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Coluna

- Publicada em 23 de Dezembro de 2011 às 00:00

Primeiro livro de contos de Patrícia Melo


Jornal do Comércio
Escrevendo no escuro é o primeiro livro de contos da escritora, dramaturga e roteirista paulista Patrícia Melo, autora de Acqua Toffana, romance de estreia que arrebatou elogios da crítica e dos romances O matador, premiado na França com o Prix Femina, e o Deux Océans e Elogio da mentira, Prêmio Deutscher Krimi Preis (Alemanha). O quarto romance de Patrícia, Inferno, ganhou o prêmio Jabuti, e o quinto e o sexto, Valsa Negra e Mundo Perdido, entraram para o longlist do Internacional Impac Dublin Literary Award. Como dramaturga, escreveu A ordem do mundo e Duas mulheres e um cadáver. Patrícia atualmente vive na Suíça e suas obras já foram publicadas na Alemanha, Inglaterra, Espanha, Holanda, Grécia e China, entre outros países. Escrevendo no escuro demonstra a mesma riqueza na construção das tramas e dos personagens, o mesmo humor e domínio narrativo que caracterizam seus romances e novelas e que mostram o parentesco com a obra de Rubem Fonseca, entre outros. Um marido que contrata uma garota de programa para fazer ciúmes à mulher, um cientista e uma faxineira que se confrontam na hora de descartar o material de pesquisa, um crítico impiedoso que sonha com a glória literária, duas irmãs idosas perplexas com a proximidade da morte, uma médica atormentada na aflitiva espera de sua redenção, uma depiladora chantagista e um artista enfrentando uma doença terminal são alguns dos personagens da jovem escritora Cecília Amaranto. Cecília é a linha unificadora que atravessa a obra, ilustrando a agonia que acompanha o ato de criação e a luta do autor para manter o controle de seus personagens, que, com frequência, assumem os seus próprios destinos. São assassinos, estropiados, esquizofrênicos, canalhas, céticos e putas, entre outras, as criaturas que desafiam a criadora.  Numa brilhante inversão da estrutura narrativa tradicional, por meio de ambiguidades e complexidades, Patrícia Melo desafia o leitor a distinguir ficção dos fatos, fantasia e alucinação do que é “real”. Mas será Cecília somente uma personagem? Ou é um duplo de Patrícia Melo, um “doppelgänger”, que cria vontade própria e passa a reclamar o livre-arbítrio? Difícil saber, mas isso, claro, não importa. Importa o prazer da leitura que os textos de Patrícia proporcionam. Editora Rocco, 192 páginas, R$ 27,00, www.rocco.com.br.
Escrevendo no escuro é o primeiro livro de contos da escritora, dramaturga e roteirista paulista Patrícia Melo, autora de Acqua Toffana, romance de estreia que arrebatou elogios da crítica e dos romances O matador, premiado na França com o Prix Femina, e o Deux Océans e Elogio da mentira, Prêmio Deutscher Krimi Preis (Alemanha). O quarto romance de Patrícia, Inferno, ganhou o prêmio Jabuti, e o quinto e o sexto, Valsa Negra e Mundo Perdido, entraram para o longlist do Internacional Impac Dublin Literary Award. Como dramaturga, escreveu A ordem do mundo e Duas mulheres e um cadáver. Patrícia atualmente vive na Suíça e suas obras já foram publicadas na Alemanha, Inglaterra, Espanha, Holanda, Grécia e China, entre outros países. Escrevendo no escuro demonstra a mesma riqueza na construção das tramas e dos personagens, o mesmo humor e domínio narrativo que caracterizam seus romances e novelas e que mostram o parentesco com a obra de Rubem Fonseca, entre outros. Um marido que contrata uma garota de programa para fazer ciúmes à mulher, um cientista e uma faxineira que se confrontam na hora de descartar o material de pesquisa, um crítico impiedoso que sonha com a glória literária, duas irmãs idosas perplexas com a proximidade da morte, uma médica atormentada na aflitiva espera de sua redenção, uma depiladora chantagista e um artista enfrentando uma doença terminal são alguns dos personagens da jovem escritora Cecília Amaranto. Cecília é a linha unificadora que atravessa a obra, ilustrando a agonia que acompanha o ato de criação e a luta do autor para manter o controle de seus personagens, que, com frequência, assumem os seus próprios destinos. São assassinos, estropiados, esquizofrênicos, canalhas, céticos e putas, entre outras, as criaturas que desafiam a criadora.  Numa brilhante inversão da estrutura narrativa tradicional, por meio de ambiguidades e complexidades, Patrícia Melo desafia o leitor a distinguir ficção dos fatos, fantasia e alucinação do que é “real”. Mas será Cecília somente uma personagem? Ou é um duplo de Patrícia Melo, um “doppelgänger”, que cria vontade própria e passa a reclamar o livre-arbítrio? Difícil saber, mas isso, claro, não importa. Importa o prazer da leitura que os textos de Patrícia proporcionam. Editora Rocco, 192 páginas, R$ 27,00, www.rocco.com.br.

