. Ou não, você decide. Comemore o aniversário de Porto Alegre por lá, de repente, com champanhe, vinho, o que preferires. (Jaime Cimenti)

lançamentos

  • Mulheres Perdidas e Achadas - Histórias para acordar tem três obras: Folhetim Mariposa - Uma Puta História, Pombo-Correio - Cartas da Prisão e Almanaque da Maturidade, organizadas por Rosina Duarte, Maira Brum Rieck e Vera Costa. Grupos Como Se Escreve Liberdade?, Renascer da Terceira Idade e um grupo de prostitutas são os autores. Alice editorial, 32, 46 e 42 páginas, www.alice.org.br.
  • A Revolução Portuguesa, de Cláudio de Freitas Augusto, integra a Coleção Revoluções do Século XX, dirigida por Emília Viotti da Costa. O movimento militar iniciado em 25 de abril de 1974, a Revolução dos Cravos, marcou o fim da ditadura Salazarista, uma das mais duradouras do ocidente. Editora  Unesp, 182 páginas, www.editoraunesp.com.br.
  • A última reencarnação do Fausto, peça de Renato Vianna que marcou o Movimento Modernista de 1922, inédita em livro, agora foi editada pela WMFMartinsFontes, com organização de Sebastião Milaré. O texto relê o mito de Fausto e foge do registro realista, com longas rubricas; [email protected].
  • O baú do Tio Quim, narrativa infantojuvenil de Luiz Antonio Aguiar, com ilustrações de Gustavo Piqueira, conta a história de Dedá e sua família a partir de um baú e de um bilhete que vai mexer com o sossego de todos naquela casa. Editora Biruta, 156 páginas, biruta@editorabiruta.

e versos

E quando
Em mim as
coisas já
não forem hei
de levar
o azul inacabado
de Isfahan
e nele dissolver
me
sem distinguir
onde
começo e onde
termino
Marco Lucchesi em Roteiro da Poesia Brasileira, anos 90, Seleção Paulo Ferraz, Global, www.globaleditora.com.br.
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