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Coluna

- Publicada em 19 de Agosto de 2011 às 00:00

Realidade, ficção e a escritora Charlotte Brontë


REPRODUÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Miss Brontë - um romance, da roteirista e escritora norte-americana Juliet Gael, inspirou-se na vida da grande escritora inglesa Charlotte Brontë que, convivendo com suas irmãs Emily e Anne, escreveu clássicos como Jane Eyre, O Morro dos Ventos Uivantes e Agnes Grey. Os livros causaram polêmica no século XIX e a história das irmãs segue despertando o interesse das fãs, estudiosos e curiosos do mundo todo. Cativada pelas empolgantes histórias familiares das três escritoras, Juliet pesquisou vida e obra delas e, ainda, colocou criatividade e fantasia para escrever a narrativa, que parte, especialmente, da relação de Charlotte, a mais velha das irmãs, com o pretendente Nichols, que conheceu em Haworth, em 1845. O leitor vai acompanhar a publicação do primeiro livro sob os pseudônimos de Currer, Ellis e Acton Bell, o comportamento embaraçoso do irmão das autoras, as relações amorosas frustradas, o sucesso, as perdas para a tuberculose e tantos outros fatos que marcaram a vida de Charlotte. Juliet leu todo o trabalho das irmãs Brontë, suas cartas, estudos, biografias, documentos históricos da região e do período em que viveram. Nos pequenos detalhes, nas notas de rodapé e nas entrelinhas das correspondências, principalmente, Juliet encontrou inspiração para criar e romancear a vida da grande narradora. Juliet nasceu em uma pequena cidade de Wyoming, nos Estados Unidos, e finalizou o mestrado em literatura francesa antes de formar-se em cinema pela University of Southern Califórnia e em literatura inglesa pela UCLA, em Los Angeles. Juliet trabalhou como roteirista em Paris e, atualmente, vive em Florença, na Itália. Charlotte viveu sua infância na lúgubre Haworth, uma pequena vila em Yorkshire, Inglaterra, criando com os irmãos histórias de um mundo imaginário. O pai da escritora era um pastor alcoólatra e depressivo e Charlotte nutria por ele amor e ódio. O seu único irmão homem, Branwell, levava vida de vícios e desregrada. Em Londres, Charlotte conheceu a fama, as celebridades e uma vida bem diferente daquela da vila do interior. Mas sua vida ganhou esperança de felicidade quando o pároco-assistente Arthur Bell Nicholls, apaixonado por ela em segredo há muitos anos, passou a cortejá-la. Charlotte anteriormente tinha se apaixonado por seu professor de francês e por George Smith, um jovem e elegante editor, mas, com Nicholls, pensava que o amor feliz tinha chegado. Editora Larousse, tradução de Cristina S. Boa, 400 páginas, R$ 44,90, www.larousse.com.br.
Miss Brontë - um romance, da roteirista e escritora norte-americana Juliet Gael, inspirou-se na vida da grande escritora inglesa Charlotte Brontë que, convivendo com suas irmãs Emily e Anne, escreveu clássicos como Jane Eyre, O Morro dos Ventos Uivantes e Agnes Grey. Os livros causaram polêmica no século XIX e a história das irmãs segue despertando o interesse das fãs, estudiosos e curiosos do mundo todo. Cativada pelas empolgantes histórias familiares das três escritoras, Juliet pesquisou vida e obra delas e, ainda, colocou criatividade e fantasia para escrever a narrativa, que parte, especialmente, da relação de Charlotte, a mais velha das irmãs, com o pretendente Nichols, que conheceu em Haworth, em 1845. O leitor vai acompanhar a publicação do primeiro livro sob os pseudônimos de Currer, Ellis e Acton Bell, o comportamento embaraçoso do irmão das autoras, as relações amorosas frustradas, o sucesso, as perdas para a tuberculose e tantos outros fatos que marcaram a vida de Charlotte. Juliet leu todo o trabalho das irmãs Brontë, suas cartas, estudos, biografias, documentos históricos da região e do período em que viveram. Nos pequenos detalhes, nas notas de rodapé e nas entrelinhas das correspondências, principalmente, Juliet encontrou inspiração para criar e romancear a vida da grande narradora. Juliet nasceu em uma pequena cidade de Wyoming, nos Estados Unidos, e finalizou o mestrado em literatura francesa antes de formar-se em cinema pela University of Southern Califórnia e em literatura inglesa pela UCLA, em Los Angeles. Juliet trabalhou como roteirista em Paris e, atualmente, vive em Florença, na Itália. Charlotte viveu sua infância na lúgubre Haworth, uma pequena vila em Yorkshire, Inglaterra, criando com os irmãos histórias de um mundo imaginário. O pai da escritora era um pastor alcoólatra e depressivo e Charlotte nutria por ele amor e ódio. O seu único irmão homem, Branwell, levava vida de vícios e desregrada. Em Londres, Charlotte conheceu a fama, as celebridades e uma vida bem diferente daquela da vila do interior. Mas sua vida ganhou esperança de felicidade quando o pároco-assistente Arthur Bell Nicholls, apaixonado por ela em segredo há muitos anos, passou a cortejá-la. Charlotte anteriormente tinha se apaixonado por seu professor de francês e por George Smith, um jovem e elegante editor, mas, com Nicholls, pensava que o amor feliz tinha chegado. Editora Larousse, tradução de Cristina S. Boa, 400 páginas, R$ 44,90, www.larousse.com.br.

