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Coluna

- Publicada em 01 de Julho de 2011 às 00:00

Thriller com pesada crítica à pena de morte


Jornal do Comércio
Pena de morte é assunto polêmico. Sempre foi e segue sendo. Há quem diga que a pena é um favor da sociedade para determinados criminosos incorrigíveis e que o melhor é a prisão perpétua ou a condenação a prestação de serviços à comunidade. Outros apontam para injustiças históricas de julgamentos e execuções e são contra a pena capital. O romance A confissão, de John Grisham, o papa dos thrillers jurídicos, que marca sua consagradora volta à narrativa longa, lançado há dias no Brasil, é, antes de tudo, uma pesada crítica à pena de morte. Nunca o autor assumiu posição tão clara sobre tema tão polêmico. O livro permaneceu por cinco meses na lista de mais vendidos do The New York Times e chega às livrarias juntamente com a reedição da obra completa do autor pela Editora Rocco, com novo e sofisticado projeto gráfico. Grisham já vendeu a bagatela de 275 milhões de exemplares em 29 idiomas. A narrativa traz o protagonista Donté Drumm, condenado por um crime que não cometeu, o assassinato de sua colega de escola Nicole Yarber. A menos de uma semana para a data da execução, o verdadeiro assassino, Travis Boyette, aparece para assumir a culpa. Travis é portador de um tumor cerebral, está com os dias contados e parece se sentir mal por enviar um inocente à morte. A questão é que o implacável sistema jurídico norte-americano já ligou seu relógio para a execução de Drumm e a revelação de última hora pode não ser suficiente para parar o cronômetro. Ninguém parece disposto a admitir o erro. A vida de um homem está em jogo e o Texas está com tudo pronto para executá-lo. Um advogado disposto a tudo para defender o cliente, críticas a um sistema judiciário corrupto e incompetente e outros elementos já bem conhecidos da obra de Grisham estão na obra que prende os leitores desde o início, com seu suspense arrebatador.
Pena de morte é assunto polêmico. Sempre foi e segue sendo. Há quem diga que a pena é um favor da sociedade para determinados criminosos incorrigíveis e que o melhor é a prisão perpétua ou a condenação a prestação de serviços à comunidade. Outros apontam para injustiças históricas de julgamentos e execuções e são contra a pena capital. O romance A confissão, de John Grisham, o papa dos thrillers jurídicos, que marca sua consagradora volta à narrativa longa, lançado há dias no Brasil, é, antes de tudo, uma pesada crítica à pena de morte. Nunca o autor assumiu posição tão clara sobre tema tão polêmico. O livro permaneceu por cinco meses na lista de mais vendidos do The New York Times e chega às livrarias juntamente com a reedição da obra completa do autor pela Editora Rocco, com novo e sofisticado projeto gráfico. Grisham já vendeu a bagatela de 275 milhões de exemplares em 29 idiomas. A narrativa traz o protagonista Donté Drumm, condenado por um crime que não cometeu, o assassinato de sua colega de escola Nicole Yarber. A menos de uma semana para a data da execução, o verdadeiro assassino, Travis Boyette, aparece para assumir a culpa. Travis é portador de um tumor cerebral, está com os dias contados e parece se sentir mal por enviar um inocente à morte. A questão é que o implacável sistema jurídico norte-americano já ligou seu relógio para a execução de Drumm e a revelação de última hora pode não ser suficiente para parar o cronômetro. Ninguém parece disposto a admitir o erro. A vida de um homem está em jogo e o Texas está com tudo pronto para executá-lo. Um advogado disposto a tudo para defender o cliente, críticas a um sistema judiciário corrupto e incompetente e outros elementos já bem conhecidos da obra de Grisham estão na obra que prende os leitores desde o início, com seu suspense arrebatador.
A confissão levanta a questão de até que ponto alguém tem o direito de decidir sobre a vida ou morte de outra pessoa, tomando como base fatos nem sempre comprovados. Depois de ouvir a confissão o reverendo Keith Schroeder e os leitores embarcam, junto com outros personagens, numa corrida louca para evitar a execução de Drumm. Keith e Travis lutam para serem ouvidos, mas o relógio anda inexoravelmente rumo à hora final de um homem condenado por um crime que não cometeu. Editora Rocco, 480 páginas, R$ 39,50, tradução de Alexandre Martins.
lançamentos
Operação Hurricane - Um juiz no olho do furacão, do desembargador J.E. Carreira Alvim, desmonta a farsa que o levou à prisão em 2007. Traz os bastidores da Justiça brasileira e denuncia policiais, procuradores e juízes. O autor foi acusado de ter recebido pagamento para autorizar o funcionamento de casas de bingo no Rio. Nada foi provado. Geração Editorial, 376 páginas, www.geracaoeditorial.com.br.
Pensar sensível, com organização de Luiz Carlos Bombassaro, Cláudio Almir Dalbosco e Evaldo Antonio Kuiava, traz textos deles e de Eduardo Luft, Ernildo Stein e Urbano Zilles, entre outros, em comemoração aos 70 anos do poeta, filósofo e educador Jayme Paviani, grande nome de nossa cultura. EDUCS, 592 páginas, www.ucs.br.
Kate Chopin, organizado por Beatriz Viégas-Faria, Betina Mariante Cardoso e Elizabeth Brose, tem contos traduzidos, estudos literários e humanidades médicas, de Cíntia Moscovich, Lea Masina, Regina Zilberman, Celso Gutfreind, Matias Strassburger e Jaime Vaz Brasil, entre outros, sobre a inovadora escritora americana. Luminara, 288 páginas, telefone (51) 3335-3008.
Sangue quente, romance do americano Isaac Marion, trata do aparecimento de zumbis que vão destruir o mundo. Os humanos normais fugiram para dentro dos estádios de futebol, onde criaram comunidades. R, um zumbi, se arrasta, caça, come carne e cérebros e narra a história. Leya, 256 páginas, www.leya.com.