Lançamentos

  • Cenas da vida amazônica, de José Veríssimo e organizado pelo professor Antonio Dimas, da USP, faz parte da Coleção Contistas e Cronistas do Brasil. Apresenta os contos de um dos maiores críticos e historiadores da literatura brasileira. A obra traz O boto, O crime do tapuio e O sertão, entre outros. WMF Martins Fontes, 282 páginas, www.wmfmartinsfontes.com.br.
  • A Descoberta do Frio, do jornalista e escritor paulista Oswaldo de Camargo, novela publicada em 1979, faz parte, com brilho, da vertente literatura negra, no Brasil. Através de um texto bem elaborado, o autor debate racismo, escravidão e outros tópicos da História. Ateliê Editorial, 128 páginas, www.atelie.com.br.
  • Enquanto o vento, da escritora gaúcha radicada em Portugal Tania Alegria, é sua estreia em romance. É um romance de situação, com liguagem altamente elaborada. A ação se passa em meados do século XX, na paisagem árida e pedregosa da Ilha de Apáthia, onde os habitantes vivem enclausurados em uma teia de relações e sentimentos. Movimento, 144 páginas, www.editoramovimento.com.br.
  • Apesar das distâncias, de Penélope Heckmann, traz histórias de famílias italianas e relatos que envolvem pessoas relacionadas ao naufrágio do transatlântico italiano Principessa Mafalda, que afundou no Nordeste do Brasil em outubro de 1927. Lettera, 138 páginas, www.letteradoc.com.br.
  • e palavras...

    Natal em família

    Os sábios italianos dizem “il natale con i tuoi”  (o Natal com os teus) e “capo d’anno con chi vuoi” (Ano-Novo com quem quiseres). Os amargurados dizem que família só é bonita em álbum de retratos, que família é assunto impróprio para menores. Hoje há quem diga que família é um grupo de pessoas que, de vez em quando, dorme debaixo do mesmo teto. Família tantas vezes é tipo casamento-cidadela: quem está dentro quer sair e quem está fora quer entrar. Quem tem muita família ou pequena demais reclama, quem não tem por vezes fica lamentando. Alguns dizem que são melhores os pais, irmãos e outros “parentes” escolhidos/adotados fora da família, tipo amigos, sócios e tal. Ficam falando que não aguentam o fato de que família é imposição, sangue, obrigação e não sei o quê mais. No Natal e no fim do ano isso tudo aumenta de tamanho, toca mais, ao som daquelas antigas musiquinhas de Natal que tocavam nas Lojas Americanas. Pois é, quase todo mundo tem alguns parentes que já foram para o andar de cima, outros que estão aí vivos demais, sei lá. Há quem prefira viajar para bem longe e mandar a família, o Papai Noel e o espírito natalino para longe. Tem os que preferem ficar sozinhos e não querem dividir nem uma mesinha de bar na noite de Natal. Cada um no seu quadrado, cada um carregando suas cruzes e suas estrelas como acha melhor. Óbvio que não estou aí para oferecer regras como presentes de Natal, mas a questão é que uma crônica não deve acabar em ponto de interrogação, em cima do muro. Quem gosta de muralha é chinês ou esses políticos aí que ficam rolando lero sem compromisso. Acho que o espírito natalino deve prevalecer, que ao menos na noite do dia 24 a gente deve dar um tempo para os ressentimentos, os pensamentos negativos e as lembranças tristes. Não importa se sozinho, com os parentes, com os amigos, aqui ou em Madagascar, acho que o lance é passar algumas horas, ao menos, esquecendo certas coisas que a gente fez com os outros e outras que fizeram conosco. Esqueça, perdoe. Se quiser, só perdoe, vá lá. Ano passado ganhei um presente merreca e equivocado de amigo secreto, uma carteirinha feminina surreca e dourada, mas já perdoei o filho da mãe. Ele não sabe o que faz, vamos perdoá-lo, diria Jesus, que ainda e sempre deve ser o nosso  convidado  principal da noite. Dá um sorriso aí, Jesus, é teu aniversário!

    e versos

    “Não faz sentido latir tanto se na verdade você não tem nada a dizer”

    Snoopy

    “Ora. Daqui pra frente, Linus, pense por si só...Não aceite conselhos de ninguém! O livro da vida não tem respostas no final !”

    Charlie Brown

    “A maioria dos psiquiatras concorda que ficar sentado em um canteiro de abóboras é um ótimo tratamento para uma mente perturbada!”

    Linus
    “Se todo mundo concordasse comigo todos teriam razão!”
    Lucy
    Em A vida segundo Peanuts de Charles M.Schulz, L&PM, www.lpm.com.br
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