Lançamentos

  • História do PT, de Lincoln Secco, professor de História Contemporânea da USP e autor de várias obras, conta a história do partido desde o nascimento, mostra o momento histórico complexo atual e, principalmente, fala de condições internas e internacionais do PT. Ateliê Editorial, 318 páginas, www.atelie.com.br
  • Jornalistas-intelectuais no Brasil, do professor Fábio Pereira, prefácio de Cremilda Medina, tem textos sobre Alberto Dines, Antônio Hohlfeldt, Carlos Chagas, Carlos Heitor Cony, Juremir Machado da Silva, Mino Carta, Flávio Tavares, Raimundo Pereira e Zuenir Ventura, sobre intelectualidade, jornalismo, cenário atual e outras essencialidades. Summus Editorial, 184 páginas, www.summus.com.br
  • Para conhecer a Bíblia - um guia histórico e cultural, do professor francês Philippe Sellier, torna compreensíveis a riqueza e a diversidade dos livros que compõem a Bíblia. Cada texto é apresentado de forma breve. Personagens e episódios surgem num relato conciso, organizado e com prazer. WMFMartinsFontes, 334 páginas, www.wmfmartinsfontes.com.br.
  • Os livros que devoraram meu pai - A estranha e mágica história de Vivaldo Bonfim, do escritor, letrista e produtor de filmes de animação Afonso Cruz, levou o Prêmio Maria Rosa Colaço 2009, Portugal. Elias perde o pai de repente, muito cedo. Descobre que ele não morreu e sim desapareceu dentro de um livro, A ilha do dr. Moreau. A avó lhe dá a chave do sótão onde estão os livros do pai. Leya, 112 páginas, www.leya.com.

E palavras...

Qual a melhor parte do ser humano?
Ser humano. Corpo e alma. Depois que o corpo se vai, fica alguma coisa do que não ficou? Sonhos, fantasias, palavras, sentimentos, novas vidas? Conversa longa, infinita, misteriosa. Melhor falar hoje só do corpo. Qual a parte mais importante? Coração? Cérebro? Intestino? O corpo é um todo harmônico, com alguns órgãos ditos vitais, tipo rim, coração. Mas todas as partes são importantes, até o baço, nada vital. Ou o apêndice, que serve para a realização de importantes transplantes em Portugal. A pele pesa muito mais do que o cérebro, sabia? O que é o estudo de almanaque, né? Dizem que a parte mais importante dos psicoterapeutas é o ouvido, pois depois que eles abrem a boca, a gente nota que são iguaizinhos a gente. Só ter alguém para nos ouvir, hoje em dia, já é uma bênção. Vai ver a parte mais importante de todo mundo é o ouvido. O falante muitas vezes não quer nem concordância, só que o outro ouça, ou, ao menos, faça de conta que está ouvindo e faça uma cara de paisagem, mesmo que não esteja escutando. Ouvir é uma coisa, escutar, outra, claro. Claro? O falante muitas vezes nem sabe direito o que está falando e nem ouve direito a própria voz. Hoje em dia todo mundo fala tudo, toda hora, por vários meios, e aí o ouvido é importante, não só porque ouve música e ajuda a compor melodias, mas porque também é capaz de ouvir o som do silêncio. Não os sons do silêncio da linda canção de Simon&Garfunkel, mas o som aquele do silêncio da vida, em meio, por exemplo, aos bosques da Serra gaúcha, nas madrugadas, ou no alto da montanha onde está o Centro Budista, em Três Coroas. Pois é, somos seres contadores e ouvintes de mil histórias e o melhor é ouvir um pouco, falar outro pouco. Ou muito, para quem quiser. Mas não demais. Não é legal ficar vampirizando os ouvidos alheios. Nunca fale mais de quarenta minutos sem parar nos ouvidos dos outros. Olha que eles podem devolver na mesma moeda e aí fica todo mundo tonto,  surdo de tanto falar, rouco de tanto ouvir e não sei o quê mais. Não se esqueça do velho pensamento de sabedoria oriental: o homem tem dois ouvidos e uma boca. Tipo assim, ouvir mais do que falar. Será que ainda é assim? Ouça, fale, olhe, cheire, prove e respire. Ouça, fale, olhe, cheire, prove e respire. Escute o som da vida: ommmmm, ommmm e fique zen.

...E versos

Nanquim
"Não sei de mim
Sei que tenho uma alegria nos olhos
a que a tristeza por vezes faz eclipse,
e que minha vontade é de mergulhar no que
    me aconchega:
a palavra, a caneta...
lambuzar-me na tinta preta,
até me reescrever inteira".
Débora Tavares, em Nanquim, Escrituras, www.escrituras.com.br
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