E palavras...

Dois anos sem multas
No início de setembro próximo, se eu seguir me comportando e/ou se não for flagrado por algum agente, completarei dois anos sem receber multas por infrações de trânsito. Costumo dirigir todos os dias. Fazia tempo, muito tempo, que não conseguia virar um ano ou dois sem multas. Já paguei o último IPVA com um descontinho e estou de olho no desconto maior, no próximo. Cautela, caldo de galinha e pagar menos imposto nunca fizeram mal a ninguém. Óbvio que não posso sair por aí tirando onda de herói, mas me sinto feliz com o fato e resolvi dividir a faceirice com vocês, colegas pedestres e motoristas. Passei a não falar ao celular quando estou no volante, passei a não esquecer de usar o cinto de segurança, passei a ficar de olho em pardais e caetanos e fico guiando, especialmente na cidade, com as pontas dos dedos e ainda mais atento a mim mesmo e aos outros contribuintes. Geralmente um acidente envolve dois. Se um está esperto, a chance de zebra diminui ao menos uns 50%. Tenho andado a sessenta ou oitenta por hora, no máximo, no perímetro urbano, e me faço de surdo para os apressadinhos-estressadinhos. Tenho evitado, tanto quanto possível, bate-bocas, gestos agressivos e outras groceries. Melhor ficar com as delicatessen, não é? No trânsito o melhor ataque é a defesa, ao contrário do futebol.  Quem sabe daqui a uns dez ou vinte anos sai minha foto, de cabelo branco (?) e CNH na mão, no Jornal do Comércio, como motorista-padrão? Estou tentando (e acho que conseguindo) fazer a minha parte para um trânsito mais civilizado e tranquilo. Muitas vezes prefiro usar os táxis e, na medida do possível, vou a pé quando dá. Sei que não estou falando de grandes feitos e novidades, mas, de vez em quando, é melhor esse tipo de papo do que só ficar dizendo que nós e o Brasil não temos jeito e tal. Pequenas ações cotidianas, mesmo individuais e anônimas, podem ser mais efetivas do que lances midiáticos gigantes e planos megalomaníacos e mirabolantes para tornar pessoas e mundo melhores. Lá por setembro me perguntem sobre o assunto, melhor mesmo não ficar cantando vitória antes do tempo, que os agentes, os radares e as sinaleiras andam espertos. Fui, com cuidado, de olho nos retrovisores, nas laterais e nos movimentos à frente. De olho no passado, no presente e no futuro, que no final se misturam.

e versos

LXXXI
"Mais vasta que a vastidão do mar
só a vastidão do pampa.
Enalteço este paradeiro
da minha alma
e aqui permaneço
num refrigério
do que faço.
Esqueço os estertores da mentira,
e alço minha mira
no rumo do futuro,
voo sobre os muros
das grandes cidades,
e alcanço o sortilégio
que o destino me deu.
Assim eu sou,
esta engrenagem
que na linguagem
navega o mundo inteiro
Não tenho paradeiro,
percorro o que me é dado,
e sou mais amado
quando descosturo as distâncias,
pérolas de luz da infância".
Luiz de Miranda, em Vozes do Sul do Mundo, Edipucrs, telefone 3320 3711
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